Terça-feira, 6 de setembro de 2016 - 21h53
Robson Oliveira
Lorota
Como está coluna havia previsto na semana passada, Roberto Sobrinho, candidato a prefeito pelo PT, continua na disputa das eleições de Porto Velho. Aquilo que foi considerado impossível pelos defensores dos outros candidatos, a defesa de Roberto Sobrinho tirou de letra. E o trouxe de volta!
Tapetão
Nesta terça-feira (6), final da tarde, o petista comemorou duas decisões que acabam com a lorota de que está fora das eleições. A primeira, da lavra do desembargador Valter de Oliveira, cassou liminarmente os efeitos da certidão de trânsito em julgado expedida anteriormente numa ação de improbidade. A segunda, do juiz eleitoral Armando Reigota Ferreira Filho, do Tribunal Regional Eleitoral, concedeu também liminarmente a ‘Tutela de Urgência’, antecipando o efeito suspensivo ao recurso interposto perante o Juízo da 6ª Zona Eleitoral, contra o indeferimento do Registro de Candidatura. Os adversários que comemoraram antecipadamente Roberto barrado pela justiça vão ser obrigados a mudar a estratégia para tentar derrotá-lo nas urnas.
Burrice
Esta coluna, ao analisar o pleito, em outras oportunidades já havia alertado que esta polêmica de “sai e volta” de Roberto Sobrinho da campanha, patrocinada de forma burra pelos adversários, só interessa ao petista. Até os bagres do madeira sabem que o petista foi preso, acusado de malfeitos, entre outros adjetivos nada lisonjeiros, mas os adversários insistem na mesma tecla. Essa insistência contribui para o discurso de perseguido articulado por Roberto Sobrinho, como se os seus problemas judiciais fossem invenção dos opositores. E o pior é que tem colado junto a parte do eleitorado que rejeita o atual alcaide. É uma tática burra já que os efeitos estão sendo em sentido contrário.
Terra arrasada
Não é uma tarefa difícil explicar ao eleitor que não seja militante do PT que o resultado final da administração de Roberto Sobrinho é uma cidade com obras inacabadas, desarrumada e feia. E que Mauro Nazif herdou uma cidade “terra arrasada”, com recursos em caixa presos por força judicial, mas não foi capaz de resolver os problemas que prometeu na campanha passada solucionar e quer, nestas eleições, renovar o mesmo pedido. Mesmo sendo aparentemente uma tarefa simples, nenhum dos candidatos de oposição aos dois está conseguindo explicar à maioria do eleitor esta realidade, razão pela qual a soma dos percentuais dos candidatos é menor que o percentual dos indecisos.
OAB
Não passou despercebida a ausência de algumas autoridades da capital no evento organizado pela OAB/RO para que os candidatos a prefeito assinassem um compromisso contra o caixa dois de campanha e em favor da ética na política. É um evento tradicional durante as campanhas eleitorais que serve de atestado às condutas dos signatários durante a campanha. Hildon Chaves (PSDB), Léo Moraes (PTB), Williames Pimentel (PMDB), José Ribamar (PR), Pimenta de Rondônia (PSOL) e Mauro Nazif (PSB), assinaram o compromisso. O tucano é o único que tem alimentado neste momento o site da Justiça Eleitoral com os gastos e arrecadação de forma transparente.
Sanguessugas
O deputado federal Nilton Capixaba, do PTB, convidado para compor a mesa do evento da OAB-RO contra Caixa Dois e corrupção eleitoral, estava visivelmente constrangido com os discursos feitos pelos candidatos a prefeito que condenaram duramente os políticos envolvidos em malfeitos. O petebista é suspeito de participar de uma suposta organização que surrupiava recursos públicos na compra de ambulância e que ficou conhecida nacionalmente como sanguessugas.
MUSA
A deputada federal Mariana Carvalho (PSDB), também presente ao evento da OAB-RO, foi cumprimentada por três dos seis candidatos a prefeito da capital como musa do Congresso Nacional. Campeã de votos em Porto Velho nas últimas eleições posou para fotografias com vários candidatos a vereadores dos mais diferentes partidos, embora a sua beleza jovial não tenha suavizado as caras sisudas dos candidatos com quem bateu fotos.
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