Quarta-feira, 7 de junho de 2023 - 09h08
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO)
divulgou estudo com embasamento científico atestando que as proteínas animais
contêm nutrientes essenciais para a saúde e a nutrição das pessoas de todas as
idades e que os alimentos à base de plantas não contêm tais nutrientes em
quantidade e qualidade necessários.
A FAO reforça que as proteínas animais são particularmente vitais
durante os principais estágios da vida, como gravidez e lactação, infância,
adolescência e velhice. O estudo é chamado de Contribuição dos Alimentos de
Origem Animal como Fontes de Dietas Saudáveis para Melhorar a Nutrição e a
Saúde das Pessoas.
“A cadeia da carne bovina recebe com muita satisfação essa comunicação
da FAO para o mundo e, especialmente, para os governos dos países menos
desenvolvidos. Este é o mais abrangente estudo publicado até agora sobre os
benefícios dos alimentos de origem animal, sendo baseado em dados e evidências
de mais de 500 artigos científicos e cerca de 250 documentos de políticas de
saúde pública”, informa o dr. Nabih Amin El Aouar, presidente da Associação dos
Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), entidade que propaga há vários anos os
benefícios da carne bovina para as pessoas.
“A carne vermelha é essencial para a vida, fornecendo diversos
nutrientes de altíssimo valor para a saúde e o desenvolvimento de pessoas de
todas as idades. É o caso do ferro M, indiscutível fonte de energia, que
aumenta a força muscular e é essencial para combater a anemia, entre vários
outros benefícios”, reforça o dirigente, que também é médico cardiologista.
A FAO ressalta que carne, ovos e leite fornecem uma variedade de
macronutrientes importantes, como proteínas, gorduras e carboidratos, e de
micronutrientes difíceis de obter na qualidade e quantidade necessárias em
alimentos à base de plantas. “Proteína de alta qualidade, vários ácidos graxos
essenciais, ferro, cálcio, zinco, selênio, vitamina B12, colina e compostos
bioativos (carnitina, creatina e taurina) são fornecidos por alimentos de
origem animal e têm importantes funções para a saúde e o desenvolvimento das
pessoas”, diz o estudo.
Ferro e vitamina A estão entre as deficiências de micronutrientes mais
comuns em todo o mundo, principalmente em crianças e mulheres grávidas.
Globalmente, mais de 1 em cada 2 crianças em idade pré-escolar (372 milhões) e
1,2 bilhão de mulheres em idade reprodutiva sofrem com a falta de pelo menos um
dos três micronutrientes: ferro, vitamina A ou zinco.
O estudo também enfatiza que “se consumidos como parte de uma dieta
adequada os alimentos de origem animal contribuem para atingir as metas nutricionais
endossadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS) relacionados à redução do ritmo de
crescimento, emagrecimento de crianças menores de cinco anos de idade, baixo
peso ao nascer, anemia em mulheres em idade reprodutiva, obesidade e doenças
não transmissíveis em adultos”.
Especificamente em relação à carne bovina, o estudo da FAO relata que
“consumir carne vermelha in natura até 71 gramas por dia é considerado seguro
em relação ao aparecimento de doenças crônicas”.
Com base nesses dados, o Subcomitê de Agricultura e Pecuária da FAO está
incentivando os governos a atualizar as diretrizes nutricionais considerando
que carne, os ovos e o leite podem contribuir para as necessidades específicas
de nutrientes durante o ciclo de vida dos seres humanos.
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