Quarta-feira, 16 de outubro de 2024 - 07h36
A
polarização entre amantes e odiantes de ídolos políticos dificulta a união necessária
para superar o atraso do país. Quem tem responsabilidade precisa evitar armadilhas
e procurar caminhos conciliatórios para não prejudicar as ações urgentes para a
afirmação do Brasil, que requer investimentos, a resolução dos gargalos infraestruturais
e destravar o que está emperrado pelas agressivas trocas de insultos e acusações
entre fanáticos.
Há
pouco, o secretário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental
Territorial do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, André Lima,
disse que há conotação política em parte dos incêndios florestais que ocorreram
recentemente na Amazônia.
“Conotação”
é uma palavra cheia de relativismo, cabendo mais ao campo da suposição que da
certeza. Autoridades deveriam ignorar nuanças, meios termos e achismos e se
concentrar no objetivo, factual e provável. A não ser que se demonstre
cabalmente que os incêndios são criminosos com adicional intenção política
terrorista, o uso de insinuações não ajuda o esforço de unidade contra o crime
e a destruição ambiental.
O
que menos se deseja nas atuais condições de infiltração do crime organizado no
tecido social, político e administrativo do país é uma polarização entre
amantes e inimigos do fogo. Melhor unir todos contra o crime e ignorar as
suposições divisionistas.
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Jogo de estratégia
A
equipe de campanha da postulante Mariana Carvalho (União) que disputa o segundo
turno a prefeitura de Porto Velho - ainda com favoritismo - tem um novo jogo de
estratégia para sustar o crescimento do adversário oposicionista Leo Moraes (Podemos).
Constatando que Leo estava nadando de braçadas, temos agora um marketing mais
agressivo nos programas eleitorais. Reforçando as paliçadas da campanha,
Mariana foi bem treinada para enfrentar Leo nos debates. Isto já ficou bem
claro nas sabatinas, Maria evoluiu bem no gogó, está uma verdadeira bico doce
para convencer o eleitorado.
Baita mobilização
Com
mais eficiência no horário gratuito, explorando melhor as qualidades de Mariana,
os chapas brancas desenvolveram uma grande mobilização pela cidade. Centenas e
centenas de formiguinhas agitam as bandeirinhas da candidata situacionista nos
principais cruzamentos de Porto Velho, as lideranças aliadas entraram em campo para
valer e Mari melhorou sensivelmente sua performance nas sabatinas e aparentemente
conseguiu sustar a onda oposicionista em desenvolvimento que já estava transformando
Leo Moraes num adversário temível neste segundo turno.
Na reta final
Eu
me pergunto até que ponto os chapas brancas conseguiram barrar o efeito manada
em favor de Leo? Em campanhas anteriores quando este movimento de massas
ocorreu, lembro os casos de Roberto Sobrinho e de Hildon Chaves, os
concorrentes foram atropelados. Do lado da oposição, se constata um grande
esforço também no segmento evangélico, para Leo Moraes virar o jogo, com apoio
do deputado federal Fernando Máximo, Do lado de Mariana um maior envolvimento
na campanha do governador Marcos Rocha conclamando seus secretários a entrar na
jogada. Os comissionados governistas – são centenas deles –já estão nas
paradas. Reta final emocionante, a diferença dos candidatos se aproximando,
quase na margem de erro.
Nos debates
Sejamos
francos, o candidato oposicionista Leo Moraes (Podemos) é favorito para os
debates com Mariana, mas isto poderá ser revertido no confronto se Mari melhorar
sua performance. Leo é suscetível as provocações, principalmente quando a coisa
se relaciona a sua família, que ele defende como um leão. Sabe-se que ele será
provocado e se cair nesta se exaltando e perdendo a linha, estará frito na sequência
da campanha. Aposta-se em cutucar a onça com a vara curta para ela mostrar sua ferocidade
para a plateia. Mari está bem treinada pelos marqueteiros para domesticar a
fera oposicionista e garantir o seu tacará dia 27.
Pau vai quebrar
Não
passará um dia ou dois da eleição a prefeitura de Porto Velho, no segundo turno
para a aliança chapa branca quebrar o pau. Não haverá mais a necessidade de
fingir que os grupos políticos de Hildon/Mariana são amiguinhos da composição Marcos
Rocha/Sergio Gonçalves. Ocorre que Hildão e Sergio Gonçalves são candidatos ao
governo estadual em 2026. Não há interesse do vice-governador, que vai assumir
o cargo de Rocha, numa vitória de Mariana e assim sendo favorecer seu
concorrente direto. Por isto, esses agrupamentos não vão mais pular cirandinha.
As projeções
Com
Leo Moraes derrotando Mariana Carvalho, ele virá para a campanha 2026 apoiando
o vice-governador Sergio Gonçalves ao governo estadual e Marcos Rocha ao
Senado. Outra possibilidade é apoiar o campeão de votos a Câmara dos Deputados
Fernando Máximo ao Senado. Gonçalves vai concluir o mandato de Rocha e com isto
terá o pix na mão. Sabendo disto, muitos estaduais e federais já estão se
alinhando. Trata-se de um grupo bem articulado e com interesse atualmente em varrer
do mapa o clã Carvalho. Mariana agora,
Mauricio Carvalho em 2026.
Votos nos distritos
A disputa
pelos votos nos 13 distritos de Porto Velho neste segundo turno promete também
ficar acirrada. De todos, a localidade mais populosa é da de União Bandeirantes,
com economia forte, impulsionada pelo agronegócio e que está entrando na luta
pela emancipação. União Bandeirantes, embora distrito, tem a população superior
a pelo menos 10 municípios rondonienses e contou com um elevado índice de crescimento
populacional nos últimos anos. Extrema, na Ponta do Abunã é outro distrito
populoso e que já teve seu projeto de autonomia referendado pelo IBGE.
Via Direta
***Em Manaus o candidato a prefeito do
PL Capitão Alberto Neto conta com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro neste
disputado segundo turno com o prefeito Davi Almeida *** Em Rondônia, o
apoio bolsonarista virou a eleição em Ji-Paraná a favor do deputado estadual Afonso
Cândido na peleja com o prefeito Esaú Fonseca *** A esquerda rondoniense junta os cacos para 2026, quando almeja eleger
deputados estaduais e federais. Atualmente só conta na Assembleia Legislativa
com a deputada Claudia de Jesus *** Por falar na Casa de Leis existe o
temor de alguns parlamentares numa possível onda de renovação no legislativo
estadual a exemplo do que ocorreu na Câmara de Vereadores de Porto Velho neste
ano.
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