Sexta-feira, 9 de junho de 2023 - 08h30
A
certa altura de ontem, os trending topics (assuntos mais focados) no Twitter
eram meio ambiente (Amazônia no topo) e tênis. A guerra na Ucrânia já não
aparece mais como possível causa de um terceiro conflito mundial. Os melhores
do esporte atraem mais atenções e expectativas que gente morrendo em uma guerra
inútil, com a clara intenção de aumentar dotações orçamentárias militares em
benefício da indústria bélica.
Prevista
para agosto, em Belém, a Cúpula da Amazônia precisa ser preparada como a
estratégia do jogo de xadrez: corrigir vulnerabilidades e pensar nos lances
futuros. Contando com os chefes dos oito países amazônicos (Brasil, Bolívia,
Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela), a Cúpula será pautada expondo
visões gerais dos pontos mais preocupantes, dentre eles o terrorismo e crimes
ambientais. É humano e natural que o medo venha antes: quando existe alerta de
furacão para a região a ser visitada, o turista em férias esquece as maravilhas
que programava visitar e muda o destino para uma região mais segura.
As
deficiências ambientais de Belém e da região em geral já estão sob análise e em
cada dez notícias sobre o evento, nove apresentam problemas. Uma única notícia
positiva, porém, poderia ser a resposta para as nove negativas: as
fertilíssimas terras pretas amazônicas, por exemplo, tendem a constituir um
ótimo impulso para novos projetos de reflorestamento.
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Novo Maurão?
Estão
atirando gravetos de todos os lados e o jovem deputado estadual Marcelo Cruz
(Patriota), presidente da Assembleia Legislativa, está pegando corda para entrar
no MDB e disputar a prefeitura de Porto Velho no pleito do ano que vem. Lembra
Maurão, ex-presidente daquela casa de leis, atraído e vítima de um MDB rachado
em várias correntes prejudicado pela briga entre o agrupamento do ex-governador
Waldir Raupp com o agora senador Confúcio Moura que acabou sepultando as
chances da legenda em eleger o candidato a governador do partido e ainda por
cima perdeu um senador naquela peleja.
Gaviões ferozes
Também
é preciso destacar a coragem de Marcelo Cruz, sem medo de cara feia e querendo
ser feliz encarando uma possível disputa com a ex-deputada federal Mariana
Carvalho (Progressistas) e o deputado federal Fernando Máximo (União Brasil),
os mais cotados na atual bolsa de apostas para ingressar num previsível segundo
turno no pleito 2024. Cruz deve ter
algumas cartas na manga para projetar uma candidatura da magnitude que é a
peleja pelo Prédio do Relógio, como alguns apoios ainda não revelados, pois
politicamente esta querendo enfrentar a
bicadas, dois gaviões ferozes.
A nova cara
Desconfiados
com o resultado do julgamento do TSE no próximo dia 22 que pode tornar o ex-presidente
Jair Bolsonaro inelegível, o conservadorismo se volta para a figura do atual
governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Progressistas), um nome bem mais
palatável, para disputar a presidência da República em 2026 com o agora
desgastado Lula. A intensão dos partidos bolsonaristas é projetar Michele Bolsonaro
de vice e por isto ela já está peregrinando pelo País (inclusive com viagens
programadas para Rondônia). Tarcísio vai se firmando como a nova cara da
direita e o seu marketing mostra ele com bom senso e a cabeça no lugar.
De joelhos
O
governo Lula é mais uma gestão presidencial de joelhos para os partidos conservadores,
que tem mandado no País desde a redemocratização. Com os presidentes da Câmara
dos Deputados Arthur Lira e do Senado, Rodrigo Pacheco dando as cartas, Lula tem
sido submetido as pautas e aos acordos do Centrão, como também foi o ex-presidente
Jair Bolsonaro. Vai daí, que se o eleitor quiser mudar o País, terá que começar
pelo Congresso Nacional a cada legislatura com mais poder. Os sucessivos presidentes
só têm feito figuração, pois só viajam e passeiam por aí. São presidentes para inglês
– e brasileiros – ver.
A popularidade
Mesmo
com a saúde caótica e com um verdadeiro colapso na segurança pública, e índices
terceiro-mundistas de abastecimento de água e esgoto, tanto o governador Marcos
Rocha (União Brasil) como o prefeito Hildon Chaves (União Brasil) desfrutam de
inegável popularidade na capital. Pagamento em dia dos servidores e dos fornecedores
é a poção mágica na capital, inebriando a população. A grande verdade é que em
Porto Velho existe aquela memória dos anos dos atrasos salariais que provocou
uma monumental crise no estado, um verdadeiro buraco negro, que exigiram
medidas dolorosas como as determinadas pelo governo federal que redundaram em
demissões em massa das servidões estaduais.
Via Direta
*** Da lavra do deputado Alex Redano, a Assembleia
Legislativa fará audiência pública na quarta-feira dia 14, tratando os embargos
ambientais em Rondônia *** Os prefeitos rondonienses estão chiando que o repasse
de recursos pelo governo federal para o pagamento do piso da enfermagem tem
sido insuficiente. Com isto as municipalidades
estão pagando o pato *** Mais uma vez Guajará
Mirim fica no prejuízo com a saúde, agora com a suspensão da licitação para o
Hospital Regional da Fronteira *** E ainda tem gente que acredita que está
garantida aquela anunciada ponte binacional sobre o Rio Mamoré. Mais fácil
galinha criar dentes*** Obras em
Rondônia tem sido abandonadas pelo meio, algumas prometidas e nem iniciadas.
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