Sexta-feira, 27 de outubro de 2017 - 10h45
Drogas como maconha e cocaína estão na origem de 71% dos crimes ocorridos no país e chegam no país pela fronteira desguarnecida que o Brasil tem com os países produtores destas substancias. É com estes dados que secretários de segurança pública dos nove estados que compõem a Amazônia Legal pretendem fazer com que a situação deixe de ser objeto de discurso para se transformar em atitudes solucionadoras. E contam com a efetiva participação do governo federal.
“Esta reunião é decisiva. Precisamos fazer o enfrentamento da causa raiz do problema, que são as drogas”, disse o secretário de Segurança Pública, Defesa e Cidadania de Rondônia, coronel Lioberto Caetano, num intervalo do 16º Fórum de Governadores da Amazônia Legal. A reunião acontece, nesta quinta-feira (26), em Rio Branco (AC).
Caetano explicou que o tema vem sendo tratado na câmara de segurança pública do fórum desde o início do ano e que é chegado o momento os entes envolvidos partirem para a solução.
Os secretários estaduais de segurança reunidos no fórum concordam que o primeiro impacto do que as drogas produzem ocorre nos municípios e o enfrentamento às organizações criminosas é obrigação das policiais estaduais.
“A saída é a integração total” propõe Caetano, citando que o trabalho deve envolver também Exército, Marinha e Aeronáutica. Cada um atuando em sua área específica, mas compartilhando informações com que está na primeira trincheira da guerra, a polícia estadual.
CONTRASTE
“A fronteira na região sul tem 4. 445 quilômetros, mas Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina conta com bastante estrutura de segurança pública. Há mais postos das polícias, a Receita Federal está presente”, argumenta.
Em contraste com esta realidade, os estados amazônicos têm fronteira vulnerável em razão do policiamento reduzido, mata densa e 1.343 quilômetros de rios. E é nesta região inóspita que o tráfico e o contrabando prosperam.
“A causa raiz dos problemas de segurança pública estão aqui. Se enfrentarmos a situação juntos reduziremos o tráfico e os problemas relacionados às drogas em São Paulo e Rio de Janeiro. Armas, pessoas, pirataria, biopirataria, tráfico humano”, avalia Caetano.
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Fonte
Texto: Nonato Cruz
Fotos: Bruno Corsino
Secom - Governo de Rondônia
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