Quinta-feira, 10 de maio de 2012 - 13h40
Desde o final do mês de abril, os profissionais da saúde do Estado de Rondônia deram início a mobilizações, através de assembleias de suas respectivas categorias, e decidiram pela suspensão das atividades por período indeterminado.
A greve, justa e consequente, impõe-se como instrumento legítimo de luta dos trabalhadores de saúde, na perspectiva de assegurar condições dignas de trabalho e remuneração, proporcionando desta forma, melhorias concretas na qualidade do atendimento prestado à população do Estado de Rondônia.
Dentre as principais reivindicações, exigem:
1-Melhoria nas condições de atendimento à população;
2-Aprovação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR);
3-Novas estruturas hospitalares;
4-Contratação de médicos especialistas em diversas áreas.
Sabemos que em nosso país a política de sucateamento e ingerência do bem público é uma triste realidade que deve ser combatida e rechaçada com ampla participação dos movimentos sociais e populares, dos sindicatos, dos estudantes, dos democratas e de todos os intelectuais honestos.
Na Saúde Pública não é diferente. O “cancro” que se instalou há tempos no Pronto Socorro João Paulo II e nas demais Unidades de Saúde estaduais é uma prova cabal da incompetência e inoperância das instâncias do Governo Estadual, principalmente a Secretaria Estadual de Saúde.
A remuneração abaixo da média nacional e as condições de trabalho insalubres decepcionam e repelem cada vez mais profissionais da área, aumentando o caos devido ao grande número de acidentes de trânsito e ao inchaço populacional que sofreu o Estado de Rondônia nos últimos anos.
Em menos de uma semana de greve, enquanto médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, assistentes sociais, psicólogos e demais servidores da saúde lutam em defesa da qualidade da Saúde Pública de Rondônia, o Governo ataca covardemente o direito constitucional de greve, solicitando à justiça a determinação da ilegalidade da Greve.
Enquanto o povo sofre com a falta de leitos, falta de remédios, falta de assistência, o Governo faz vistas grossas, finge que nada está acontecendo e que tudo está sendo resolvido. Já quando funcionários do alto escalão do Governo se veem envoltos em meio a acusações devidamente comprovadas e esquemas de desvio de dinheiro público, através da Operação Thermóphilas, não houve tamanha celeridade e rigor na punição dos responsáveis.
O Centro Acadêmico de Medicina da Universidade Federal de Rondônia (CAMUFRO) vem por meio desta nota, REPUDIAR a situação vergonhosa e inaceitável em que se encontra a Saúde Pública em nosso Estado e desde já, declaramos nosso APOIO IRRESTRITO e a nossa INCONDICIONAL SOLIDARIEDADE aos trabalhadores da saúde.
NENHUM DIREITO A MENOS! TODO APOIO A JUSTA GREVE DOS TRABALHADORES DA SAÚDE! ABAIXO AS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS DE SAÚDE! IMPLEMENTAÇÃO IMEDIATA DO PLANO DE CARGOS, CARREIRA E REMUNERAÇÃO!
Porto Velho, 09 de Maio de 2012.
CENTRO ACADÊMICO DE MEDICINA
GESTÃO VINTE E TRÊS DE NOVEMBRO,
ORGULHO DE SER FEDERAL!
Fonte: Luana Braga, sou acadêmica do curso de medicina da Universidade Federal de Rondônia - Centro Acadêmico de Medicina (CAMUFRO)
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