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Sergio Pires

Retrocesso na luta contra as agressões e assassinato de mulheres + Governador faz apelo dramático + Um militar que odeia bolsonaro


Retrocesso na luta contra as agressões e assassinato de mulheres + Governador faz apelo dramático + Um militar que odeia bolsonaro - Gente de Opinião

RETROCESSO NA LUTA CONTRA AS AGRESSÕES E ASSASSINATO DE MULHERES: HÁ AS QUE AINDA DEFENDEM SEUS AGRESSORES

 

O número de agressões violentas, tentativas de assassinato e ferimentos graves praticados contra as mulheres, neste momento em que muitas famílias estão em isolamento, Brasil afora, tem assustado as autoridades. Rondônia, infelizmente, está entre os Estados onde esses dados tão negativos mais têm crescido. O maior número de registros, é claro, tem sido em Porto Velho, onde vários casos chegam ao conhecimento da polícia todas as semanas. Mas no interior o problema também cresce. Em Vilhena, por exemplo, houve um aumento de mais de 50 por cento de agressões a mulheres, praticamente todos praticados por maridos, namorados ou companheiros. Na Capital, não há dia em que pelo menos uma ocorrência violenta  fique fora dos livros de registros policiais. As campanhas feitas em todo o país, conscientizando as mulheres para que denunciem, que não se calem, que não aceitem serem maltratadas, como se fossem propriedade dos seus parceiros, colocaram mais luz sobre o problema. Mas, infelizmente, os números não caem. Pelo contrário, os casos, alguns terríveis, tenebrosos, continuam aumentando cada vez mais.  No ano passado, nada menos do que 3.739 mulheres perderam a vida, mais de 311 mortes por mês; 10 todos os dias; uma a cada duas horas e meia.

 

As leis criadas são positivas e, ao contrário com o que acontece com a maioria dos criminosos, os assassinos de mulheres têm recebido, no  geral, penas bastante pesadas. Mas há ainda um outro lado, também muito lamentável, nessa história toda. Muitas mulheres, agredidas continuamente,  tratadas como se animais fossem, surradas e ofendidas, nem assim denunciam seus companheiros violentos. E há sim, muitas que brigam para que seus agressores não sejam presos. Dia atrás, mais um desses casos lamentáveis aconteceu em Porto Velho. Mesmo tendo seu rosto desfigurado por um violento espancamento que sofreu do marido, durante uma bebedeira, a mulher queria impedir a PM a levar o companheiro preso. Ela ainda se escondeu com o marido, para que os policiais não o encontrassem. Ainda cheia de escoriações, com o rosto e os lábios inchados, ela disse que não queria denunciar o agressor e nem que ele fosse processado, porque o amava muito. Mesmo levado para a Delegacia, o agressor foi solto pouco depois. O próximo passo pode ser matar a mulher. Esse é um histórico comum, em casos de mulheres que apanham e que ainda defendem quem as agride. Enquanto houver esse tipo de vítima, que não quer denunciar seu sofrimento e nem ver na cadeia quem a trata dessa forma, como acabar de vez com essa tragédia social que assola nosso Brasil machista? Quem souber a resposta, que se pronuncie! 

 

 

BOA NOTÍCIA: NENHUMA MORTE REGISTRADA

 

Enfim, depois de tantos dias de notícias ruins ou cada vez piores, na guerra contra o corona vírus, uma segunda-feira especial: nenhuma morte foi registrada em Rondônia, nas últimas 24 horas. Os números divulgados no  inicio da noite, apontam para 2.368 casos de pessoas contaminados pelo vírus, 67 a mais do que no domingo. Agora, já são 937 pessoas curadas, ou seja, tirando os recuperados, ainda temos 1. 431 casos de pessoas infectadas com o vírus.  São 329 pessoas internadas. Mesmo com essa pequena reação, em relação aos números que andavam disparando, o secretário de saúde, Fernando Máximo, continua orientando a população a manter o isolamento e todos os cuidados necessários para a proteção contra a doença: uso constante de máscara e higienização das mãos, principalmente. O sistema de saúde do Estado corre o risco de entrar em colapso nos próximos dias, caso o número de infectados continue numa ascensão grande como estava se registrando até o último final de semana.

