Sexta-feira, 18 de agosto de 2023 - 08h10
“Cão
que ladra não morde” talvez seja o ditado antigo menos confiável. Baseia-se em
que o animal geralmente faz barulho por medo, mas a verdade traiçoeira por trás
do ditado é que o bicho não pode latir enquanto está mordendo. No caso das
ameaças sofridas pelo candidato Fernando Villavicencio à Presidência do Equador,
assassinado no auge da campanha eleitoral, foram tantos os latidos que só
cessaram com a mordida fatal.
Se
alguma lição vem do trágico episódio é que as ameaças de morte devem ser
encaradas não mais como latidos ecoados por medo ou ódio, mas como planos que
não podem ser menosprezados. Se não há bem mais precioso que a vida, ameaçá-la
é uma conduta desumana que não pode ser ignorada.
Há
mais lições que saltam aos olhos enquanto até o FBI se desloca dos EUA para
investigar as relações entre o crime e os cartéis internacionais de drogas. Talvez
a mais importante além da necessidade de monitorar com energia quem ameaça a
vida é a advertência do cientista político Michel Rowland para a perversidade da
polarização política.
Ela
se traduz na incapacidade de criar consensos “porque estão mais concentrados em
brigar do que em construir uma agenda de Estado”. Um ditado popular antigo
ainda sem contestação é o de que “casa dividida não subsiste”. O Estado em
ruínas oferece farto material à construção dos palácios do crime.
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As queixas
A
divulgação do PAC 3 do governo federal deixou algumas queixas espalhadas pelos
estados. As bancadas federais de Rondônia e do Amazonas se queixaram que a rodovia
319, ficou de fora da programação de obras. A estrada, de 900 quilômetros conecta
Porto Velho a Manaus é uma bandeira importante da região Norte. Também os
estados do Mato Grosso e do Pará, ficaram sem recursos para a Ferrogrão, aquela
poderosa ferrovia ligando aqueles estados numa extensão e 1000 quilômetros, atingindo
o porto de Mirintituba. Enfim, muitos pleitos atendidos aos estados atenuam as reclamações
das lideranças políticas.
Ainda a BR 319
Apupado
pelas bancadas federais de Rondônia e Amazonia, o ministro dos Transportes
Renan Filho garante que embora não existam recursos disponibilizados pelo orçamento
da União, a Rodovia 319 está incluída no PAC (ninguém viu ela na listagem...) e
assim que for possível a estrada entrará em obras. Sua expectativa é que esta
BR seja criada como uma rodovia sustentável e concretizada com os recursos do
Fundo Amazônia, aquelas verbas doadas pela Finlândia, Noruega, França e outros
países para manter as florestas em pé na região. Aí já existe uma contradição,
porque com a 319 pavimentada, veremos muitas matas tombando no Amazonas, como
ocorreu na BR- 364 MT-RO.
Nas capitais
Na disputa
pelas prefeituras do Amazonas, Rondônia e Acre, alguns nomes largam a jornada
de 2024 com algum favoritismo. Em Manaus, o projeto de reeleição do prefeito
David Almeida (Avante), em Porto Velho com o deputado federal Fernando Máximo (União
Brasil), em Rio Branco com o ex-prefeito Marcus Alexandre (MDB). Com problemas
comuns de infraestrutura, principalmente carências de água e esgoto, as pelejas
amazônicas são repletas de reviravoltas, principalmente em Porto Velho onde os
vira-vira são corriqueiros e com os favoritos levando pedradas na reta final.
Obras importantes
A
pavimentação da Avenida dos Periquitos, desde a BR 364, passando pela Cidade Jardim,
Ulysses Guimarães, Marcos Freire e Ronaldo Aragão, deu uma nova roupagem para aquela
região na populosa Zona Leste, que é a que mais cresce em Porto Velho. Outra
obra importante em fase de execução, na capital é a anunciada Av. Santos
Dumont, conectando a Av. Rio Madeira ao Espaço Alternativo, na Av. Jorge Teixeira,
desafogando o transito caótico nas ruas de ligação com a região central. Quando
outubro chegar, em mais um aniversário de P. Velho, o prefeito Hildão terá um
verdadeiro pacote de obras de praças, casas populares e pavimentação para inaugurar.
Pior ainda
Se
Rondônia esta gritando contra as empresas aéreas em Porto Velho, cidade
penalizada pela suspenção de voos e vítima de tarifas elevadas, multiplique
esta situação várias vezes com relação a Rio Branco e o estado do Acre. Lá, com
as medidas adotadas pelas empresas aéreas, os voos saem lotados e com as tarifas
mais caras do País. Por este motivo o senador Petecão convocou audiência
pública com o ministro dos Portos e Aeroportos Marcio França para resolver a
situação. Na primeira reunião com a bancada federal do Acre o ministro prometeu
soluções na última quinta-feira. Será?
Via Direta
*** Já estou me animando com o anunciado
Festival de Praia de Fortaleza do Abunã, a “Ipanema” de Rondônia. Um balneário aprazível, com areias limpas, peixe frito no capricho,
etc, etc. Coloquem na agenda para os primeiros dias de setembro. Vale a pena ***
Os vereadores de Manaus se uniram as lideranças rondonienses para criticar a
ausência da pavimentação da BR- 319, ligando Manaus a Porto Velho, no Plano de
Aceleração –PAC do Governo Lula *** As águas
do Rio Madeira, na região de Porto Velho, estão descendo rapidamente, numa
estiagem que promete ser dramática na região Norte. A navegação já está
comprometida por causa dos bancos de areia e pedrais.
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Dá pena de ver a situação a Av, 7 de setembro no centro antigo de Porto Velho
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