Sexta-feira, 25 de agosto de 2023 - 11h09
Em 2016, o candidato Hildon Chaves entrou na campanha eleitoral
para a prefeitura de Porto Velho como azarão. Contrariando as previsões, saiu
da rabeira para o topo de todas as pesquisas de intenção de voto direto para o
palácio Tancredo Neves. Hoje, em seu segundo mandato, ganhou projeção nacional,
a ponto de aparecer no ranking dos melhores prefeitos do país, com setenta e
cinco por cento de aceitação popular. Um privilégio para poucos.
Existem duas categorias de políticos. Os primeiros, por serem
pequenos, não conseguem enxergar além da ponta do próprio umbigo; outros, que
sabem fazer história, dirigem a construção de sua própria biografia. Hildon
inclui-se no segundo grupo. Ainda que sua administração mereça críticas em
setores estratégicos, poucos como ele souberam dar respeitabilidade ao
exercício de um mandato no executivo municipal, seja pela sua competência, seja
pela inatacabilidade moral. Até hoje não se sabe de algum ato capaz de macular
sua imagem.
Não sem motivo, parcela expressiva da população portovelhense,
cansada de políticos que se acostumaram a transformar os cofres públicos em
propriedade particular, reserva-lhe lugar de destaque no cenário nacional. Mas
não é só com a popularidade que o prefeito Hildon Chaves vive em ‘lua de mel’. Na
Câmara Municipal, o clima não é muito diferente. Na sessão ordinária de
terça-feira (22), vereadores renderam elogios ao trabalho desenvolvimento pelo
chefe do executivo municipal, por meios das secretárias de agricultura, obras,
regularização fundiária, Emdur, entre outras instituições. E isso,
evidentemente, tem sido causa de muita inveja, que, como se sabe, é um
sentimento diabólico, que brota de um coração pecaminoso, de alguém que quer
ser ou possuir aquilo que não lhe pertence, como foi o caso de Lúcifer, o anjo
de luz que desejou ser igual a Deus. Mas isso não parece incomodar Hildon, que
segue sua marcha buscando voos mais altaneiros, para desespero dos faiscadores
de dúvidas alheias.
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