  

 

GOVERNADOR FAZ APELO DRAMÁTICO

 

Faltam apenas nove dias. Exatamente no dia 4 de junho, uma quinta-feira, não haverá mais leitos comuns e nem de UTI disponíveis para atender aos rondonienses afetados pelo  corona vírus, caso os casos continuem crescendo nos patamares assustadores de agora. O alerta foi feito governador Marcos Rocha, num pungente e dramático apelo feito numa live pelas redes sociais, na noite de domingo. Rocha praticamente implorou aos rondonienses que mantenham o isolamento e os cuidados, para  que a doença não se alastre ainda mais. Lamentou profundamente as 121 mortes registradas ate o fim de semana e disse que não pretende implantar o lockdown no Estado. Só faria em último caso e se a situação chegar a níveis insuportáveis. Enfim, a Covid 19 está longe de ser controlada. Aqui no Estado, em breve, os médicos terão que escolher quem vai viver e quem vai morrer, caso o corona continue sendo levado na brincadeira por muita gente. 

 

 

LAMENTOS PELA PERDA DE EVARISTO

 

O mundo empresarial e os que gostam das motos, usando-as para esporte e lazer, tiveram um domingo triste. Uma das importantes personalidades do mundo econômico do Estado, o superintendente do Banco da Amazônia (Basa), Wilson Evaristo, morreu num acidente com uma moto BMW, numa curva da BR 319, após a ponte do rio Madeira. Ele estava testando o veículo, com a intenção de comprá-lo. Andava com outros amigo motociclistas, quando perdeu o controle e acabou se chocando com a lateral da pista. Socorrido na hora, Evaristo morreu pouco depois. Era pessoa muito conhecida do mundo empresarial, pela parceria que sempre proporcionava, via Basa, a empreendedores de todas as áreas. O final de semana, nas redes sociais, foi de dezenas e dezenas de mensagens, lamentando o acidente e a morte do superintendente. Ele trabalhou no Basa por 42 anos. Antes de vir para Porto Velho, atuava na agência de Ji-Paraná, cidade onde deixou também muitos amigos, que lamentaram igualmente a sua trágica morte. 

 

 

UM MILITAR QUE ODEIA BOLSONARO

 

Antibolsonarista convicto e apaixonado, o terceiro sargento da Polícia Militar de Rondônia, Jarde Santos, publicou na sua rede social uma agressão aos que apoiam o Presidente, desejando que eles sejam infectados pela Covid 19 e que, com isso, “não vão escapar”, ou seja, desejando que todos morram pela terrível doença que está apavorando o mundo e que, só em Rondônia, já matou 121 pessoas, incluindo alguns colegas de farda do sargento. Aliás, 50 policiais militares já foram detectados com o vírus. Ele escreveu que “o meu desejo é que todos os apoiadores do Bozo, que tenham mais de 30 anos, peguem o Covid 19. Não vão escapar. Eu acho é pouco! Boa noite!”. Jarde é professor de Português, Mestre em Ciências da Linguagem e Sargento da PM. Sua publicação teve grande repercussão, tanto em Rondônia como em outros Estados do país, ao ponto do comandante da PM, coronel Mauro Flores, disse que a opinião do seu subordinado, ‘de forma alguma reflete a opinião da instituição”. Jarde está respondendo processo na Corregedoria da PM.

 

 

DEZ VEZES MAIS EM 30 DIAS

 

Em 27 de abril passado, o boletim da Sesau indicava que haviam, em Rondônia, 393 casos confirmados do corona vírus e 10 mortes. Um mês depois, esses números foram multiplicados por 10. Houve uma média de 110 novos casos por dia, numa conta matemática simples. E mais de quatro óbitos diários, em média, nesse mesmo período. A continuar nesse crescimento vertiginoso, em 26 de junho poderemos ter até 30 mil pessoas infectadas e perto de 250 mortos. O problema maior é a falta de cuidados de muitas pessoas, que continuam andando nas ruas sem necessidade, muitas ainda sem máscara ou sem imunizar as mãos com álcool gel ou sabão e que podem se tornar potencialmente repassadores do vírus. O número de festas caiu, mas elas ainda existem sim, assim como confraternizações entre amigos e até gente se encontrando em salas apertadas de funerárias, onde ocorrem velórios. Aliás, dias atrás, pelo menos cinco pessoas foram contaminadas em Porto Velho, depois de participarem de um velório de uma das vítimas da Covid 19. Sem proteção, sem cuidados, sem isolamento, não há como segurar essa doença tenebrosa.

