O TCE deu seu veredicto sobre a obra da nova ALE: 'Pó Pará!'

Frase do Dia:
 

“Não acredito em esperto nem tento ser.”- Arlindo Chinaglia novo líder do governo na Câmara

01-CBF-Fim de uma era?

Sempre vi a CBF como um país virtual, paralelo, funcionando dentro de um país real, o Brasil. A CBF criou leis próprias para contratos com clubes, jogadores, profissionais liberais, governos. Há algo que se assemelha a eleições, mas o poder mistura público e privado. A CBF não é dona, mas detém poder sobre praças esportivas públicas ou privadas. Se for preciso mediar algo, um tribunal específico. À frente do cyberpaís o presidente, que poderia ser rei ou faraó. Ricardo Teixeira saiu pela porta dos fundos e deixou a semente do mal germinada. José Maria Marin, o Zé das Medalhas – roubou uma medalha durante uma premiação – vai tocar a insensata nau.

02-Riomar-Fim de uma era

O MP de Rondônia quer mandar para a casa do crica a Fundação Rio Madeira-Riomar. Criada para ser o braço operacional da univrsidade-UNIR, a fundação transformou-se em mão larápia. Como mundo real não é possível punir ladrões amputando-lhes as mãos – ia sobrar maneta  – que se decrete o falecimento da Riomar por excesso de roubo mesmo sem a identificação do autor. É mais barato. Criada com patrimônio de R$ 275 mil a Riomar tem débitos trabalhistas de R$ 660 mil e quase o mesmo valor com prestadores de serviços e fornecedores. Acabar com a Riomar é como por fogo no sofá onde a esposa adúltera recebia o amante mas ...

03-Eu também vou reclamar

A pauta é um primor de brasilidade, nacionalidade ou coisa do tipo. Origem? A história remete aos anos 70 quando a sociedade lutava contra a ditadura. De lá para cá muita coisa mudou e a luta pela indenização justa para atingidos por obras de barragens levou ao ordenamento com bons níveis de transparência. Mas como manter movimentos sociais ativos sem movimentação    e claro sem recursos para retroalimentação? Ontem um grupo de pessoas ocuparam o prédio da Eletronorte para exigir que estatais não sejam privatizadas, que o governo formule políticas públicas, a criação de um fundo para os atingidas por barragens e um órgão para cuidar destas famílias. Ou seja, a invasão tem todo a ver com... com o que mesmo? Juro que não entendi.

04-Capitulando

Ouvi ontem o professor Mangabeira Unger. Para alguns um viajandão utópico. Para outros um visionário. Qualquer que seja a opção o que se pode perceber é que Mangabeira vive e pensa o futuro. Considerando nosso atual estágio de atraso e seguindo a linha que ele apresenta para a educação em eixos bem concatenados, a utopia se torna factível. Depois, ouvi numa roda de amigos um comentário oportuno: “Mangabeira vive na Lua e não adianta trazer suas idéias de lá, pois o governo aqui não sabe como operacionalizar”. Capitulei. Se tarefas comezinhas são obstáculos intransponíveis para a equipe, que dizer de propostas que exigem visão de futuro?  

05-E o futuro chegou

A Zona Leste de Porto Velho, sempre vista como o patinho feio, descobriu-se como bairro vital para a cidade e sua importância pode ser medida pelo movimento de veículos que passaram a cortar seus bairros desde ontem. A Zona Leste será por alguns dias o único acesso possível a quem chega por terra à capital proveniente do sul do estado. Mas não foi alguma ação pública que fez a pobre Zona Leste ganhar esse status e sim o buraco na BR364. O futuro esperado por tanto tempo chegou de uma hora para outra com toda sorte de problemas. As compensações – sabe Deus quantas ou quais – já foram anunciadas. É só esperar que tudo acabe e depois... 

 

06-É o passado que volta I

Ninguém tem nada com isso, nem é preciso mostrar as discussões da comissão processante, pois roupa suja se lava em casa, ainda que tal sujeira seja de uma lavanderia de dinheiro. A ALE tem tudo sobre ética, decoro e os deputados sabem – por si ou por alguém dizer – o que fazer a fim de que a moralidade volte ao velho ninho. E terá que ser no velho ninho mesmo, pois o novo ninho tem problemas pela proa e pode ter que engatar uma ré e voltar ao início. Meia hora de reunião por semana, só para não queimar a “italiana redonda” antes do relatório final.    Clique AQUI e ouça entrevista concedida ao jornalista Maurício Calixto, do relator da Comissão Processante, deputado Edson Martins. 

07-É o passado que volta II

Mais previsível que acertar uma “panela” rodando pela BR-364, o TCE deu seu veredicto sobre a obra da nova Assembléia Legislativa: “Pó Pará!” Se meus dons mediúnicos estiverem em dia, afirmo: uma ordem dessas derruba até o retrato da carteirinha do CREA. Não chuto cachorro morto, mas a obra desde o projeto até o estágio atual com erros grosseiros é indecente. Tem gente esquentando a moringa para provar que cano d’água pode ser feito de bambu chinês, que arame de cerca substitui fio elétrico e que focinho de porco e tomada são a mesma coisa. Link do TCE aqui.

08-Forfait no condomínio

Vacarezza nem teve tempo de abrir as asas. Foi abatido e caiu do galho e sem comiseração. Na explicação para consumo interno, rodízio. Nas entrelinhas o disfarce na porrada que Dilma deu no PMDB para não parecer que era só no partido do Jucá e nas páginas não lidas, um acerto de contas com uma ala rebelde do PT que teima em cutucar a onça com a vara curta. Vacarezza já estava na fila de abate. Nunca foi o líder dos sonhos da presidente e ademais, havia um Código Florestal em seu currículo e seu abate como boi de piranha era missa mais que encomendada. Contudo para quem pensa que a briga do condomínio acabou, esperem os próximos capítulos.

09-Dilma e as alianças

A presidente Dilma começa seu segundo ano de primeiro mandato com demonstrações claras de que está de olho no segundo. Não por acaso a troca de tantos ministros e, principalmente, os que atuam muito próximos a ela. Dilma não busca somente a competência e a honradez nos novos ministros. Quer mais: quer o mais leal a ela. Isso ficou bem visível quando ela fez a troca de comando na Petrobrás, o que provocou até um certo esfriamento nas relações com o todo poderoso Lula. Dilma faz suas alianças sem esquecer que a base aliada é um piso ensaboado e dá todos os sinais de que o segundo ano do primeiro mandato é ano de grandes mudanças.  

10-Três perguntas cretinas 

Se o Dnit não consegue cuidar sequer da BR364 sob sua responsabilidade, como vai recuperar o estrago que vai fazer na Zona Leste? Pelo volume de papel que a Comissão Processante tem e pelo tempo que pretende usar nas análises, o relatório sobre os deputados vai sair quando? I roqueiro e colunista Robson Oliveira, bebendo de fonte escocesa, dá o mote para o “cordel do fogo lascado”: depois da crise na saúde e na educação, pode pintar a crise na segurança. Vixi! Copiando o meu mestre, Sergio Melo, pergunto: será gente?