Quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021 - 12h24
Garantir proteção ao saber fazer e a qualidade do Tambaqui produzido na
região do Vale do Jamari. Essa é a intenção de um projeto encabeçado pelo
Sebrae, em parceria com a Associação de Criadores de Peixes do Estado de
Rondônia, a Acripar, e apoio do Governo de Rondônia através da Secretaria de
Estado da Agricultura, a Seagri.
Desde setembro do ano passado, equipes dessas entidades trabalham para o
desenvolvimento e a formalização da documentação necessária para ser
apresentada ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Esses
documentos vão defender o registro de uma Indicação Geográfica (IG) do Tambaqui
para a região do Vale do Jamari.
A criação de IGs é garantida no Brasil através de Lei Federal. O
objetivo é proteger lugares, produtos e demais itens, de determinada região do
país, que ficaram famosos por suas características, clima, solo, assim como
pelo processo de produção. IGs como a dos queijos da Serra da Canastra (MG) e a
da cachaça de Paraty (RJ) estão entra as mais reconhecidas.
“O Tambaqui feito nessa região é exemplo de qualidade não só para
Rondônia, mas para outros estados da federação. Ariquemes hoje é o terceiro
maior produtor de peixes em cativeiro do país e o maior produtor de Tambaqui do
Brasil. O registro de uma IG não será uma conquista apenas de quem está aqui,
mas um reconhecimento da importância da piscicultura rondoniense como um todo”,
explica Francisco Hidalgo Farina, presidente da Acripar.
Em reunião nesta semana, a equipe técnica definiu o reinício dos
trabalhos de coleta de informações e validações de documentos com a equipe do
comitê gestor, assim como os demais produtores participantes. A intenção do
grupo de trabalho é até o mês de agosto deste ano protocolar junto ao INPI o
pedido oficial de registro. Pelo cronograma, o selo com a homologação da IG só
deve estar pronto em 2022.
“Estamos muito felizes com o desenvolvimento desse processo de registro
da IG do Tambaqui do Vale do Jamari. Ele vai agregar ainda mais valor a esse
produto que é nobre, de um sabor único, uma proteína altamente sustentável em
vários aspectos e que movimenta a economia rondoniense de grandes, médios, mas
principalmente dos pequenos produtores rurais”, explica Samuel de Almeida,
diretor técnico do Sebrae em Rondônia.
Indicações Geográficas
As Indicações Geográficas (IGs) são ferramentas coletivas de valorização
de produtos tradicionais vinculados a determinados territórios. Elas possuem
duas funções principais: agregar valor ao produto; proteger a região produtora.
O sistema de Indicações Geográficas deve promover os produtos e sua
herança histórico-cultural, que é intransferível. Essa herança abrange vários
aspectos relevantes: área de produção definida, tipicidade, autenticidade com
que os produtos são desenvolvidos e a disciplina quanto ao método de produção,
garantindo um padrão de qualidade. Tudo isso confere uma notoriedade exclusiva
aos produtores da área delimitada.
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