Segunda-feira, 30 de março de 2015 - 16h54
Na manhã do dia 24 de março, o mundo soube da queda de mais um avião. Desta feita, a de um Airbus A320 que fazia rota entra a Espanha e a Alemanha.
Todas as vezes que acontece um acidente aéreo, o medo de viajar de avião aflora com mais intensidade mesmo sendo esse o meio de transporte mais seguro do mundo.
Um acidente desse tipo, por suas dimensões e gravidade dos danos provocados, assusta sempre mais, em particular quando as primeiras investigações não oferecem pistas para a causa do desastre — como no caso em questão, que tinha todos os motivos para chegar bem a seu destino.
Nas últimas décadas, às falhas mecânicas e humanas por negligência ou imperícia foram acrescidos os atentados terroristas, que têm provocado pânico nos países mais vitimados por eles. Na recente queda, uma surpresa estarreceu o mundo: concluiu-se, em pouco tempo, que foi o próprio copiloto da aeronave que, deliberadamente, jogou-a contra o solo. Como se não bastassem os motivos inerentes a condição de estar desafiando a gravidade, para temer as viagens nesse transporte, eis que surge mais uma possibilidade: a de que seja derrubado por quem o conduz.
Diante desse acontecimento estarrecedor, que, como é sabido, não é único na história da aviação, as companhias aéreas começaram a implantar novas normas de segurança que impeçam que fatos dessa natureza se repitam.
Infelizmente, como denota ser a regra, é preciso que o pior aconteça para que ações preventivas sejam implementadas. Muito do que se considera infortúnio poderia ser evitado. Admitir que os próprios pilotos possam dar causa a essas tragédias, parece ser algo um tanto despropositado pelo fato de estarem sujeitos às mesmas consequências dos demais passageiros que conduzem. Mas fatos concretos têm mostrado que, para muita gente, morrer em ações tresloucadas é apenas um detalhe. No passado havia os kamikazes, depois vieram os homens-bomba e os chacinadores que em seguida se matam ou se expõem deliberadamente à morte certa.
Mais do que nunca, medidas profiláticas eficazes precisam considerar possibilidades dolosas extremas. Cada vez mais o ser humano, que deveria ter evoluído para melhor, mostra-se um perigo em potencial. As evidências atestam isso com clareza. Duvidar disso pode matar.
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