Terça-feira, 20 de fevereiro de 2024 - 08h01
Um
milagre vai acontecer: amigos incondicionais da fauna e da flora amazônica vão
aparecer como por magia em cada Município oferecendo soluções definitivas para
todos os problemas acumulados e jamais resolvidos desde Francisco Orellana.
O
espetáculo das soluções maravilhosas começou no momento em que o nobre
parlamento nacional e o generoso governo pátrio, sob o silêncio de
consentimento da Justiça soberana, determinaram um fantástico volume de
recursos para o Fundão Eleitoral, que os partidos usam para manter e ampliar
suas estruturas locais. Quase vinte deles não conseguiram escapar do bicho-papão
das cláusulas de barreira (ou desempenho) impostas ao pleito de 2022. Isso
significa dizer que haverá muito mais dinheiro para menos partidos: o Fundão
agigantado será repartido apenas entre os felizes caciques das siglas (ou
federações) que pularam as barreiras: nove partidos e três federações.
Muito
mais dinheiro para as campanhas eleitorais significa promessas melhor
apresentadas em peças de propaganda preparadas por especialistas em fazer os
consumidores comprar margarinas, carros, planos de internet e apostar em jogos
de azar. Atrás de cada propaganda haverá um truque psicológico, uma promessa
que parecerá fácil de cumprir e muito autoelogio. Quem conseguir escapar ao hipnotismo
de tanta propaganda prometendo milagres talvez consiga votar conscientemente.
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Ato bolsonarista
Nos
estados as lideranças conservadoras se movimentam para lotar as dependências da
Av. Paulista, em São Paulo, no Ato Pró-Bolsonaro programado para acontecer no próximo
dia 25. Os grupos evangélicos sob o comando do missionário Silas Malafaia se
unem para formar caravanas. Os caminhoneiros, onde uma grande parte apoiou o
ex-presidente na última eleição também se movimentam, embora a entidade esteja
dividida se participam ou não do evento. De Rondônia, uma grande caravana está
se formando para prestigiar o mito que vivencia um momento difícil depois perder
a elegibilidade para 2026.
Crise aérea
Com
as suspensões dos voos diretos em Porto Velho a partir de março para Manaus,
agrava-se a crise aérea em Rondônia. Nosso estado mantém grande intercâmbio com
as duas praças, o setor de turismo, será muito prejudicado e a capital
rondoniense perdendo espaço. Até agora as classes políticas e empresariais
rondonienses não mostraram força para reverter a medida tão prejudicial.
Apelou-se também para a justiça, mas até agora nada de concreto em favor dos
passageiros que vem sofrendo as consequências da redução dos voos –como também
os preços das tarifas astronômicos – desde o ano passado.
Prós e contras
Nos
primeiros movimentos visando as eleições municipais em Porto Velho a coisa vai se
encaminhando para uma polarização entre a candidata do prefeito Hildon Chaves
(PSDB), a ex-deputada federal Mariana Carvalho (Progressistas) e do governador
Marcos Rocha (União Brasil) Fernando Máximo. Mariana com rejeição do segmento
evangélico e Máximo não aceito pelo movimento gay oportunizam o surgimento de
uma terceira via. Estão na fila para se tornarem também opções a esta polarização,
também Leo Moraes (Podemos), Marcelo Cruz (Patriota) e Cristiane Lopes (União
Brasil).
Esquerda dividida
Devastada
pelos conservadores últimos pleitos a esquerda continua dividida para as
eleições municipais em Rondônia. A situação mais complicada é em Porto Velho,
onde não não prosperaram as primeiras tratativas para um entendimento entre o
PT, MDB, PSOL, PSB, PSTU, PC do B e tantas outras legendas do segmento. Apagar
as fogueiras de vaidade é preciso e se unir numa única candidatura a prefeito é
um desafio, já que o PT nacional projeta o lançamento de candidaturas próprias
em todas as capitais e o mesmo pretende o PSB e o MDB, seguindo o mesmo
caminho. Sem nome de consenso, a esquerda se encaminha para levar mais uma peia
dos bolsonaristas.
As articulações
Nos
bastidores já começaram as articulações em torno de uma aliança do MDB e partidos
de esquerda. Mesmo liderando a base de Lula em Rondônia, o senador Confúcio Moura
ainda não encontrou um nome competitivo que seja de consenso para unificar as
agremiações anti-bolsonaristas. Mesmo porque o próprio Confúcio enfrenta dissidências
no seu partido, que tem dois deputados federais bolsonaristas de carteirinha,
inclusive o presidente estadual do partido, deputado federal Lucio Mosquini. É
uma baita ironia, o MDB liderando a base de Lula em Rondônia.
Via Direta
*** Na corrida por busca de reforços
para a campanha 2024 a prefeitura de Porto Velho, a pré-candidata Mariana
Carvalho (Progressistas) recebeu o apoio do xerife Bruno Mendes, do Avante *** Mariana também terá
o apoio do ex-senador Expedito Junior, do PSD, que é um partido da base aliada
do prefeito Hildon Chaves *** Meus
parabéns ao braço social da OAB-RO desenvolvendo ações de grande importância em
Porto Velho. Comemorando 50 anos, a entidade mostra seu compromisso com a
população ***Os garimpeiros de Rondônia estão revoltados com Lula pelas
medidas de fiscalização adotadas contra o garimpo de ouro no Rio Madeira e
demais igarapés da região. E cobram picanha mais barata, prometida por Lula.
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