Segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017 - 16h51
Será o 24º desfile do bloco mais democrático do carnaval de Porto Velho, que este ano encerra no ensaio do Galo da Meia Noite.
Sem cordas, sem abadá, com um pequeno carro de som e mini orquestra de frevo e marchinhas tradicionais com os pés no asfalto, o Pirarucu do Madeira reúne solteiros e casados, pais e filhos, crianças e quem já curte a terceira idade.
Este ano o desfile está marcado para as 16 horas, mas a concentração começa duas horas antes, na avenida Pinheiro Machado, ao lado do ginásio Cláudio Coutinho.
O bloco segue até a Joaquim Nabuco, retorna pela Carlos Gomes e termina no Mercado Cultural.
Como nada é comercializado no bloco, os amigos ajudam de várias formas.
O jornalista Silvio Santos é quem leva a boneca gigante da professora Marise Castiel. “Uma honra carregar uma figura tão emblemática do nosso carnaval. Não sinto o peso, nem canso”, disse.
Todos os anos o bloco exalta um ritmo, elemento ou manifestação da cultura popular brasileira, como forma de mostrar que o carnaval é multicultural e não só o que domina os meio de comunicação de massa.
Para 2017, o Pirarucu exalta o boi-bumbá ou bumba meu boi, um personagem folclórico presente em tradições de várias cidades, em datas festivas durante o ano e também no carnaval.
“Já homenageamos o frevo, maracatu, o Arraial da Pavulagem de Belém do Pará, o Cavalo Marinho da zona da mata pernambucana, enfim, queremos fazer do Pirarucu uma grande vitrine das manifestações culturais do país”, disse Ernande Segismundo, fundador do bloco.
O bloco mais democrático do carnaval de Porto Velho também traz no próximo sábado, uma marchinha em protesto à censura imposta pelo prefeito e vereadores de Ariquemes a livros que falam de diversidade familiar de uma forma bem humorada.
A marchinha Toda Forma de Amar Vale a Pena é do compositor Toninho Tavernard.
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