Quarta-feira, 20 de dezembro de 2017 - 20h03
Por Itamar Ferreira*
... mais uma vez atuando contra o próprio patrimônio da CAERD, a diretoria da empresa divulgou recentemente uma matéria tendenciosa e descontextualizada atacando tanto a imagem da empresa quanto seus empregados, dois dos principais patrimônios da Companhia de Aguas e Esgoto de Rondônia, a CAERD.
Numa postura antiética e com o evidente objetivo de atacar a imagem da empresa, a diretoria divulgou uma matéria intitulada “Empregados com salários de Ministros e uma herança maldita da Gestão Compartilhada da CAERD”.
Entretanto, essa mesma diretoria omite completamente suas próprias mazelas e responsabilidades, como a de contratar ilegalmente 112 comissionados e gastar cerca de R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais) mensais durante um longo período, através de uma lei que foi julgada inconstitucional pela Justiça do Trabalho, que determinou a exoneração de todos os apadrinhados dessa diretoria irresponsável.
É oportuno esclarecer que a gestão compartilhada começou justamente porque a CAERD estava quebrada e com folhas de pagamentos atrasadas; sendo que a medida foi essencial para o soerguimento da empresa, tanto que esse modelo de gestão perpassou pelos dois mandatos de Ivo Cassol, que não é nenhum esquerdista e tem uma visão eminentemente empresarial.
Analisemos os tais “salários de marajás” dos empregados da CAERD, que ganhariam “quase igual ao Presidente da República”. No tabela do gráfico na imagem em anexo temos os dez maiores salários da empresa, sendo relevante observar três aspectos importantes: o primeiro é o tempo médio de serviço desses empregados, que são longos 28 anos; outro, os cargos e funções destes funcionários são de engenheiros e ex-diretores da Companhia; e terceiro, o valor médio, descontando-se as comissões de funções concedidas pelo arbítrio da diretoria, é de R$ 20.402,00.
Qualquer empresa, pública ou privada, que tenha funcionários com aproximadamente 30 anos de serviço, em cargos qualificados como engenheiros ou de gestores, terá salários nesta faixa ou muito maiores. Sem falar que nos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário um elevado percentual de servidores recebem muito mais que o teto do salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), atualmente em R$ 33.763,00.
Só no judiciário, por exemplo, recente levantamento encomendada pela presidente do STF constatou que 71% dos magistrados recebem acima desse teto, conforme manchete do Jornal O Globo, de 17/12/2017, “Com extras, 71% dos juízes do país recebem acima do teto de R$ 33 mil”. E, ao que se saiba, o Brasil não está em situação financeira muito melhor do que a CAERD, prova disso são as reformas para expurgar direitos do povo e dos trabalhadores, como a trabalhista e a previdenciária.
A diretoria da CAERD “joga contra o patrimônio”, pois tem o claro objetivo de viabilizar a privatização do sistema de água e esgoto de Rondônia e, com esse fito, “quanto pior melhor”. É por isso que a empresa está perdendo concessões, como em Rolim de Moura e Ariquemes, com graves prejuízos à população.
* Itamar Ferreira é bancário, sindicalista, bacharel em Direito/advogado, formado em administração de empresas e pós-graduado em metodologia do ensino, pela UNIR.
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