Quarta-feira, 6 de abril de 2022 - 13h43
Representando iniciativas desenvolvidas na Amazônia, o Centro de Estudos Rioterra passou a integrar a CBA - Circular Bioeconomy Alliance, rede internacional criada em 2020 por Sua Alteza Real, o Príncipe de Gales, Charles, para promover a transição dos atuais modelos de produção para modelos sustentáveis, que gerem inclusão e prosperidade para comunidades tradicionais e agricultores familiares ao redor do globo, com atividades que também sejam neutras em termos de emissões de gases de efeito estufa e desenvolvidas em harmonia com a natureza.
A experiência do Centro de Estudos Rioterra em ações de restauração florestal em escala e de recuperação de áreas degradadas em propriedades da agricultura familiar através do plantio de agroflorestas, modelo que possibilita ampliar a produção de alimentos e a geração de renda aliada a conservação da biodiversidade amazônica, foi o que chamou a atenção da CBA.
E a organização ambiental rondoniense já entrou para a rede internacional com um objetivo desafiador: plantar um milhão de árvores em Sistemas Agroflorestais (SAFs) em áreas degradadas de propriedades da agricultura familiar de Rondônia com foco no fortalecimento da cadeia produtiva do cacau.
“A partir de um extenso estudo de viabilidade,
identificamos o potencial do cacau como um produto da bioeconomia capaz de
promover o desenvolvimento sustentável da Amazônia integrando benefícios no
tripé: diminuição das vulnerabilidades sociais, conservação ambiental e combate
às mudanças climáticas”, comentou Alexis Bastos, coordenador de projetos do CES
Rioterra.
Como foi escolhida
O convite para integrar a CBA veio através de uma indicação da organização francesa Reforest’Action, que possui projetos em mais de 40 países e atua em parceira com o CES Rioterra desde 2019, inclusive no projeto de reflorestamento de 270 hectares de uma área ilegalmente desmatada na Reserva Extrativista Rio Preto Jacunda, realizado em 2020.
Ao participar da CBA, o CES Rioterra passa a acessar uma rede que conecta atores sociais interessados em apoiar ações de sustentabilidade no mundo formada por investidores, empresas, organizações governamentais e não governamentais e comunidades locais com o objetivo de promover a bioeconomia enquanto restaura a biodiversidade globalmente. E a rede também oferece o compartilhamento de conhecimentos entre seus integrantes através de uma plataforma de aprendizado.
“Estamos orgulhosos por sermos
a primeira organização da Amazônia brasileira a ser aceita na CBA e, além de
criar conexões de fomento às ações desenvolvidas por nós, queremos atuar também
na conexão da CBA com outras organizações para ampliarmos os impactos
socioeconômicos e ambientais positivos por todo Sudoeste da Amazônia através da
Agência Internacional de Articulação Amazônica (AICA), da qual somos
fundadores”, acrescentou Alexis Bastos.
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