Sexta-feira, 28 de abril de 2023 - 13h55
O crescimento sustentável do agronegócio no Brasil é apontado
como uma das principais características do desenvolvimento deste mercado nos
últimos 40 anos. De 2002 a 2022 o PIB agrícola do país teve um salto de US$ 120
bilhões para US$ 500 bilhões, o que equivale a todo o PIB da Argentina.
Dados da
Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam que em 2023 o Brasil deva
se estabelecer como o terceiro maior produtor de grãos do mundo, superando a
marca de 300 milhões de toneladas comercializadas, ficando atrás apenas da
China e Estados Unidos.
Este cenário coloca o agronegócio entre os mercados mais
promissores para investidores pessoa física, que além de contarem com bons
rendimentos, ainda contribuem para o desenvolvimento do setor e,
consequentemente, do País ao aplicar empresas que fomentam o agronegócio em
diversos aspectos como produção, infraestrutura, tecnologia entre outros.
“Antigamente, só era possível investir no agronegócio comprando
terras ou gado. Hoje em dia, as formas de investimento são bem mais
sofisticadas, possibilitando ao investidor apostar em empresas que contribuem
para o desenvolvimento do setor com os produtos e serviços que fornecem, e com
possibilidades interessantes de ganhos”, diz Gabriel Lago, sócio fundador da
The Hill Capital, escritório de investimentos vinculado ao banco Btg Pactual
que tem se especializado, entre outras áreas, nos investimentos sobre o
agronegócio.
Lago explica que atualmente é possível investir em empresas
fomentam alta tecnologia aplicada ao agronegócio, como inteligência artificial
e metaverso, por exemplo. “O fato de o Brasil ter um clima tropical favorável o
ano inteiro, e com grande expansão territorial tanto para o plantio como para a
pecuária, torna o país um dos principais produtores do mundo, abastecendo o
mercado interno e externo em grande escala, o que fortalece esse mercado,
consequentemente oferecendo um bom retorno a seus investidores”, afirma.
Há diversas possibilidades de investimento nesse setor, a
começar pelo CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio), que são títulos de
renda fixa que têm lastros nos negócios de produtores ou cooperativas rurais,
que envolvem financiamentos ou empréstimos relacionados à produção,
comercialização, beneficiamento ou industrialização de produtos e insumos ou
até maquinários utilizados na agropecuária.
Segundo Gabriel Lago, a principal forma de investimento no setor
é por meio de fundos de Agro e ou Renda Fixa que financiam o desenvolvimento do
agronegócio. Ele diz que ainda são poucas as empresas de capital aberto na
Bolsa de Valores (B3) que possibilitam o investimento em ações, apontando que
isso também significa que há um grande espaço a ser conquistado nessa
modalidade de investimento. Ele prevê um aumento de empresas na B3 a partir do
próximo ciclo de baixa de juros.
O especialista diz que há investimentos de alto, médio e baixo
risco, relativamente proporcionais às possibilidades de ganhos, como em
qualquer forma de aplicação financeira. “Os Fundos de Private Equitys, que
captam recursos para investir em novas empresas, que estão começando a atuar no
agronegócio, podem ser considerados os de maior risco, e se enquadram classe de
investimentos alternativos”, descreve, explicando que nessa categoria, o
investidor aposta em ideias e projetos, que se alcançarem sucesso, alavancam grandes
rendimentos, por isso, são fundos de longo prazo, normalmente entre 7 e 10
anos.
A forma mais conservadora de investimento é por meio de LCAs
(Letras de Crédito do Agronegócio), emitidas pelos bancos para captarem fundos
para empréstimos a empresas do setor agro. A diferença é que para os
investidores, a garantia são os bancos e não os negócios financiados por essas
instituições financeiras. “A vantagem desta forma de aplicação é a isenção de
Imposto de Renda para pessoa física”, diz Lago.
Os investidores que adquirem debentures de empresas de
infraestrutura também ficam isentos do pagamento de Imposto de Renda. Gabriel
Lago explica que essa é uma forma de o Governo compensar essas pessoas por
utilizarem seua recursos para investir, por exemplo, na construção de ferrovias
que favoreçam o transporte de produtos agrícolas, contribuindo para o
desenvolvimento do setor, sem que esses recursos precisem ser providenciados
diretamente pelo poder público.
“Outro grande diferencial do investimento em agronegócio é que
além das promissoras possibilidades de rendimento, há um valor agregado, tanto
para a pessoa física como jurídica de contribuir para do crescimento do setor
e, consequentemente para o desenvolvimento do País”, finaliza.
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