Terça-feira, 8 de outubro de 2024 - 16h49
Está em
operação a nova linha de microcrédito produtivo para comunidades rurais e
tradicionais nas regiões Centro-Oeste e Norte. O Ministério da Integração e do
Desenvolvimento Regional (MIDR) celebrou, nesta terça-feira (8), um acordo de
cooperação habilitando a Caixa Econômica Federal a operacionalizar
investimentos em atividades produtivas agrícolas no âmbito do Programa Nacional
de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO). O contrato tem vigência de um ano,
com possibilidade de renovação.
Estavam presentes na cerimônia de assinatura do contrato o
ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, o
secretário-executivo da pasta, Valder Ribeiro, o secretário Nacional de Fundos
e Instrumentos Financeiros, Eduardo Tavares, e a secretária Nacional de
Políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial, Adriana Melo.
Para este ano, estão previstos R$300 milhões em repasses de
recursos provenientes dos Fundos Constitucionais de Financiamento do
Centro-oeste e do Norte — sendo R$ 150 milhões do FCO e outros R$ 150 milhões
do FNO. Na ocasião, Waldez Góes destacou a importância dos fundos
constitucionais para reduzir desigualdades socioeconômicas regionais.
“É um momento histórico para a CAIXA e para o MIDR. Tanto o FCO
quanto o FNO são essenciais no processo de desenvolvimento para redução de
desigualdades inter-regionais e intra-regionais. Com iniciativas como essa do
microcrédito orientado, podemos chegar em bolsões de vulnerabilidade para
atender a população e atentar para recortes sociais que existem nos diferentes
municípios do Norte e do Centro-oeste. Não basta ter a política pública, é
preciso que ela chegue às pessoas que mais precisam”, declarou o ministro.
Com o programa, mais de 30 mil agricultores familiares e microempreendedores em
áreas que têm pouca cobertura bancária passam a ter acesso a crédito e serviços
financeiros. A iniciativa abrange os estados de Goiás, Mato Grosso e Mato
Grosso do Sul, na Região Centro-Oeste, e Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia,
Roraima e Tocantins, na Região Norte.
A abrangência das redes de agências e postos de atendimento da
CAIXA permite que o programa alcance localidades isoladas, o que é fundamental
para beneficiar atividades de extrativismo, pesca, aquicultura e agropecuária
em pequenas propriedades. Isso inclui agricultores familiares, assentados,
comunidades indígenas e quilombolas, que enfrentam dificuldades para arcar com
os custos e o tempo de deslocamento até os centros urbanos.
“Essa parceria com o MIDR é uma oportunidade da CAIXA expandir
suas atividades em apoio ao microempreendedor brasileiro. A CAIXA já tem uma
tradição de realizar investimentos na agricultura familiar, por meio do Minha
Casa, Minha Vida - Rural, por exemplo. Com a extensão territorial que a CAIXA
abrange, a distribuição do microcrédito é uma função que nos possibilita ser
também um agente de desenvolvimento no Norte e no Centro-Oeste do país”,
afirmou o presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Antônio Vieira
Fernandes.
Para acessar o microcrédito, a família precisa estar inscrita no
Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF), instrumento utilizado pelo
Governo Federal para identificar o público beneficiário da linha de Microcrédito
Produtivo Rural do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar
(PMNPO-Pronaf B).
Conforme a metodologia do PNMPO, a CAIXA lançou um edital para
credenciar empresas especializadas em apoiar e oferecer orientação para os
tomadores beneficiados pelo microcrédito rural. As empresas vão tirar dúvidas,
acompanhar os resultados do investimento na atividade produtiva e auxiliar as
famílias no planejamento financeiro. Para atendimento de populações ribeirinhas
da Amazônia, a instituição disponibilizará duas agências-barco.
Condições
As condições de acesso às linhas de crédito rural do Pronaf foram
definidas no Plano Safra 2024/2025, via resolução do Conselho Monetário
Nacional (CMN), em julho.
O Pronaf é supervisionado pelo Ministério do Desenvolvimento
Agrário (MDA) e visa promover o desenvolvimento sustentável do meio rural, por
intermédio de ações destinadas a implementar o aumento da capacidade produtiva,
a geração de empregos e a elevação da renda, visando a melhoria da qualidade de
vida e o exercício da cidadania dos agricultores familiares.
O Pronaf B oferece recursos com finalidade de investimento e
custeio para famílias com renda bruta anual de R$ 50 mil. Entre as condições
especiais oferecidas, há prazo de reembolso de até três anos e “taxas
diferenciadas do mercado”, explicou o secretário Nacional de Fundos e
Instrumentos Financeiros do MIDR, Eduardo Tavares. “Temos juros de 0,5% ao ano
e bônus de adimplência. Isso significa que o agricultor que acessar o crédito e
pagar em dia poderá obter descontos de 25% a 40% e renovar o crédito no ano
seguinte”, destacou.
Um dos diferenciais do novo programa de microcrédito rural é
estabelecer limites de crédito maiores para mulheres, conforme citou a diretora
do Departamento de Políticas e Normas dos Fundos e Instrumentos Financeiros da
SNFI, Erica da Silva.
“Muitas vezes, mulheres são chefes de família, e isso não é
diferente na agricultura familiar. O objetivo fundamental dessa parceria com a
CAIXA é justamente alcançar mais mulheres para que possamos equalizar o nível
de crédito dado a esse público”, afirmou.
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