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Gente de Opinião

Sergio Pires

Clodoaldo Andrade lidera o time de Hildon Chaves na transição em Porto Velho - Por Sérgio Pires


O PAÍS QUEBRADO
QUE TEM UM RECORDE
DE FERIADÕES

Quando se começa a ter esperança que esse país se tornará sério, lá vem ele de novo, mostrar sua verdadeira face. Estamos quebrados, assim como está a grande maioria dos Estados e Municípios. Rondônia é, ainda, uma louvável exceção a essa triste regra. Mas, para os que vivem grudados no poder e se alimentando dos cofres públicos, nada muda. Prova disso é que, ao invés de trabalharmos mais no ano que vem, teremos um recorde de feriadões. Cada um deles é uma festa para quem é servidor público, mas também uma bomba para nossa economia.  Um dia útil sem trabalho, por causa de feriado, representa uma perda de 9 bilhões e meio de dólares. Traduzindo em reais: perto de 34 bilhões. Num feriadão, o país deixaria de produzir em torno de 100 bilhões de reais. Para o serviços públicos, ineficiente e superlotado de funcionários, os feriadões são uma maravilha, porque, aconteça o que acontecer, no fim do mês o dinheiro deles está garantido. Mas para as empresas privadas, já com as pernas trêmulas de tanto imposto e contas a pagar, as perdas são irrecuperáveis. Quando o cinto aperta, mandam-se trabalhadores embora. O desemprego, que já é um terror, apavora ainda mais. É esse ciclo que poucos conhecem, sobre os graves danos que feriados e feriadões causam ao país.

Exemplifique-se com o mês de abril de 2017 (apenas os feriados nacionais): no dia 14, sexta feira, é Paixão de Cristo. Feriadão. Na outra sexta, dia 21, Tiradentes. Outro. Tem feriado de carnaval na terça, 28 de fevereiro. O Dia do Trabalho, 1º de Maio, cairá numa segunda. Feriadão, é claro. No 15 de Junho, quinta, é Corpus Christi. Até a segunda, então! O mesmo vai acontecer no 7 de setembro, outra segunda. Em outubro tem Nossa Senhora Aparecida, dia 12, uma quinta. O 15 de novembro cai numa quarta, no meio da semana. E o Natal? Numa segunda. Tudo sem contar os feriados estaduais e municipais. Nesse país quebrado, a elite vai curtir a vida e o povão corre o risco de ficar sem emprego. Viva o Brasil feito para poucos!

TIMES MONTADOS

Clodoaldo Andrade lidera o time de Hildon Chaves na transição em Porto Velho - Por Sérgio Pires - Gente de Opinião

Clodoaldo Andrade (foto), um dos líderes do PSDC, é um dos indicados pelo prefeito eleito Hildon Chaves, para compor a equipe de transição, junto com os indicados pelo atual prefeito, Mauro Nazif. Clodoaldo é muito ligado ao vice Edgar do Boi e foi um dos principais coordenadores da campanha de Hildon e do seu companheiro de chapa. Junto com ele, o prefeito que assume em 1º de janeiro escolheu também outros nomes de sua confiança, ambos bem menos conhecidos do público: Hélio Fabrício Faria Lima e Luiz Fernando Martins. Já da turma indicada por Nazif para a equipe de transição, o secretário de Planejamento, Jorge Elarrat é a figura mais conhecida, por sua participação em vários postos importantes, tanto na administração estadual quanto municipal. Espera-se uma transição rápida e sem conflitos, para que as informações sejam repassadas a Hildon Chaves e ele possa começar a trabalhar desde o primeiro dia. É o que Porto Velho espera.

