O dramaturgo e fanático torcedor do Fluminense, jornalista Nelson Rodrigues, criou um personagem para ser responsabilizado pelos erros do time do coração dele. Quando um jogador perdia um gol feito, Nelson atribuía o malogro da jogada ao “Sobrenatural da Silva”, que teria interferido maleficamente.
Lembrei dessa personagem Rodriguiana ao ler os desabafos do governador Confúcio Moura em seu blog esta semana. Após descrever suas frustrações em não conseguir implantar em Rondônia nenhuma Organização Social de Saúde (OSS) para administrar unidades da rede estadual de saúde. Para Confúcio, a explicação está no além: “Talvez seja culpa do rio Madeira e do rebojo de suas águas, que podem influenciar nossas mentes [culpa do Banzeiros]. (…) O boitatá, o boto, o nego d’água ou o saci-pererê. Só pode ser coisa do além”.
Na mesma senda caminha o jornalista Geovani Berno. Ao comentar minha postagem no facebook sobre os 105 da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, Gigio sugeriu como dar um jeito para que haja um aproveitamento turístico do complexo (no sentido mais amplo do termo) ferroviário. Diz ele: “Ao invés de festas eu começaria a fazer é todo domingo cultos ecumênicos para as almas perdidas nesta MM. Depois de um tempo iniciaria as obras. É muita carga negativa naquele ambiente…”
Saravá!