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Carlos Sperança

Ecos da cassação


Ecos da cassação - Gente de Opinião

Ecos da cassação

Considerei baratas as punições aplicadas pela Assembléia Legislativa ao Ali Babá Valter Araújo e seus tantos ladrões, num julgamento em apenas ele foi o único cassado pelo parlamento estadual, entre os envolvidos na Operação Termópilas, da Polícia Federal.

 

Nos bastidores

Mas é preciso entender, ao mesmo tempo, que a missão de Hermínio Coelho, agora presidente efetivo, de tentar moralizar a Casa de Leis, não foi uma tarefa fácil. Ele assumiu aquele Poder em condições adversas, onde Valter Araújo contava com o apoio de 14 deputados.

 

A travessia

Para se ter uma idéia, o deputado Hermínio, em dados momentos, foi alvo de ameaças da tropa de choque de Araújo. Até se manter no comando Casa para ele foi difícil. Sua permanência no poleiro, nas primeiras semanas, foi uma travessia difícil, pisando num terreno pantanoso – e minado.

 

Foi decisivo

O deputado Ribamar Araújo, o píoneiro nas denuncias, foi decisivo no contexto de mobilização. Antes dele bater firme no escândalo, os parlamentares estavam calados e temerosos. Foi ele o primeiro a cobrar punições. E quando constatou que a Comissão Processante não iria longe das punições, caiu fora, abrindo o jogo.

 

Grande acordo

O resultado em plenário, nem poderia ser outro, caro leitor: metade da Comisão Processante era formada pela base governista, com interesse em panos quentes para alguns colegas. Outra porção era constituída pelo grupo de Valter Araújo. Imagino que num ambiente assim, para sair alguma punição, mesmo magra, houve um grande acordo.

 

Coisa de louco!

Da votação, vi duas cenas inesquecíveis: a primeira foi a do deputado Marcos Donadon votando. Que moral ele tem para punir os oito infratores, se ele sozinho é acusado – e já foi condenado por isso – de desviar mais recursos do que todos os condenados juntos? E Neodi rotando pureza, mas ocultando o voto com medo de  represálias de Araújo?

 

Gente de OpiniãoFez o possível

Por tudo isto, concluo que foi feito o possível dentro de um contexto onde entre os 24 deputados do parlamento estadual, o ex-presidente cassado continua com ampla base de apoio, quase uma dúzia de aliados. E mais o fato da renuncia de 4 deputados propineiros na marra da Mesa Diretora, é possível ver até algum avanço.

 

O enquadramento

Com Hermínio se firmando – ele tem todo apoio do funcionalismo – e uma nova mesa diretora formada, aí sim será possível maior evolução no processo de moralização do Legislativo. E é isso, que a porção honesta e qualificada do Parlamento estadual pretende a partir de agora.

 

Com problemas

Dois deputados estaduais da tropa de Valter Araújo, Glaucioni Nery (PSDC-Cacoal) e Luizinho Goebel (PV-Vilhena), que não mostraram o voto terão problemas. Eles são pré-candidatos a prefeito e vão ter dificuldades para se explicar na base. Os adversários vão aproveitar o vacilo.

 

Do Cotidiano

Defesa da Amazônia

Embora para a imensa maioria dos brasileiros a Amazônia seja apenas nossa, em todo o mundo há uma crescente rejeição à maciça divulgação dessa ideia. Na verdade, embora seja o que menos se mencione, a Amazônia é o patrimônio comum de nove nações: Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia,Ecos da cassação - Gente de Opinião Guiana, Suriname, Guiana Francesa e, principalmente, Brasil. E em meio às confusões causadas pelo desconhecimento da geografia, começa agora a ganhar ênfase o conceito de “Amazônia Azul”.

A Amazônia Azul é uma área formada pela soma da Zona Econômica Exclusiva e da Plataforma Continental. Conforme estabelecido pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, todos os bens existentes ao longo de uma faixa litorânea de 200 milhas marítimas de largura estão na denominada Zona Econômica Exclusiva.

A Plataforma Continental, que é o prolongamento natural da massa terrestre, pode ultrapassar essa distância, chegando até a estender 350 milhas marítimas. “Com isso, a Amazônia Azul ocupa uma área de cerca de 3,5 milhões de quilômetros quadrados”, explica Geraldo Gondim Juaçaba, integrante da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (Cirm).

 Diferentemente de como ocorre na Amazônia Verde, onde as fronteiras são muito bem demarcadas, na Amazônia Azul os limites das águas são linhas imaginárias sobre o mar. A Amazônia Azul voltou ao centro das atenções estratégicas nacionais recentemente, quando o chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos de Nardi, afirmou que o Exército, a Marinha e a Aeronáutica terão como prioridade, nos próximos 20 anos, a defesa da Amazônia, das fronteiras brasileiras e da Amazônia Azul.

A declaração foi feita durante a participação do general no 2º Seminário Estratégia Nacional de Defesa, promovido na Câmara Federal pela Frente Parlamentar de Defesa Nacional. Na Marinha, segundo Nardi, as previsões de tarefas para a Estratégia Nacional de Defesa incluem a construção de submarinos, a modernização do poder naval, o monitoramento e o controle das águas de interesse do Brasil e a implantação da 2ª Esquadra no Norte e no Nordeste.

 

Via Direta 

*** Mário Sérgio (PMN) já tem apoio de meia dúzia de partidos nanicos para a peleja de outubro na capital *** O PT  rondoniense aposta nos pequenos e médios municípios *** O DEM continua enrolando nos acordos em P. Velho e Ariquemes.  

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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