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Silvio Santos

O que o DER pode fazer pelo Flor do Maracujá ?


 
 
Gente de Opinião
 
Considerado o maior evento folclórico do estado de Rondônia e um dos maiores da Amazônia o Arraial Flor do Maracujá e sua Mostra de Quadrilhas e Bois Bumbas, está completando 31 anos de existência, sem que se tenha certeza sobre a definição da data da sua abertura. Apesar de neste ano o evento passar a contar com um local definitivo, o Parque dos Tanques, local onde até o ano passado, aconteceu a Expovel. A equipe de Coordenação nomeada pelo secretário Chicão não podia, pelo menos até essa entrevista, marcar a data do inicio da festa, pois não tinha a garantia de que o terreno ou a área escolhida para a montagem do Arraial estaria pronta, ou seja, pavimentada e com o chamado “curral” de dança asfaltado. Essa garantia depende do Diretor do Departamento de Estradas e Rodagem do Governo de Rondônia – DER engenheiro Lúcio Mosquini. A dificuldade em se anunciar com precisão a data do início do Flor do Maracujá é tanta, que a Coordenação foi desautorizada pelo secretário de prestar informações à imprensa enquanto não tivesse a certeza da entrega das obras que devem ser executadas no local. Sobre o assunto procuramos e conversamos com o Alexandre Ronald e o Gino Serrati encarregados nomeados pelo secretário da Secel para acompanhar a preparação da área e ficamos sabendo, que a parte que compete a Eletrobrás já está pronta assim como as demais providencias. “O que está pegando, é o DER dizer pra gente quando vai entregar o terreno pavimentado, pronto para começarmos a montagem do Arraial propriamente dito, sem a garantia do DER ficamos no mato sem cachorro”, disse Alexandre. Diante disso, resolvemos procurar o engenheiro Lucio Mosquini Diretor do DER para saber o que realmente estava ocorrendo. Mosquini uma pessoa muito simpática nos recebeu em seu gabinete na tarde da última terça feira 12 e passou o assunto a limpo. “O Chicão precisa vir aqui conversar com a gente”. No bate papo com o Diretor do DER além das obras de terraplanagem e pavimentação do Flor do Maracujá fomos informados sobre o Projeto Estradão que vem sendo executado pelo órgão. “Se depender do DER o Chicão pode marcar o inicio da festa para a data prevista”. Vamos à entrevista:
 
 
 
 
 
E N T R E V I S T A
 
 
 
Zk – De acordo com informações da equipe de coordenação logística da 31ª Mostra de Quadrilhas e Bois Bumbas do Arraial Flor do Maracujá, a divulgação da data do inicio da festa só poderá acontecer oficialmente depois que o senhor garantir o asfaltamento pelo menos do que chamam de curral de dança. O que o senhor tem a dizer a respeito disso?
 
Lucio Mosquini – Acontece que está muito em cima, pra gente ir lá e fazer um pavimento. Um pavimento tem que tratar a base, fazer a terraplanagem, fazer aquisição. Eu não tenho nenhum contrato pra fazer esse asfalto. O que me prontifiquei foi fazer a terraplanagem, a compactação do solo, distribuir um pó de brita e vou molhar esse pó de brita e depois passar o rolo. Agora, para o ano que vem, vamos fazer todo o asfalto daquele parque inteiro. Para este ano não tenho nenhuma possibilidade de fazer, porque não tenho nenhum contrato.
 
 
Zk – Mesmo com a prefeitura se comprometendo a ceder a “lama” asfáltica?
Lucio Mosquini - A lama é uma camadinha para se colocar em cima do asfalto. A gente não tem como colocar a lama na terra nua.
 
Zk – No caso do Parque dos Tanques qual a obrigação do DER?
Lucio Mosquini - A parte de pavimento fora do centro de convenções, nós vamos fazer todos os acessos, estacionamento, mas, isso só vai ser possível após a conclusão do centro de eventos.
 
