Feira Nacional do Camarão começa hoje em Natal

"Competitividade e demanda impulsionam a aqüicultura brasileira" será  o tema da 6ª edição da Feira Nacional do Camarão, Fenacam,  de 15 a 18 no Centro de Convenções da Via Costeira, em Natal (RN).

A Fenacam terá simpósios voltados para a cadeia produtiva  do camarão enfocando novas oportunidades de negócios dentro da cadeia produtiva. Para isso, segundo Itamar Rocha, presidente da Associação Brasileira de Criadores Camarão, o SEBRAE/RN exerce papel fundamental dentro da Fenacam promovendo a Rodada de Negócios, que todos os anos coloca compradores e produtores frente a frente na mesa de negociação. "Sem falar que traremos palestrantes nacionais e internacionais para tratar de temas como certificação de produtos, melhoramento genético, biosegurança, preservação ambiental, controle sanitário, seleção de espécies, controle de custos  etc.", afirma.

No ano passado foram gerados R$ 30 milhões em negócios.   "Para 2009 esperamos um incremento de pelo menos 15% neste volume", disse Itamar Rocha. Os produtores de camarão do Rio Grande do Norte vivem um momento de superação e recuperação em decorrência das últimas enchentes, bloqueio americano ao camarão brasileiro, taxa de câmbio pouco convidativa e doenças. Agora eles estão sentido que é o momento da virada. Para Itamar Rocha, a sinalização que o ano de 2009 será de recuperação começa a ser sentida com o crescimento do mercado interno e a volta das exportações diante da crise internacional que tornou o produto brasileiro novamente competitivo.

Paralela à Fenacam, de 15 a 18, serão realizadas a VI Feira Nacional do Camarão/Aquicultura,   VI Simpósio Internacional de Carcinicultura, o III Simpósio Internacional de Aquicultura, o VI Festival Gastronômico de Frutos do Mar e a Rodada de Negócios do SEBRAE.

Durante quatro dias, os participantes da Feira   trocarão informações, saboreando delícias do camarão e, principalmente, fechando   negócios. O evento tem como objetivo: reunir todos os interessados na cadeia produtiva da carcinicultura, criando um ambiente propício para a realização de contatos, a troca de informações e o fomento de
negócios. Essa tem sido a fórmula do grande sucesso das edições anteriores da Fenacam.

Carcinicultura
 
O que o mercado nos reserva? Como escapar dos entraves à produção e retomar o crescimento interno? Essas e outras questões serão respondidas em mais um simpósio com a presença de grandes nomes da aquicultura internacional, discutindo o tema "Mercado interno e industrialização - Caminhos para o crescimento da aquicultura
brasileira".
 
Itamar Rocha disse que tem cobrado estímulo para o setor porque sabe que existe  demanda para os produtores. Dados de 2007 mostram que as exportações do setor pesqueiro no mundo renderam US$ 92,3 bilhões e o Brasil tem somente 0,03% desta fatia. Comparando com a produção de carne bovina, o montante foi de US$ 24,2 bilhões e o Brasil detém 25% do mercado. Em relação ao frango foram 12,7 bilhões de dólares e o país tem 23% do mercado.  "Está aí demonstrado que temos como ocupar espaço, mas é preciso estimular a produção. O setor primário da cadeia produtiva precisa ter vez",  salientou.

O Brasil possui a 2ª melhor produtividade do camarão cultivado do mundo. Tem clima favorável, terras propícias para o setor e ferramentas de competitividade que precisam ser estimuladas. "Este ano será o sexto ano da Fenacam e o BNDES, pela primeira vez, vai se fazer presente neste fórum de discussões. O banco tem tudo para fomentar e
incrementar a produção da carcinicultura e da aqüicultura no Nordeste brasileiro, que tem vocação natural", acrescentou.

O superintendente federal da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, Ivanilson Maia, esclarece que da parte do órgão não vai faltar empenho para apoiar e fazer o setor crescer a cada ano. Ele citou alguns projetos que vem realizando no RN, principalmente na região Oeste do estado, com a instalação de projetos de aqüicultura.

Fonte: Marilza Rocha