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Peixe BR questiona Ministério da Agricultura e Pecuária e Ministério da Pesca e Aquicultura sobre riscos e custos da importação de tilápia do Vietnã


Peixe BR questiona Ministério da Agricultura e Pecuária e Ministério da Pesca e Aquicultura sobre riscos e custos da importação de tilápia do Vietnã - Gente de Opinião

Um lote de tilápia importada do Vietnã chegou ao Brasil em dezembro de 2023, causando muita preocupação à Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR) e à cadeia da produção de peixes de cultivo como um todo.

“Não temos informações se o lote passou por todas as análises de riscos sanitários, de maneira a garantir sua segurança para consumo. Da mesma forma, não conhecemos o processo de criação e de processamento da tilápia no Vietnã, o que também consideramos preocupante”, ressalta Francisco Medeiros, presidente da Peixe BR.

“Também temos muitas dúvidas sobre o custo da importação, tendo em vista que os valores pagos são inferiores ao custo de produção no Brasil. Isso é dumping”, assinala o dirigente.

“Além disso, a importação em si causa muita estranheza, já que o Brasil é o quarto maior produtor mundial de tilápia, cultiva a espécie seguindo os mais rígidos critérios de boas práticas – incluindo alimentação balanceada e controle sanitário. A tilápia brasileira prima pela qualidade e é, sem dúvida, uma das melhores do mundo. E a oferta interna cresce ano após ano”, complementa Medeiros.

O presidente executivo da Peixe BR também questiona a importação, considerando o desenvolvimento e a importância econômica e social da cadeia da produção de tilápia no Brasil. “A piscicultura brasileira é uma atividade em expansão, que reúne mais de 1 milhão de produtores – sendo a expressiva maioria de pequenos – e gera igualmente cerca de 1 milhão de empregos. A representatividade social da atividade é gigantesca. A importação pode comprometer a própria sobrevivência de pequenos piscicultores”.

A Peixe BR está em contato permanente com o Ministério da Pesca e Aquicultura, o Ministério da Agricultura e Pecuária e o Ministério do Trabalho e do Emprego para saber se foram realizadas todas as análises de risco sanitário necessárias e entender os motivos da importação.

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