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Rússia decide proteger a Síria e pede reunião emergencial do Conselho de Segurança


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Por Andrew Osborn e Jack Stubbs

MOSCOU (Reuters) - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, condenou nesta sexta-feira os disparos de mísseis de cruzeiro dos Estados Unidos na Síria, dizendo que foram ilegais e prejudicam ainda mais as relações já abaladas entre EUA e Rússia.

Autoridades norte-americanas disseram ter informado as forças russas antes da ação militar --concebida para punir o governo sírio pelo que os EUA afirmaram ter sido um ataque com armas químicas na terça-feira-- e evitado atingir efetivos russos na Síria.

Imagens de satélite levam a crer que a base aérea do oeste sírio que foi atacada, a Shayrat, abriga forças especiais e helicópteros militares da Rússia, parte da iniciativa do Kremlin para ajudar o governo sírio a combater o Estado Islâmico e outros grupos militantes.

A principal base aérea e uma instalação naval russas não foram atingidas.

Moscou esperava cooperar com o presidente dos EUA, Donald Trump, para que ambos combatessem o Estado Islâmico na Síria, uma manobra com a qual contava para fortalecer os laços bilaterais, atualmente em seu pior momento pós-Guerra Fria.

Depois da intervenção militar dos EUA, essa tarefa parece mais difícil.

"O presidente Putin vê os ataques dos EUA na Síria como uma agressão a um Estado soberano que viola as normas da lei internacional e com um pretexto inventado", disse um comunicado do Kremlin. "Essa medida de Washington irá infligir grandes danos aos laços EUA-Rússia".

Putin, um aliado firme do presidente sírio, Bashar al-Assad, convocou uma reunião com seu conselho de segurança ainda nesta sexta-feira para debater o ataque norte-americano, e o Ministério das Relações Exteriores russo pediu uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

Um comunicado da chancelaria russa disse que Moscou está suspendendo um acordo de segurança aérea com os EUA na Síria originalmente concebido para que os aviões dos dois países não se choquem.

"Está claro para qualquer especialista que a decisão de lançar um ataque foi tomada em Washington antes dos eventos em Idlib (a província onde aconteceu o ataque químico com gás), que foram usados simplesmente como um pretexto para uma demonstração de força", disse a chancelaria russa.

O porta-voz de Putin, Dmitry Peskov, disse a repórteres que os ataques dos EUA foram realizados para ajudar grupos rebeldes que lutam contra Assad.

Peskov disse que a Rússia irá manter os canais de comunicação técnica e militar abertos com Washington, mas que não irá compartilhar nenhuma informação através deles.

(Reportagem adicional de Sujata Rao, Maria Tsvetkova e Vladimir Soldatkin)

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