Zk – Isso quer dizer que asfalto, asfalto mesmo nesse momento nem pensar?
Lucio Mosquini - Agora o que nós vamos tentar fazer para a Secel poder realizar o Flor do Maracujá é um paliativo. Na verdade, todo mundo me pede isso aí, o Chicão (secretário da Secel) deveria ter vindo aqui no inicio do ano, pra gente fazer uma licitação, fazer um convênio tudo certinho. De última hora eu não tenho como fazer as coisas.
 
 
Zk – Esse paliativo está previsto para começar quando?
Lucio Mosquini - Vai começar na próxima semana. O que é um paliativo? Vou fazer a terraplanagem, compactar e jogar uma brita, mas, tudo depende da Secel. A Secel tem que se esforçar nisso aí também.
 
Zk – Em quantos dias o senhor entrega esse paliativo pronto?
Lucio Mosquini – Isso é um serviço simples, com uma semana a gente faz. Eu ainda vou tentar fazer lá, o asfalto que eles querem. Não posso garantir, mas, vamos tentar.
 
Zk – Vamos deixar o Flor do Maracujá em paz por uns minutos pára saber a quanto anda o Programa Estradão?
Lucio Mosquini – O Estradão é um Projeto maravilhoso idealizado pelo governador Confúcio Moura que dá identidade as nossas ações nas estradas não pavimentadas e ele tem um diferencial, que é a qualidade do serviço que estamos executando.
 
Zk – Qual é esse diferencial?
Lucio Mosquini – É levar o DER onde ninguém conhecia, ou seja, é levar fora das rodovias tradicionais o DER. As rodovias de domínio municipal que assumimos para ajudar os prefeitos e nessas novas rodovias, implantar nosso modelo que é a retirada de curvas e morros.
 
Zk – No que a implantação desse modelo vai contribuir?
Lucio Mosquini – Noventa por cento dos acidentes acontecem numa curva ou em um morro. Um morro é uma lombada prolongada, uma lombada de 200 metros que é aonde o motoqueiro literalmente voa se acidenta e morre, é onde bate frente a frente à moto com o carro. Na curva fechada é a mesma coisa, porque você não vê quem vem do lado de lá. Esse é o diferencial. Segundo diferencial: a sinalização dessas estradas. Ninguém nunca viu sinalizar rodovia de terra, nós estamos sinalizando. Terceiro ponto, iluminar os trevos das nossas rodovias. Estamos iluminando 30 trevos. Todos os trevos da BR-364 e os demais. Quarto ponto, retirada das pontes de madeira. Já ultrapassamos a marca de 300 pontes eliminadas até agora. Outro ponto é o cascalhamento que é forte e a limpeza lateral dessas estradas.
 
Zk – Esse Projeto é de quantos quilômetros?
Lucio Mosquini – Serão 8 Mil Quilômetros de Estrada. Estamos investindo R$ 40 Milhões nisso, são 1.300 servidores, 480 equipamentos e um período de 8 meses para executar o projeto Estradão. Ele é anual e este ano estamos começando mais cedo. Compramos equipamentos novos. Em suma, é um Projeto maravilhoso que tem dado certo.
 
Zk – A competência da construção da estrada que vai dar acesso ao porto de carga e descarga do rio Madeira é de responsabilidade do DER?
Lucio Mosquini – É a Expresso Porto. Ela nasce la na comunidade Santa Marcelina e sai aqui na Imigrantes, é uma obra idealizada pelo governador Confúcio Moura que vai tirar todo o tráfego pesado aqui do centro da capital Porto Velho. Ela tem um traçado maravilhoso porque hoje contempla o porto existente, mas, daqui a três anos o porto privado vai estar pronto lá embaixo e esses portos pretolíferos aqui do Belmonte vão todos lá pra baixo e com isso vamos levar a Expresso Porto até o novo porto, toda pavimentada. Por hora sai da Santa Marcelina dá uma volta de 22 quilômetros e cai aqui na Imigrantes.
 
