Terça-feira, 23 de abril de 2024 - 16h26
Estudo inédito realizado pela Embrapa comprova a sustentabilidade da
cafeicultura das Matas de Rondônia. Por meio do uso da geotecnologia e com o
apoio de imagens de satélite, o trabalho registrou desmatamento zero em sete
dos 15 municípios da região, entre os anos de 2020 e de 2023. Em toda a região,
foram encontrados traços de retiradas de áreas florestais em menos de 1% da
área total ocupada pela cafeicultura. O trabalho também demonstra que mais da
metade dos territórios dos 15 municípios somados é coberta por florestas, o que
totaliza 2,2 milhões de hectares com vegetação nativa. Leia o trabalho na
íntegra aqui.
As plantações de café e as áreas florestais da região foram
identificadas em um Sistema de Informações Geográficas (SIG). Líder do
trabalho, o pesquisador da Embrapa Territorial (SP) Carlos Ronquim explica
que a equipe cruzou dados de fontes oficiais e utilizou imagens de satélite de
alta resolução espacial como apoio para definir em polígonos as áreas
agropecuárias e as de florestas. “Então, comparamos os cenários de 2020 e de
2023 para observar avanços dos cafezais sobre áreas de floresta. É um trabalho
inédito e muito aguardado pelos produtores locais”, conta o pesquisador. Acesse
os mapas gerados aqui.
As Matas de Rondônia são responsáveis por mais da metade da produção de
café de Rondônia. A produção regional está crescendo e buscando ampliar mercado
para o seu produto, um café especial. A região é o berço do “robusta
amazônico”, primeira variedade a receber selo de Indicação Geográfica de cafés
canéforas sustentáveis no mundo. A bebida gerada pelo grão amazônico vem
ganhando destaque em feiras e concursos nacionais e internacionais como uma das
mais exóticas e interessantes do ponto de vista sensorial.
O estudo também aponta fatores que podem ajudar a cadeia local a atender
à demanda de novos mercados, sem pressionar as áreas de floresta. A
cafeicultura da região vem aumentando a produtividade pela aplicação de
tecnologias, e pode ainda ocupar as vastas áreas de pastagens, que representam
1,9 milhão de hectares, tamanho pouco menor que metade de toda a área da
região.
“Trabalharemos para ocupar essas áreas novamente, mas de uma maneira com
mais sustentabilidade e pujança, por termos mais tecnologias. A Amazônia será
um celeiro de café para o mundo, de maneira mais sustentável, obedecendo a
todas as normas”, ressalta Travain.
Além da conservação ambiental por parte dos produtores, o estudo destaca
a contribuição das reservas indígenas, que preservam e conservam grandes
“blocos” de florestas nativas primárias num total de 1,2 milhão de hectares.
Somadas, essas áreas de vegetação nativa chegam a 56% de todo o território das
Matas de Rondônia, ou 2,2 milhões de hectares (ha).
Leia esta ANÁLISE/DIVULGAÇÃO na
íntegra na página da EMBRAPA e do Observatório do Café e
do Consórcio Pesquisa Café.
Conheça o acervo de publicações
da Embrapa Café e baixe os arquivos pelo link https://www.embrapa.br/cafe/publicacoes. Acesse
também todas ANÁLISES e
notícias da cafeicultura no Observatório do Café.
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