Sábado, 27 de maio de 2017 - 16h25
Na manhã de hoje (27), 595 máscaras foram colocadas nas areias da Praia de Copacabana, na altura da avenida Princesa Isabel, pela organização não-governamental (ONG) Rio de Paz, para simbolizar os 513 deputados, 81 senadores e o presidente Michel Temer. Ao lado havia duas faixas, pedindo a reforma política e a renúncia do presidente da República.
De acordo com o presidente da ONG, Antônio Carlos Costa, as máscaras pintadas de vermelho representam a vergonha que os políticos deveriam ter da atual situação do país. Do total, 95 máscaras são brancas, para simbolizar a parcela de políticos íntegros.
“Essas máscaras pintadas de vermelho representam a vergonha que gostaríamos de ver estampada no rosto da classe política brasileira e que não está. Eles são flagrados em gravações e não apenas não revelam nenhum constrangimento como partem para a ofensiva. Essas máscaras estão enterradas aqui na areia porque simboliza essa corrupção que já alcançou o pescoço da classe política brasileira”, afirma.
Costa lembra que a ONG faz ações normalmente voltadas para a área de segurança pública e direitos humanos, mas, segundo ele, a crise política interfere diretamente na vida do cidadão, fazendo referência às denúncias contra ocupantes de altos cargos, como o presidente Michel Temer e o senador afastado Aécio Neves, entre outros, citados em delação dos donos da empresa JBS. Ambos foram gravados por Joesley Batista, mas negam acusações de envolvimento com caixa 2 e propina.
“Todos os dias recebemos notícias de moradores de favelas vítimas de balas perdidas, estão morrendo em tiroteios entre policiais e traficantes. Somamos os 14 milhões de desempregados e metade dos brasileiros que não têm acesso à rede de esgoto. Isso num cenário de corrupção escandalosa no Congresso Nacional e que atingiu agora o mais alto posto da República. Isso se reflete na ponta, na vida de milhões de trabalhadores, na vida do pobre, do sertanejo, do morador de favela”.
Sobre a reforma política, a Rio de Paz considera importante mecanismos que “dificultem a ascensão ao poder de corruptos e incompetentes”, como diminuição do número de partidos políticos, fim do “puxador de voto” que “arrasta junto pessoas que não receberam voto quase nenhum e ninguém conhece” e a cláusula de barreira para que não tenha “partido sem representante e sem voto recebendo dinheiro público para a campanha”. Costa destaca, ainda a importância dos políticos manterem o contato com a população que o elegeu.
O ato das Máscaras da Vergonha foi montado em Brasília na terça-feira (23) e será levado a São Paulo na próxima quarta (31), onde será montado no Masp de 6h às 14h.
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