Zk – O Projeto Estradão também atua nas áreas urbanas?
Lucio Mosquini – Na área urbana estamos implantando o Projeto Asfalto Bom. Um Projeto de 500 quilômetros de asfalto que vamos executar em 2012/2013 é asfalto usinado a quente. Em alguns municípios já está sendo executado como é o caso de Jaru, Ouro Preto, Ji-Paraná, Porto Velho e Alvorada D’Oeste.
 
Zk – Qual o potencial em equipamento, maquinário do DER hoje?
Lucio Mosquini – Nós fizemos um investimento de R$ 40 Milhões, recursos próprios do DER, fruto da nossa economia. Licitamos 256 Processos e conseguimos fazer uma economia de R$ 42 Milhões, entre o preço proposto que era a administração pública e o preço efetivamente contratado. Nossas obras, Zekatraca, todas elas tem uma disputa; Estávamos licitando a galeria de Thedobroma até o sítio Palmares uma obra pequena de quatro galerias, tinham 17 empresas participando da licitação. Essa competitividade estimula a redução do preço da obra. Economia como essa foi toda investida em equipamento. O DER tem cada vez mais se firmado como órgão forte, um órgão pujante do governo e nós precisamos continuar investindo na qualificação dos funcionários, na qualificação dos nossos técnicos e na aquisição de novos equipamentos.
 
Zk – Por falar em técnicos. Qual é o quadro do DER hoje?
Lucio Mosquini – Hoje o DER conta com 52 engenheiros de alto nível, professores em engenharia rodoviária é um quadro que vale ouro, coisa que as empresas privadas não têm. Temos 1.300 servidores, uma linha de frente composta de mais de 700 servidores, pessoas maravilhosas que trabalham que levam o governo de Rondônia pra frente. Cada pneu que roda, ali vai o governo de Rondônia trabalhando. Todo mundo precisa de estrada, mais ainda quem mora em Rondônia porque é pela estrada que passa a saúde com a ambulância correndo, passa a educação com o ônibus escolar, passa a produção com leite com carne e cereais. O DER é um órgão importante para a sociedade de Rondônia é um órgão extremamente valioso pelo quadro intelectual que tem e que vai continuiar desenvolvendo o estado de Rondônia através das nossas rodovias.
 
Zk – O DER tem autonomia ou é subordinado a uma secretaria?
Lucio Mosquini – O DER é subordinado ao governador Confúcio Moura. Somos uma autarquia, temos autonomia, temos nossa própria procuradoria jurídica, nosso financeiro, nossa corregedoria, ouvidoria. O sucesso do DER é devido a sua autonomia.
 
Zk – Vamos começar a encerrar nosso bate papo. Quem é o Diretor do DER?
Lucio Mosquini – O diretor do DER é um engenheiro formado pela Universidade Federal do Mato Grosso, pós graduado em Gestão Pública, empresário. Tenho dois filhos, moro em Rondônia há quase trinta anos, sou apaixonado por essa terra, amigo pessoal do governador Confúcio Moura. Devo esclarecer que o Lúcio é passageiro no DER, então todas as ações nossa aqui, visa o futuro do nosso estado, o futuro do órgão. Nosso modelo de gestão aqui é privado, entretanto estamos num órgão público. Cada contrato aqui tem um gestor da limpeza da engenharia, da informática, cada um cuida de uma parte.
 
Zk – E o salário?
Lucio Mosquini – O DER paga o melhor salário do governo de Rondônia por isso temos os melhores servidores. O diretor geral do DER é um cara de confiança do governador, mas, é uma pessoa que é evangélico, prezo pela minha família e to motivado a fazer cada vez melhor, com menos custo e mais eficiência.
 
Zk – Bom! Voltando ao motivo dessa entrevista. Se depender do DER o Chicão pode até marcar o inicio do Flor do Maracujá para o dia 29 deste mês?
Lucio Mosquini – Marcar ele pode marcar, nós não podemos desmarcar. O que depender de mim ele pode contar comigo, não sei se é para asfalto, mas, pode contar comigo. Diz pro Chicão vir aqui conversar com a gente!

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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