HISTÓRIA MEDIEVAL

Ridícula, antiquada, dos anos 50, a decisão de impedir mulheres com saias consideradas curtas de entrarem no CPA ou Palácio Rio Madeira, do Governo do Estado. Que história medieval é essa? Nessa semana, uma jovem que faz parte do Movimento de Atingidos por Barragem foi impedida de entrar no prédio, por estar com saia curta. Ora: quem mediu a saia? Quem deu essa ordem esdrúxula sabe que estamos no século 21, onde essas besteiras não têm mais vez? Claro que há necessidade de algumas normas para entrada em prédios públicos. Mas essa besteira de definir que “saia curta” não terá acesso à sede governamental é daqueles absurdos que não se consegue compreender. Aliás, é bom que se diga que há servidoras trabalhando nos prédios com roupa tão curta ou até mais do que a mulher impedida de entrar. Ou será que ela foi barrada porque é pobre e faz parte de um movimento popular, dos mais chatos, mas que é um movimento legítimo?

ONDE ESTÁ A ESTRUTURA?

Orgulho do Madeira: um bairro inteiro dentro de outro bairro e da cidade. Milhares de moradores e claro, uma infraestrutura perto do zero. Falta escola. Falta água. Falta iluminação pública. Noiados ganharam apartamentos e estão infernizando a vida dos vizinhos. Zero policiamento. Famílias que recém receberam seus imóveis, já estão angustiadas com a situação. Um morador escreveu à coluna, dizendo que até pensa   em abandonar o imóvel e voltar para onde vivia antes, porque teme conviver num local onde há falta de tudo e onde a insegurança é crescente. Uma pena mesmo, porque esse é  um complexo habitacional que deveria orgulhar Porto Velho, pelo que representa em termos de moradia para famílias de baixa renda. Tanto o governo federal quanto o estadual e até a Prefeitura, lutaram muito para que todo o complexo se tornasse realidade. Mas esqueceram-se da infraestrutura. Sem ela, um grande projeto pode sucumbir.

BARULHO SHEAKSPERIANO!

Teve muito barulho. Carro de som, buzina, gritaria. O problema foi o povo. Muito pouco. Ao menos aqui em Rondônia, o dia nacional de protestos contra a PEC 241, que pretende cortar radicalmente os gastos públicos, não passou disso. Como o título de uma das grandes obras de Sheakspeare, foi “Muito Barulho por Nada!”. E olha que as entidades sindicais tentaram. Colocaram ônibus de graça para gente do interior. Mandaram confeccionar centenas de faixas. Gastaram os tubos para tentar fazer o protesto, mas, lamentavelmente para elas, faltou gente. Tinha a minoria de sempre, Incluindo uma jovem, que parecia não saber o que estava fazendo ali, ostentando uma bandeira da....Palestina! Alguém aí pode dizer o que uma bandeira palestina estava fazendo num protesto contra a PEC 241? Enfim, foi muita gastança, muita gritaria, muito barulho, mas, no final, o tal protesto nacional foi pífio. As esquerdas não estão mesmo mais tendo influência no país. Não é torcida, embora pareça. É apenas uma constatação...

SEM PEDIDO DE DESCULPAS

O ideal era não ter tido discurso nem inauguração, mas apenas a abertura das portas, acompanhada de um sonoro pedido de desculpas. Mas a direção nacional do INSS decidiu pagar o mico e fazer uma solenidade, para entregar a obra de reforma, que levou quase oito anos para ficar pronto. O presidente do órgão, Leonardo Gadelha, esteve em Porto Velho para a solenidade. A gerente executiva, Márcia Cristina,  lembrou que o INSS atende mais de 500 pessoas por dia, quase 10 mil por mês. Os dependentes da previdência da Capital recebem mensalmente, algo em torno de 48 milhões de reais. São 48.254 beneficiados, praticamente 1 em cada 10 porto velhenses. Espera-se que com o novo prédio, que realmente está bem estruturado, possa melhorar também qualidade do atendimento do público. Porque, até agora....

PERGUNTINHA

Depois do show de bola que a Seleção Brasileira está dando, inclusive com um baile na Argentina, já dá pra começar a esquecer os 7x1 que levamos da Alemanha, na última Copa do Mundo?

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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