Terça-feira, 28 de julho de 2020 - 08h29
Com a organização do Sebrae em Rondônia, várias instituições públicas, empresas privadas e organizações representativas do setor produtivo do segmento do cacau se reuniram, na última semana (22), através das plataformas digitais, para iniciar a estruturação de um projeto para o fortalecimento da cadeira produtiva do cacau em Rondônia, que, mesmo com números expressivos e crescentes a cada ano, ainda fica aquém do que o estado pode apresentar. Participaram da reunião, representantes da Emater, Embrapa, Seagri, Senar, Câmara Setorial do Cacau, Ceplac, Ifro, Empresa Cargill, Empresa Barry Callebaut, Idaron e Suframa.
Na visão de algumas instituições, as lavouras de Rondônia necessitam de aporte em inovação e tecnologia para a obtenção de um produto de maior qualidade, que possam alcançar níveis maiores de produtividade. Para se ter uma ideia, a produção hoje fica no patamar de 450kg/ha de amêndoa, um número muito baixo, por conta das lavouras antigas e de cultivo seminal, sendo poucas as lavouras que possuem cultivos clonais, as quais podem potencializar aumento da produtividade para algo em torno de 11.000kg/ha.
“A expansão das lavouras, a renovação das áreas cultivadas e incentivos para formação de viveiros de produção de mudas e cuidados com a sanidade, poderão qualificar consideravelmente a produção, e por ser um produto de exportação, encontrar melhores valores de mercado”, afirma Evandro Padovani - Secretário de Estado de Agricultura de Rondônia.
Já o superintendente da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), Caio Mesquita de Souza, tecnologia tem, mas falta adesão dos produtores às tecnologias disponíveis: “Rondônia domina tecnologias capazes de triplicar e até quadruplicar a produção, se houver maior disseminação e adesão pelos produtores na adoção dos sistemas de produção disponível”, afirma Mesquita.
Para o Diretor Técnico do Sebrae em Rondônia, Samuel Almeida, a parceria das instituições é fundamental para essa transformação: “As parcerias institucionais as quais se vinculam às estratégias de desenvolvimento da Cacauicultura de Rondônia é de fundamental importância, pois será com a convergência das competências técnicas instaladas nas organizações que impulsionará o Estado para níveis de excelência na produção de Cacau”, conclui Samuel.
Rondônia hoje, é o 3º maior produtor de cacau do Brasil, juntamente com Bahia e Pará, mas ainda contribui com muito pouco no montante da produção cerca de 10.000 toneladas por ano. Há muito para expansão da produção porém, é necessário um projeto estruturante neste sentido. Em 2019, o setor cacaueiro encerrou o ano com a produção de 5,3 mil toneladas num total de 10 mil hectares de área plantada, o que resultou em rendimento bruto superior a R$ 42 milhões, um aumento de 28% em relação a 2018, de acordo com informações do governo do estado.
Cacau na Agrolab Amazônia
O grande evento digital votado para o Agronegócio de Rondônia e da região Amazônica, o Conecta Sebrae Agrolab Amazônia, trará grandes debates a respeito da produção do Cacau. Haverá palestras, discutindo os caminhos que possam destravar a cadeia produtiva do agronegócio em geral e que a produção agrícola e o desenvolvimento sustentável sejam a premissa do mercado. O evento ocorrerá nos dias 22 a 24 de setembro, em transmissão on line a partir de uma plataforma digital, onde o participante poderá fazer uma imersão virtual pelo evento, fazendo networking, conhecendo tendências em máquinas, produtos e equipamentos do setor nos stands virtuais e gerar negócios, tudo isso sem sair de casa, bastando uma conexão com a internet. Para saber mais, cadastre-se o site www.agrolabamazonia.com para receber os conteúdos exclusivos o evento.
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