Reuniu-se no Sindicato da Micro e Pequena indústria (Simpi), a diretoria da Associação de Produtores Jequitibá ,para estudar a possiblidade de estender às terras dos associados, o programa de Recriação de Floresta, denominado Projeto Curupira. O projeto visa o aproveitamento de áreas degradadas com o plantio de árvores, por pequenos agricultores, para comercialização da madeira no mercado futuro. “O Curupira é um projeto que oferece condições de utilização para milhares de hectares de terra que foram desmatadas e viraram capoeiras na Amazônia que, ao mesmo tempo em que dá uma opção de renda para os pequenos agricultores , também viabiliza a produção de madeira certificada, que tem grande rentabilidade e procura, tanto no Brasil como no exterior”, disse Paulo Haddad diretor executivo da SEAGRI.
O Curupira prevê o plantio das espécies Teca e a regional Paricá, que têm rápido crescimento. O agricultor incluído no projeto recebe recursos e assistência técnica para plantar as árvores e quando da comercialização ou fechamento de contrato com investidores receberá um valor mensal por hectare plantado sendo que ao final do processo ele tem direito à comercialização de 50% das árvores plantadas. A novidade para o Curupira VI/Jequitibá, é plantio da arvore em pastos onde se cria o gado de leite e corte, que além de recuperar as áreas degradadas , melhorará os níveis de produção de leite e carne. “Prevê-se também que com a implementação do projeto , teremos um reconhecimento do mercado internacional que vê a carne produzida na Amazônia como sendo um fator de desmatamento”, disse Paulo Moreira, pesquisador da Embrapa para gado de leite. O Simpi, por meio da sua diretoria de comércio internacional, fará o trabalho de comercialização do projeto no mercado de investidores (externo e interno), que prevê a excelente rentabilidade de até 8% ao mês.
Presente a reunião o presidente da associação Valdir Baltazar , narrou que a implantação do projeto será muito boa para os associados. “O projeto Jequitibá já é uma bacia leiteira e uma fábrica em Nova Samuel aumentará a produtividade, agregando ao pequeno criador, valor à sua produção”. E complementa “o Projeto Curupira é inovador e propiciará uma harmonia da natureza com a produção leiteira, além de agregar toda a cadeia produtiva por meio da implantação do laticínio”. Já o vice presidente Silvio Ricardo Lima Silva- que propôs a reunião, nascedouro da parceria, diz que objetivo é de mostrar que o desenvolvimento produtivo agropecuário não é contrario ao Meio Ambiente. De fato é integrado, e pode ser harmonizado, tanto é verdade que o projeto inovador propiciará a criação e manutenção da pecuária que já é fato no Jequitibá, com investimentos em árvore, e ainda em sintonia com o processo Fabril ,melhorando a cadeia produtiva e propiciando um ganho maior e melhores condições aos produtores de Leite. A assessora jurídica da Associação Eva Lídia colocou que “com a alteração do Zoneamento e com o inicio do novo projeto em Vila Nova Samuel , serão resolvidos graves problemas ambientais, pois as ações com o reflorestamento, poderão ser usada nas soluções de multas e danos ambientais, que hoje são motivo de “varias noites mal dormidas” por parte dos pequenos produtores.
“Este é um jogo de ganha-ganha. Ganha Rondônia porque terá uma alternativa para a utilização de milhares de hectares de áreas ociosas. Ganha o agricultor, com o acesso a uma fonte de renda mensal e uma boa aposentadoria que hoje o governo não dá, e ganha o meio ambiente porque o pequeno produtor que tem produção e renda não precisa desmatar para sobreviver. Por outro lado, com a valorização da madeira, o empresário tem uma fonte certa de lucros. É bom salientar que os 50% da plantação concedidos ao agricultor, a cada oito anos ,representam uma aposentadoria e garantia de renda para a sua família”, considera Leonardo Sobral.
Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024 | Porto Velho (RO)