Terça-feira, 21 de julho de 2020 - 16h25
A psicultura de Rondônia tem crescido muito nos últimos anos. E os
números são bem expressivos, alcançando um grande salto nesse primeiro semestre
de 2020. O tambaqui e a grande estrela chegando a números nunca antes
apresentados. Na pauta de exportação, por exemplo, o tambaqui atingiu o
“pódio”: da sexta posição em produção o produto para a terceira colocação,
ficando apenas atrás da tilápia e do curimatá; acompanhando assim, o aumento da
exportação do pescado brasileiro que foi de 33% nesse primeiro semestre, de
acordo com os números do Ministério da Economia.
Os números que foram comemorados pela Associação dos Pescadores do
Estados de Rondônia (Acripar) que vê com otimismo esse aumento, que até agora
somam US$ 172.934,00 (cento e setenta e dois mil novecentos de trinta e quatro
dólares), mesmo parecendo pouco, mas importantíssimo para o estado. Rondônia
detém atualmente a maior produção nacional de peixes nativos, tendo o tambaqui
como espécie de maior cultivo. São mais de 4 mil piscicultores produzindo cerca
de 90 mil toneladas do pescado por ano.
“Fundamentalmente importante para o estado quiçá para a Região Norte,
né...? Porque nós estamos falando de um produto nativo da Amazônia, produzido
no estado de Rondônia que é riquíssimo em água e também em clima; então, nós
temos três riquezas unificas num único produto, que é o Tambaqui. Com o apoio
do Sebrae, não há outra alternativa a não ser decolar”, afirma Francisco
Hidalgo, Associação dos Pescadores do Estados de Rondônia (Acripar).
Apoio que na última década tem sido fundamental para o fortalecimento da
cadeia produtiva do pescado e da produção com qualidade, aumentando, assim, a
exportação.
“Esse estreitamento da parceria Sebrae/Acripar e essa pressão em
divulgação da cadeia produtiva do Tambaqui do Estado de Rondônia, em nível
nacional e internacional, tem trazido uma nova expectativa para os nossos
produtores. Eu tenho dito, em várias oportunidades, que o Sebrae é o único
braço que o estado tem para alcançar todos nós; seja ele produtor do peixe, o
comerciante...Então esse trabalho que o Sebrae desenvolveu nessa ultima década,
levando tecnologia, informação e propagando aquilo que estava aplicando nessa
cadeia, especificamente, a cadeia do peixe... Nesse momento essa parceria que
entrou com recursos, com apoio logístico, com no-hall e com apoio técnico, fez
com que a produção do Tambaqui pudesse se estabelecer no mercado nacional”,
complemente Francisco.
Para que esses resultados estejam aparecendo o Sebrae/RO mantém ativo,
desde 2017, um projeto de investimento maciço na piscicultura que trabalha três
vertentes:
1 – Boas práticas agropecuárias da Psicultura - ou seja, o que o
piscicultor precisava aprender para melhorar sua produção; através de
palestras, cursos, oficinas;
2 – Gestão da Propriedade – uma ação através de consultoria – foram mais
de quatro mil horas de consultoria desde 2017 para cá;
3 – Investimento em ações de Mercado – É hora de mostrar o produto.
Fazer o Tambaqui conhecido no Brasil, a través de ações técnicas, ações de
marketing diretamente a fornecedores a grande marcar, mostrando o pescado em
grandes feiras, etc;
Sem essas ações técnicas a cadeia produtiva do estado não tinha ido tão
longe. Mas, não para por aí, o Sebrae continua se movimentando para fortalecer
ainda mais a produção do Tambaqui, como nós conta o analista técnico do Sebrae,
Denis Farias, responsável de que acompanhar. “É uma oportunidade ímpar falar de
quão grande é o Tambaqui, atualmente, no cenário nacional. Então, hoje o nome
Tambaqui está sendo muito falado, e graças, boa parte disso, ao investimento
que o Sebrae fez. Nós já estamos com outro projeto na agulha... que é o projeto
da indicação geográfica do Tambaqui do Vale do Jamari, que vai dar, ainda mais,
valor agregado a esse produto. Então, o tambaqui de Rondônia ainda vai
prosperar muito, e o Sebrae tem a sua contribuição juntamente com a Acripar,
que é a nossa principal parceira no estado e o governo de Rondônia, que nos
ajudou muito”, completa Farias.
“Nossos esforços são de dotar o produtor de ferramentas que permitam uma
maior competitividade no mercado e o projeto tem alcançado isso, seja na adoção
de boas práticas como dizemos, “da porteira pra dentro” (com a gestão da
propriedade rural como uma empresa), seja com audaciosas estratégias para
introduzir o produto em novos mercados, como Festival do Tambaqui em plena
Esplanada dos Ministérios e com participação do Presidente Bolsonaro, em 2019,
sempre com parcerias assertivas com entidades. E agora, com o grande evento
Agolab Amazônia, de 22 a 24 de setembro, onde colocaremos as discussões mais
relevante para a cadeia produtiva em um ambiente totalmente digital para
trazermos soluções que aumentem ainda mais a performance junto aos grandes
players do mercado”, comemora Samuel Almeida, Diretor Técnico do Sebrae em
Rondônia.
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