Sexta-feira, 30 de julho de 2021 - 07h30
Nesta
sexta-feira (30), o Sebrae participa da apresentação oficial da Associação
Brasileira de Indicações Geográficas (ABRIG). O evento, que acontece de forma
virtual, representa um marco para o fortalecimento das IGs, que ainda são
desconhecidas por grande parte dos brasileiros, mas são a cara do Brasil, com
produtos e serviços com tradição e qualidade baseada na origem.
De
acordo com a analista de inovação do Sebrae, Hulda Giesbrecht, a criação da
ABRIG é reflexo do crescimento e desenvolvimento das Indicações Geográficas no
país. “Cada vez mais os pequenos produtores dessas regiões protegidas passam a
a estampar o selo da IG nos seus produtos. Todo esse movimento está convergindo
para a criação de uma associação nacional que possa representar os interesses
das IGs junto ao mercado e ao poder público”, destacou.
O
representante dos produtores de vinhos e espumantes da IG do Vale dos Vinhedos,
no Rio Grande do Sul, reconhecida como a primeira Indicação de Procedência do
Brasil, será o diretor-presidente da ABRIG. Segundo ele, a associação
nasce para apoiar e unir as entidades representativas das Indicações
Geográficas, principalmente para buscar apoio oficial com o objetivo de
promover e divulgar o valor das IGs, que envolve a preservação de aspectos da
cultura e tradição locais.
Ele
conta que uma das primeiras ações da associação será atuar para impedir o uso
indevido dos nomes geográficos protegidos. “Alguns dos produtos vinculados às
IGs são muito assediados por usurpadores e precisamos atuar de imediato para
fazer frente a esse problema. Produtos como o queijo, o café e o vinho, por
exemplo, têm sido alvos desse tipo de usurpação até mesmo por empresas de maior
porte”, comentou.
Atualmente
o Brasil possui 86 Indicações Geográficas registradas no Instituto Nacional da
Propriedade Industrial (INPI), sendo que 67 delas são da espécie Indicação de
Procedência e 19 são da espécie Denominação de Origem. Entre elas, as panelas
de barro de Goiabeiras, no Espírito Santo; o café da Região do Cerrado Mineiro;
o queijo da Canastra, em Minas Gerais; a renda de Divina Pastora em Sergipe, os
calçados de Franca, em São Paulo.
Desde
2003, o Sebrae atua no apoio à estruturação de Indicações Geográficas. Somente
no ano passado, o Sebrae fez o diagnóstico de 120 territórios com potencial de
reconhecimento e identificou que 80 deles têm potencial para obter o registro
concedido pelo INPI nos próximos anos. Neste mês, Mamirauá, no Amazonas, região
produtora do pirarucu manejado, conquistou, com o apoio do Sebrae, o título de
Indicação Geográfica da espécie Denominação de Origem. A região produtora
inclui comunidades ribeirinhas de nove municípios da região.
Na
opinião do diretor-presidente da ABRIG, o Sebrae tem sido um importante
parceiro na promoção e defesa das Indicações Geográficas. “É indiscutível o
papel desempenhado pelo Sebrae para o reconhecimento das IGs. Queremos
complementar esse trabalho maravilhoso dando o estímulo e apoio necessários
para que os próprios produtores deem continuidade ao desenvolvimento das suas
IGs", declarou.
IG Cafés Matas de Rondônia
A
Caferon (Cafeicultores Associados da Região Matas de Rondônia), com apoio do
Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Rondônia (Sebrae), conseguiu
um grande feito recentemente: o registro do Instituto Nacional de Propriedade
Intelectual (INPI), conferindo o Selo de Indicação Geográfica com base na
denominação de origem (D.O). A conquista faz parte da estratégia de conquista
de mercado idealizado pelo projeto do Sebrae em Rondônia, em parceria com
diversas entidades.
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