Terça-feira, 3 de agosto de 2021 - 14h22
Rondônia deve produzir 4,4 mil toneladas de
feijão na safra 2020/2021, em uma área de 3,9 mil hectares. O volume da
produção mantém uma estabilidade, apesar do mau tempo, com questões de ordem
meteorológica fora do convencional, e a própria pandemia do coronavírus
(covid-19/Sars-CoV-2), a exemplo do que
ocorreu com o milho. A estimativa é do Governo do
Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), que baseia-se
nos dados aportados ao Agrodados, setor de validação das referências da pasta
estadual envolvendo todas as espécies de lavouras.
Conforme os dados, a área plantada de feijão
no Estado na safra 2020/2021 não deve apresentar alteração em relação à de
2019/2020, mantendo os mesmos 3,9 mil hectares, com estabilidade tanto da
produção quanto da produtividade.
No entanto, ainda que tenha apresentado o
mesmo desempenho nesta safra em relação à anterior, o cultivo do feijão vem
diminuindo ao longo dos anos e a tendência é que se torne basicamente uma
cultura de subsistência para os produtores que ainda o cultivam.
Almiro Caldeira dos Santos, por exemplo, é um
desses agricultores. Trabalha, há 36 anos, em Alto Alegre dos Parecis com
diversos tipos de itens relacionados à lavoura, como os feijões preto e
carioquinha.
Do seu plantio, colhe 105 sacas com 60 quilos
cada; em um alqueire e meio de terra, sua margem total na colheita da
leguminosa chega a seis toneladas. “Aqui vendemos para os cerealistas, que são
considerados intermediadores com o comércio, indústrias, feiras livres, entre
outros. Mas também temos contato direto com consumidores”, destaca o pequeno
produtor, que, em sua visão, a produção contribui sobremaneira “com a renda
familiar”, mas, o grão também ajuda na alimentação, com o autoconsumo.
O produtor relata que sua produção é
diversificada, mas o feijão é a fonte de renda exclusiva de muitos moradores da
região. “E o plantio é feito com a plantadeira manual no período de 20 de
fevereiro a 15 de março. O Estado de Rondônia auxilia a nossa produção por meio
das compras feitas via Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Banco do
Povo”, esclarece.
Sobre o PAA, o agricultor pontua que a Seagri
intermediou a compra do feijão recentemente a fim de possibilitar a
distribuição a famílias em Porto Velho.
VALOR NUTRICIONAL
Segundo informações científicas da Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) indicam não haver grandes
diferenças nos valores nutricionais relacionados ao consumo, uma vez que a
quantidade de nutrientes é parecida.
Estudos registrados no órgão mostram que
tanto o feijão preto quanto o carioca são alimentos saudáveis e nutritivos. São
ricos em carboidratos e fibras, muito importantes tanto no fornecimento de
energia quanto no bom funcionamento do trânsito intestinal, e fontes
importantes também de proteínas. Além disso, os dois tipos contêm minerais como
ferro, zinco, cálcio, fósforo, potássio, cobre e manganês.
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