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Crônica

Amai-vos uns aos outros…


Amai-vos uns aos outros… - Gente de Opinião

Quando Jesus iniciou a divulgação de seu mandamento mais significativo, com poderes de mudar o comportamento do ser humano sobre a Terra, a Grécia já lutara pelo fim das hostilidades entre as coirmãs Atenas e Esparta, as fronteiras se modificavam conforme as conquistas dos vários impérios, que se sucediam no domínio dos continentes europeu, asiático, africano. Os ditos bárbaros mostravam suas garras em vários pontos do Universo, mas Maomé e o consequente Islamismo, sequer haviam nascido. Ainda hoje, o Islã de Maomé, doutrinado pelo Alcorão, cresce em larga escala, em todas as partes do mundo, chegando a assustar o futuro da humanidade, com os vários significados de palavras como Jihad. Vale lembrar que Maomé só nasceu mais de 500 anos depois de Jesus. Mas nenhum povo, nenhuma religião, nenhuma doutrina, nada de humano resistirá ao avanço da IA. A minha voz se propaga no tempo, isso não vai acontecer agora, mas daqui a uns cem anos.

No início, as conquistas justificavam a existência humana. As guerras pipocavam em todas as partes do mundo, cada tribo emergente lutava por um pedaço de terra e pela imposição de suas novas ideias. As fronteiras mudavam diariamente. A mim me parece que o estado belicoso do ser humano é inerente. O que se pensava que era divino, na criação humana, está evoluindo. Somos, inegavelmente, frutos da evolução dos selvagens sapiens, neandertais etc. Nunca conhecemos a paz entre as nações, nem entre as religiões. Salvo raríssimas exceções. Aqui e acolá, de vez em quando, aparece um maluco, sonhando em aumentar seu domínio, matando crianças em nome da estupidez humana, como Putin vem fazendo. Ou um pastor sugerindo o suicídio coletivo, para mais rápido se chegar ao reino de Deus. A violência tem DNA, mora num cantinho animalesco do humano e aflora a qualquer instante, conforme o nível de educação e a influência do meio.

O mundo deu muitas voltas e o mandamento de Jesus Cristo nunca foi seguido. Se alguém disser: "Amo a Deus", mas odiar o seu irmão, esse é mentiroso. Pois quem não ama o seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê”.
(1 João 4:20).
Se fizermos um apanhado sobre os que morreram e os que morrem em nome de Deus, quer seja Ele judeu, cristão, muçulmano, budista, ou mentor de uma religião das muitas existentes no planeta, chegaremos a uma conta absurda até de se imaginar. E nem estamos falando dos deuses menores e nem de ateus, muito menos de brigas pela cor da pele, pelo distanciamento social, pela exploração do homem pelo homem.

Com o mundo evoluindo, vieram as ideologias, a política partidária, a imposição de culturas etc. e as mortes se sucederam e se sucedem, porque ninguém quer saber de amar ao próximo. E nem falamos do futebol, das torcidas fanáticas, de política, das brigas pelo poder. Por mais que o ser humano tenha evoluído, já são 2023 anos depois da morte de Jesus, não conseguiu deixar uma mínima luz de paz fraternal, no túnel das desavenças costumeiras. Ninguém dá o menor sinal de amar ao próximo, com a intensidade pedida por Jesus Cristo.

Sei que vou ser odiado por muitos, até pelos mais próximos, pelos irmãos de sangue e de academia, contudo minhas previsões ideológicas existenciais se distanciaram do amor humano ao próximo, vejo o futuro como resultado da criação do algoritmo pelo algoritmo. O império da ciência pela ciência. Um mundo sem sentimentos, com o cérebro de hemisfério único, talvez sem guerras, sem discriminação, sem desigualdades. Arrisco profetizar: o amor será uma mera palavra em meio à bilhões de outras, no arquivo da IA. Seremos matéria, nada mais que matéria. Caetano Veloso - Triste Bahia: https://www.youtube. com

Como me resta pouco tempo de vida, em nome da minha consciência, vou dar continuidade ao que me restou de humano, ao que me foi melhorado pela educação, pela amizade fraternal, pela academia, pelo amor familiar, em prol de uma convivência feliz. Assim estarei pondo em prática, mesmo por pouco tempo e com pouca repercussão, o maior ensinamento já surgido na face da terra, mas infelizmente ignorado pela grande maioria da humanidade: amar ao próximo.

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