 

 

MEIAS VERDADES E  PURA E SIMPLES MENTIRA

 

Continua, lamentavelmente, o festival de absurdos praticados por parte da imprensa brasileira, aquela ala desesperada por desestabilizar o governo e torcendo pelo quanto pior melhor. Já não são apenas meias verdades, ou seja, apenas um lado da história e sempre o lado que vai contra o atual Presidente e seu governo. Agora, algumas emissoras partiram para a mentira pura e simples. Uma delas destacou, em manchete, que o fato do governo americano proibir a entrada de brasileiros, por causa do corona vírus, foi “uma grande derrota para o presidente Bolsonaro”. Algo triste e irreal, perto da canalhice. A notícia não informa que não só brasileiros, como pessoas de pelo menos outros 20 países estão proibidos de entrarem em território americano, como medida de segurança. É uma pena que isso continue ocorrendo, porque esse espetáculo, colocando a notícia sob prisma tão tendencioso, vai colocar toda a imprensa brasileira no mesmo saco, no futuro, quando essa vergonha que está sendo cometida hoje for julgada pela História. Realmente algo inacreditável, num momento em que a imprensa é tão importante. Mas só o é quando divulga a verdade e não apenas versões que estão dentro dos seus interesses. Não do país. Não dos seus ouvintes, leitores e telespectadores. Trágico!

 

 

AUMENTAM ASSASSINATOS, ASSALTOS, ROUBOS...

 

Assaltos, roubos, furtos, invasões a residências, ataques em plena luz do dia. E assassinatos. Isso mesmo. Para os bandidos, não importa a pandemia. Eles estão cada vez mais ousados, cada vez mais violentos, cada vez menos temerosos tanto da polícia quanto da Justiça. Sempre sob a proteção de leis criadas, durante décadas, para salvaguardar seus interesses e seus direitos (jamais os direitos de suas vítimas), eles deitam e rolam país afora, como o fazem também aqui em Rondônia. O número de assaltos a mão armada é absurdo, principalmente na Capital. O número de crimes de morte, no Estado, aumentou 10 por cento em março passado, sobre o mesmo março de 2019. Muitos dos criminosos, mesmo quando pegos, entram por uma porta das delegacias e saem pela outra. Quinze minutos depois, estão roubando e assaltando de novo. Não  há polícia que resolva, enquanto nosso país continuar sob o jugo de leis demagógicas, que ignoram a tragédia dos cidadãos de bem, nas mãos dos bandidos, que são cada vez em maior número e cada vez mais impunes. Um dia, essa praga vai sumir do nosso país. Mas, tomara que não demore muito, porque senão pode ser tarde demais...

 

BARROSO, O NOVO ESPECIALISTA EM MEDICINA

"Eu considero um erro qualquer prática política pública que fuja aos padrões consensuais firmados pela ciência e pela técnica médica em geral, pelo sanitaristas, pela Organização Mundial de Saúde e pelas entidades e referências médicas do país. Acho que a adoção de uma política pública de eventual distribuição de um medicamento que não tenha chancela da comunidade médico-científica nem de pesquisas clínicas pode, sim, gerar responsabilidade. não gostaria de concretizar isso porque você vai ter decisões em situações concretas, mas claramente o Supremo disse que a adoção de alternativas não comprovadas médico e cientificamente, sobretudo se causarem dano a alguém, podem sim gerar responsabilidade." As declarações são de algum especialista em saúde? Algum médico renomado, que queira dar sua opinião abalizada sobre um tema tão polêmico, que precisa mesmo ser discutido por especialistas? Por algum parlamentar, no Congresso, louco para responsabilizar o governo Bolsonaro pelo uso da cloroquina contra o corona vírus? Infelizmente não. Elas são do ministro Luís Roberto Barroso, do STF, o novo palpiteiro sobre questões da saúde pública no país. É inacreditável o desespero de alguns membros da instituição em ocuparem espaços na mídia, com temas que nada tem a ver com sua missão precípua, que é defesa da Constituição. Estamos mesmo vivendo tempos malucos!!!

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PERGUNTINHA

 

Você concorda ou discorda do projeto do deputado federal rondoniense Lúcio Mosquini, que autoriza médicos brasileiros formados no exterior a trabalharem com registro provisório, durante a pandemia do corona vírus?

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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