Segunda-feira, 6 de junho de 2016 - 05h10
247 - Alvo central das novas delações e gravações vazadas da Lava Jato, o PMDB de Michel Temer adotou uma nova postura para não desestabilizar o governo interino. Segundo o ministro-chefe da Casa Civil, quem for envolvido terá de entregar o cargo. “Na Lava Jato, se aparecer alguém do governo, já se sabe qual a posição do presidente: é que a pessoa deixe a equipe. Portanto, [o governo] não será atingido diretamente de nenhuma forma, fica preservado”, disse ele, em entrevista à "Folha de S. Paulo".
Depois de Romero Juca, que diz em gravação que o impeachment foi motivado para frear a Lava Jato, outros ministros devem cair. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou um despacho recente ao STF afirmando que o ministro do Turismo, Henrique Alves, se beneficiou diretamente do esquema com a ajuda do deputado afastado Eduardo Cunha.
Também na tentativa de melhorar a confiança na economia antes da votação final do impeachment, Padilha afirma que o presidente interino pretende lançar um pacote de "medidas de impacto" no curto prazo. “Para geração de empregos e ativar a economia, com algum tipo de mecanismo estimulante que não importe em subsídios”.
Entre as ideias, estão a revisão das regras para exploração do pré-sal, a total abertura das empresas aéreas para grupos estrangeiros e a possível liberação da compra de terras por estrangeiros.
Também diz que a reforma da previdência deve sair antes do final do ano: “Se houver uma fórmula que se sustente sem idade mínima, vamos ver. O exemplo mundial que temos dos sistemas bem-sucedidos inclui idade mínima e crescente. É o caso que o Brasil terá de fazer," disse – leia aqui.
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