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Carlos Sperança

A cartada + A maior briga entre petistas e bolsonaristas + Novos nomes ao governo


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A cartada

Uma certeza e uma dúvida cercam a Carta de Quito, documento de grande repercussão externa que organizações indígenas entregaram ao Tribunal Constitucional do Equador com milhares de assinaturas coletadas mundo afora, pretendendo o direito a consulta prévia sobre projetos extrativistas em seus territórios na Amazônia, sobretudo em mineração e petróleo.

A certeza é que a carta já é um sucesso, não só pela repercussão recebida, mas pela tendência crescente de apoio entusiástico a toda ação direta ou indiretamente ligada ao esforço para impedir a degradação do clima. O governo equatoriano tem pressa em estimular e agilizar projetos de extrativismo em nome do desenvolvimento, prática tida por neoliberal e cega aos efeitos que a insustentabilidade poderá causar se as políticas ambientais e os cuidados climáticos forem relaxados.

A dúvida consiste em se o apelo será acatado. No modelo liberal clássico, o parlamento cria as leis, o governo as cumpre e a justiça zela pela constitucionalidade das primeiras e eficiência do segundo no cumprimento das normas estabelecidas pelos representantes da população. A baderna institucional tem levado os governos a legislar e julgar, o Congresso a governar e driblar a Justiça e está a obrigar ações de governo e impor regras. Já o povo, em nome do qual tudo é feito, continua só um mero detalhe, para apoiar medidas ou sofrer suas consequências.

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Roubo de motos

Aumentou exponencialmente o roubo de motos em Porto Velho nos últimos meses. As queixas se multiplicam da região central a Zona Leste, nas bandas da Av. Amador dos Reis, ao tradicional Areal e do centro histórico da capital ao comercio da Jatuarana, na Zona Sul. Um dos maiores locais da ladroagem está na região situada vizinha ao maior Shopping de Porto Velho, na avenida Rio Madeira com a Calama. É nas cercanias deste centro de compras que se verifica atualmente os maiores recordes de roubos dos veículos, que se tornaram uma constante, ao lado do furto de cabos elétricos nas residências e logradouros públicos. Olho vivo.

Colégios eleitorais

Os candidatos de ponteira ao governo de Rondônia estão priorizando neste início do ano os principais colégios eleitorais do estado, que são pela ordem, Porto Velho, que concentra um terço dos eleitores do estado, Ji-Paraná, o segundo maior colégio eleitoral, Ariquemes, o terceiro, Vilhena na quarta posição e Cacoal na quinta. Ocorre que nestas cidades está concentrada mais da metade do eleitorado rondoniense. O ex-governador Confúcio Moura, atualmente no Senado, desponta bem nas regiões da Bacia Leiteira e no Vale do Jamari, onde tem seus melhores índices de aceitação.

Os concorrentes

É certo que com o apoio de um exército de 30 prefeitos, o governador Marcos Rocha (União Brasil) polarize o pleito e tenha a melhor média estadual. Já o concorrente Marcos Rogério (PL), detém sua maior força em Ji-Paraná e na região central e no meio evangélico bolsonarista. Na capital rondoniense, o maior colégio eleitoral, larga bem na frente o deputado federal Leo Moraes (Podemos) apadrinhado pelo ex-governador Ivo Cassol por enquanto fora da disputa em virtude do seu impedimento na justiça que o tornou inelegível na eleição 2022.

Maior briga

A maior briga entre petistas e bolsonaristas em Rondônia será em Ji-Paraná, segundo maior colégio eleitoral do estado. Ocorre que na capital da BR, existem dois candidatos a governador. Um do PT, Anselmo de Jesus e outro, o senador Marcos Rogério ligado ao atual presidente. Lá será um grande clássico local. Em campanhas passadas o PT nunca conseguiu emplacar vitórias naquele colégio eleitoral, embora já tenha eleito um deputado federal. O racha do eleitorado da região prejudica os dois candidatos, mesmo porque quem não ganhar bem no seu reduto se torna presa mais fácil para os concorrentes fora de casa.

Novos nomes

Sem o grande favorito da temporada, Ivo Cassol, ainda fora da peleja, outros nomes estão surgindo para o pleito de outubro ao CPA. Um deles é o megaempresário do agronegócio Jayme Bagatolli (PL), que embora no segmento bolsonarista faz oposição ao coronel Marcos Rocha e estaria disposto até a ingressar numa outra legenda para enfrentar as urnas como postulante ao governo. Seria o grande favorito nas regiões da Zona da Mara e Cone Sul rondoniense. Outra postulação em estudos para o CPA seria do ex-governador Daniel Pereira (Solidariedade) com livre transito em várias legendas e que diante da desistência de Hildon Chaves ganhou força também na capital.

Via Direta

*** Na semana passada tivemos o último adeus de mais um deputado estadual das primeiras legislaturas em Rondônia, caso de Reginaldo Monteiro que também foi prefeito de Pimenta Bueno *** A comunidade pimentense já tinha perdido  na década passada Vicente Homem Sobrinho, pioneiro do Cone Sul rondoniense que foi também prefeito e deputado estadual nos anos 80 *** Também a região de Ariquemes perdeu um pioneiro, ex-deputado estadual, prefeito e  deputado federal: Francisco Sales que foi constituinte em 88 *** E finalmente o PT rondoniense se abriu para alianças em Rondônia captando outros partidos para se alinharem ao projeto da eleição do ex-presidente Lula *** O favoritismo do ex-presidente ajuda nas composições e muitas filiações importantes são aguardadas para a abertura da janela da infidelidade partidária a partir de março. 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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