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Carlos Sperança

A concorrência é grande no mercado de drogas em Porto Velho


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Espião do bem

Basicamente, os algoritmos são pequenos estatutos que regulam tarefas nos computadores. Permitimos que eles também regulem nossa vida ao baixar apps e navegar na internet. Espionam nossos hábitos e sugerem compras e serviços. Na política, chegam até a “adivinhar” em quem a pessoa tende a votar ou rejeitar pelo que posta nas redes. São como anjos invisíveis sempre alertas.

Em boas mãos, são de grande auxílio e economia de tempo e energia. Tendem a ser usados na medicina, por exemplo, para orientar e corrigir problemas de saúde. Na ciência, favorecem o avanço de pesquisas complexas. Há pouco, um algoritmo entrou em cena para contribuir com a preservação da Amazônia.

Desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Campinas (Unicamp), o algoritmo tem a função de projetar o futuro da floresta, apresentando cenários com transformações provocadas pelas mudanças climáticas. Nesse caso, é um “espião do bem”. Para os criminosos ambientais, ao contrário, é um inimigo perigoso, imune a tiros e aos venenos do mercúrio.

Exclusivamente brasileiro, o algoritmo recebeu de seus criadores o carinhoso apelido de Caetê, que para os nativos significa “mata virgem” em tupi-guarani e para o mundo quer dizer CArbon and Ecosystem functional-Trait Evaluation model. Ou seja, é um modelo para avaliação de características funcionais de carbono e de ecossistema. Que seja bem-vindo, útil e funcional.

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A concorrência

A concorrência é tão grande no mercado de drogas em Porto Velho que muitos traficantes já pensam em mudar de atividade, buscar um ramo mais lucrativo. Na Zona Leste conhecidos distribuidores de cocaína, crack e anfetaminas pensam entrar na política, alegam que é mais fácil ganhar dinheiro com a atividade e podem contar com a impunidade, pois dicilmente serão punidos por seus desvios de conduta, terão nomeações de parentes, distribuição de cota de cargos entre outras benesses cujo volume aumenta de acordo cm a esfera do eleito: vereador, estadual, federal, etc. 

Pode piorar

O grande problema com esta inundação de traficantes na política é que o que é ruim pode piorar mais ainda. Já é sobejamente conhecido que o tráfico de drogas entrou na política rondoniense a muito tempo e que os carteis apoiam financeira emite candidatos em troca de acordos vantajosos e a distribuição de cotas de caros comissionados. Não é à toa que algumas legislaturas em Rondônia, tanto na esfera federal (lembram da bancada federal do pó?) Como na Assembleia Legislativa (a bancada das propinas) ganharam manchetes nacionais em décadas passadas.

Um fenômeno

De tempos em tempos Rondônia produz fenômenos eleitorais surgidos do nada. Falo do governador Marcos Rocha que na sua primeira eleição passou ao segundo turno arranhando e depois disparou no segundo derrotando o favorito Expedito Junior. Na recente campanha ao governo, disputando a reeleição, Rocha apanhou tanto nos debates do senador Marcos Rogério, que era de dar dó. Rogério pintava como virtual vencedor do segundo turno, mas graças a articulação e a competência do seu marketing de Rocha, mesmo carregando nas costas o vice Sergio Gonçalves impopuladérrimo, ele obteve uma virada espetacular. Agora é considerado cadeira certa ao Senado em 2026.

Nossa economia

Estabelecimentos tradicionais fechando as portas é um dos sinais de que a economia de Porto Velho segue fraquejando. A Panificadora Nordeste se despediu, depois de 25 anos de atividades, como também já tinha se despedido anteriormente o Pão de Queijo Goiano, hotéis em vários pontos da capital e temos restaurantes fechando o bico ou não mais atendendo noite – caso do conhecido Pereas   do qual sou cliente há mais de três décadas – e lojas de eletrodomésticos reduzindo suas filiais. A Ideal fechou a sua loja na Av. Setembro, a Gazin sua unidade da Marechal Deodoro e assim por diante.

Transporte aéreo

Durante a realização de sessão do Parlamento Amazônico, reunindo deputados de todos estados da região, na Assembleia Legislativa do Acre, o governador Gladson Camelli cobrou soluções para o barateamento das passagens aéreas na região. Ano após ano a promessa do governo federal é de tratar do problema, Acre, Rondônia e Amazonas tem penado também com a redução de voos e preços de tarifas chegando a R$ 6 mil reais, entravando a trajetória de crescimento da região Norte. Cameli quer unir as bancadas federais do Norte para cobrar do presidente Lula e do Ministério dos Transportes tarifas mais acessíveis e diferenciadas para a região.

Via Direta

***Nas noites e madrugadas alguns garimpeiros se arriscam com suas balsas no Rio Madeira em Porto Velho na busca de ouro, driblando a severa fiscalização dos órgãos ambientais *** Pagar os boletos é preciso e tem muitas famílias de faiscadores do precioso metal em dificuldades, ao contrário dos bons tempos na década de 80 *** O senador Confúcio Moura (MDB-RO) cobrou a retomada das obras de creches paralisadas nos últimos anos. Só em Rondônia existem umas vinte relegadas sofrendo com as intempéries *** Em Porto Velho pelo menos meia dúzia de creches precisam ser concluídas para atender as demandas de vagas cobradas pelas mulheres trabalhadoras para suas crianças.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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