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Carlos Sperança

A consequência virá + Uma enxurrada de candidatos! + Uma incógnita + A preocupação com Moro


A consequência virá + Uma enxurrada de candidatos! + Uma incógnita + A preocupação com Moro - Gente de Opinião

A consequência virá

As tragédias que o mundo vive não são causadas por maléficos ETs que pretendem eliminar a humanidade e tomar o planeta para si. São, ao mesmo tempo, frutos de ações (e também omissões) humanas combinadas com respostas naturais. A globalização, por exemplo, foi um fenômeno causado pelo avanço da navegação, desde o século XIV, completando-se com o fim da Guerra Fria. Parte destacada do avanço da civilização, apoiada pelo desenvolvimento científico e tecnológico, ela facilitou o comércio, mas também a transmissão de doenças e está na base da atual pandemia.

Nem o drama do clima nem as doenças afetarem sobretudo os mais pobres das nações pobres e os pobres das nações ricas fogem às responsabilidades humanas, dos governos e instâncias internacionais de vigilância e controle. Uma síntese dos desafios da humanidade, hoje, é a constatação de que o desequilíbrio, na sociedade e na natureza, provoca duras consequências.

Qualquer retrospectiva honesta de 2021 registra que nesse ano sobraram evidências do aquecimento global. O negacionismo foi desmoralizado pela realidade dos extremos climáticos. Não é consequência desprezível que no ano passado o Brasil sofreu a maior enchente e também a maior seca da história. Negar fatos já não é mais só negacionismo: é insanidade. Que 2022 tenha mais cuidados e melhores consequências.

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Uma enxurrada!

Uma verdadeira avalanche de secretários estaduais e municipais começam a se desincompatibilizar dos cargos a partir de março para disputar cargos eletivos – principalmente a Assembleia Legislativa e a Câmara dos Deputados - nas eleições de outubro. Na prefeitura de Porto Velho o coronel Ronaldo Flores, o professor Vinicius Miguel, o ex-deputado federal Luís Claudio são alguns nomes se despedindo do prefeito Hildon Chaves. Na esfera estadual, Evandro Padovani, Junior Gonçalves, Fernando Máximo, e Cristiane Lopes devem enfrentar as urnas.

Uma incógnita

Com algo em torno de 40 por cento de indecisos nas enquetes espontâneas, as eleições presidenciais estão se tornando uma grande incógnita. Com o ex-presidente Lula (PT) se firmando na liderança e o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) caindo pelas tabelas depois de seguidos equívocos, as esperanças dos candidatos que disputam um lugar ao sol, a terceira via, estão aumentando. Neste momento lutam para firmar como terceira via o juiz Sérgio Moro (Podemos) e o ex-governador do Ceará Ciro Gomes, (PDT) que tem como um dos seus trunfos o marqueteiro João Santana, o mágico do marketing, que elegeu Lula e Dilma.

A preocupação

Lula e Bolsonaro acompanham com atenção a escalada de Sérgio Moro e já demonstram preocupação com as incursões do candidato do Podemos Brasil afora. Não é à toa que em cada aeroporto que Moro desembarca tem petistas e bolsonaristas escalados para gerar vaias visando abastecer as redes sociais. Como em política não se chuta cachorro morto e tampouco se acende velas para defunto ruim, se vê o juiz da lava jato crescendo. Vejam que bolsonaristas e petistas não estão nem aí com Ciro Gomes (PDT) e João Dória (PSDB), senão a mesma prática de vaias das militâncias antagonistas nos aeroportos já estaria ocorrendo.

Uma tendência

Por enquanto temos uma tendência definida. Ciro Gomes (PDT) rouba votos de Lula, que são mais a esquerda. Sergio Moro, a direita, tem entrado na seara do presidente Bolsonaro. Nestas pelejas secundarias, Moro tem levado vantagem, porque surfa em três vertentes: nos bolsonaristas arrependidos, perante os militares e no sentimento antipetista que ainda é enorme pelo país afora. O desafio de Ciro Gomes é maior no enfrentamento com Lula. A cada erro de avaliação econômica, política e social de Bolsonaro, Moro cresce mais um pontinho. É o grande predador do bolsonarismo.

Em Rondônia

Já se tratando das eleições em Rondônia, existe inegavelmente um nome chamando atenção e em condições de levar o CPA Rio Madeira. Trata-se do ex-governador Ivo Cassol (PP), que não depende das bênçãos de Bolsonaro para ser candidato, como é o caso dos candidatos Marcos Rocha (União Brasil) e Marcos Rogério (PL). Cassol é o sol. É pé frio apoiando aliados, mas nos embates diretos tem levado todas desde que se elegeu prefeito de Rolim de Moura. Como também existe uma enorme margem de indecisos, pessoalmente, não acredito na sua vitória em primeiro turno. Ainda mais se o ex-governador Confúcio (MDB) confirmar sua candidatura. É osso.

Via Direta

*** Mesmo com todos os esforços da atual administração de Porto Velho, vários bairros seguem enfrentando o problema de alagações no período das chuvas. Ainda vai longe as soluções e muita drenagem para a coisa melhorar *** Até agora está descartada uma cheia na capital, mesmo com tanta chuvarada nos principais afluentes do Rio Madeira em Rondônia e em território boliviano *** Por falar em Madeirão  muitos balseiros e dragueiros seguem faiscando ouro e contaminando as águas do rio com mercúrio *** Com o agravamento da covid e da influenza muitas exposições agropecuária marcadas para o meio do ano poderão ser revistas pelas autoridades *** As folias de Momo já estão descartadas nos principais regionais do estado.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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