Sexta-feira, 3 de setembro de 2021 - 09h58
O êxito do Festival Nacional do Tambaqui da Amazônia promovido pelo Governo de Rondônia se deve principalmente ao apoio de todos os parceiros, colaboradores e patrocinadores. É a conclusão a que chegam a Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), Entidade Autárquica de Assistência e Extensão Rural (Emater-RO), Superintendência Estadual de Desenvolvimento Econômico e Infraestrutura (Sedi). O festival teve origem em Ariquemes, cinco anos atrás, É com os parceiros que os organizadores contam atualmente para ofertar cada vez mais o produto ao mercado nacional.
Ao avaliar o valor da exploração pesqueira em tanques no Estado, a gerente de aquicultura e pesca da Seagri, Mirtes de Lima Pinheiro, reconheceu a importância das parcerias, que agora sustentam o evento do próximo dia 19 de setembro, em Rondônia, nas 26 capitais estaduais e no Distrito Federal.
O tambaqui é hoje o símbolo da economia pesqueira rondoniense que se tornou o maior produtor de peixe nativo de cultivo e o terceiro maior produtor do Brasil. A produção pesqueira em 2020 alacançou 65,5 mil toneladas. A Estimativa de 2021 ainda está sendo calculada, mas os cálculos da produção para 2022 apontam que será em torno de 98 mil toneladas/ano.
As persp ectivas para ampliação das exportações pesqueiras estaduais começaram naquele município a 200 quilômetros de Porto Velho, quando os organizadores assaram duas mil bandas de peixe, em maio, e um ano depois, 2018, três mil. Segundo Mirtes de Lima, ao assar 3.304 bandas em 2019 durante a 3ª Exposição da Piscicultura, Agroindústrias e Agronegócio do Vale do Jamari, o festival entrou para o livro de recordes do Ranking Brasil:
“Foi o maior churrasco de peixe já realizado no País”, lembrou.
A fama do peixe rondoniense começou a extrapolar divisas, alcançando a capital brasileira. Por que não iniciar uma vitrine por lá? – raciocinaram os técnicos da Seagri e da Emater e passaram a planejar.
Assim, em 2019, aconteceu o 1º Festival Nacional do Tambaqui da Amazônia na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. A fumaça do assado atraiu as pessoas. Assaram quatro mil bandas de tambaqui sem espinhas, totalizando seis toneladas de peixe distribuídas à população.
O então secretário de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Jorge Seif Júnior, lamentava, na ocasião, que o tambaqui ainda seja pouco conhecido dos brasileiros das regiões centro-oeste, sul e sudeste. “Ouvi falar muito em diversos pescados, da Argentina, Rússia, Equador e Vietnã, mas não se fala da riqueza do peixe da Amazônia”, ele afirmara no momento.
O projeto desenvolvido em Brasília teve como principal estratégia divulgar a especiaria e agregou, com isso, uma ação social. No caso, as pessoas, ao receberem o peixe assado, doariam um quilo de alimento. A arrecadação ajudou instituições responsáveis por ações sociais.
Em 2020, ano da pandemia da covid-19, o Festival de tambaqui ocorreu em dez municípios, totalizando 6.087 quilos, divididos em 4.230 bandas. Porém, a ação não pode se estender a Brasília por causa das restrições impostas pela necessidade de distanciamento social. Contudo, a edição do festival este ano, contemplará o Distrito Federal novamente.
Se antes, a expansão do mercado era um sonho, atualmente a Seagri contabiliza tecnologia e recursos humanos, consolidando parcerias na piscicultura, com empresas e universidades. O Programa “Peixe Saudável” é exemplo disso, pois garante a rastreabilidade dos peixes produzidos em Rondônia, em busca da qualidade e da renda para o produtor.
Esse programa cumpre à Instrução Normativa n.º 4/2015, que instituiu o Programa Nacional de Sanidade de Animais Aquáticos de Cultivo, oferecendo atendimento especializado. “O piscicultor da agricultura familiar ganha análises de água e de peixes, o que o auxilia na manutenção da qualidade sanitária dos animais, mediante adoção de boas práticas de manejo”, explicou Mirtes de Lima.
Após a análise, os técnicos responsáveis pelos laboratórios móveis, emitem boletins informando as condições da água. Este instrumento serve para o licenciamento junto aos órgãos ambientais em relatórios de monitoramento de qualidade de água e outorga de uso de recursos hídricos. O programa funciona com laboratórios adquiridos pela Emater – RO, via recursos do Fundo de Investimento e de Desenvolvimento Industrial do Estado de Rondônia (Fider) e a participação do Conselho Estadual de Desenvolvimento Regional (Conder), administrado pela Sedi.
Em maio deste ano, a Seagri visitou alguns laboratórios de reprodução de formas jovens de peixes no Estado, apoiando o Departamento de Desenvolvimento e Ordenamento da Aquicultura (Depoa), da Secretaria de Aquicultura e Pesca do Mapa, que desenvolve o projeto “Boas Práticas na Produção de Formas Jovens.”
O controle que permite a rastreabilidade das formas jovens da cadeia produtiva aquícola está sendo executado no país pela Coordenação de Aquicultura em Estabelecimentos Rurais e Áreas Urbanas do ministério.
Esta ação, resulta em inúmeras vantagens, algumas delas são: produção de formas jovens com qualidade zootécnica; criação de programas de prevenção e controle sanitário para aquicultura nacional, produção de formas jovens com garantias mínimas sanitárias e de biosseguridade e bem-estar animal, competitividade no mercado nacional e internacional, rastreabilidade dos empreendimentos de formas jovens, melhora do status sanitário e desempenho zootécnico da engorda no Brasil. “A cadeia produtiva da aquicultura ficará cada vez mais profissionalizada”, comentou Mirtes.
O Sucesso do Festival só é possível por conta do envolvimentos dos órgãos governamentais já citados bem como o apoio dos parceiros, quais sejam: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Associação dos Criadores de Peixes de Rondônia (Acripar), Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Rondônia (Sebrae), , Zaltana Pescados, Lions Clube, AgroFish Nova Aurora, WS Pescados da Amazônia e secretarias de agricultura municipais.
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