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Carlos Sperança

A oposição, leia-se os “contras”, pinta Porto Velho como Inferno de Dante


A oposição, leia-se os “contras”, pinta Porto Velho como Inferno de Dante - Gente de Opinião

Luzes na escuridão

Todas as ações e iniciativas que tenham por finalidade proteger o planeta do aprofundamento e eternização dos rigores climáticos devem ser saudadas na Amazônia, inicialmente como a efetivação dos cuidados necessários para a proteção da floresta e de seus povos, seguindo-se o acompanhamento crítico e objetivo do andamento das propostas para a conquista dos objetivos e o estímulo a novos desdobramentos protetivos, sustentáveis e lucrativos. A fórmula ideal é ganhar mais protegendo o meio ambiente: mais em saúde, em clima e riqueza.

É desse tipo a iniciativa do Banco Mundial ao anunciar a emissão de títulos de dívidas de nove anos, no valor de US$ 225 milhões (cerca de R$ 1,2 bilhão), vinculado ao reflorestamento na Amazônia brasileira. Igualmente, a iniciativa do Instituto Desenvolvimento Sustentável Mamirauá ao abrir seu projeto de restauração ecológica da Amazônia para consulta e construção coletiva. A ser implementado em 18 territórios, o projeto inclui florestas e mangues da costa do Pará, além da região do Médio Solimões, envolvendo florestas alagáveis e de terra firme.

Organização social do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o Instituto Mamirauá se alia nesse projeto à FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura). Em meio a tanta destruição, é valioso destacar as ações promissoras que surgem como luzes se opondo à escuridão.

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O efeito manada

Para quem se revolta com os resultados tão diferentes das pesquisas eleitorais em Porto Velho, fique sabendo que no Sul maravilha é assim também. Até em São Paulo tem despontados resultados dispares a cada sondagem eleitoral tentando influenciar o eleitorado. Em Porto Velho a tendência nos próximos dias é a publicação de novas pesquisas, algumas favorecendo os “chapas brancas” que patrocinam a campanha de Mariana Carvalho, outras aumentando as chances dos candidatos oposicionistas, numa cidade, onde o efeito manada vem com tudo na reta final. Fiquem atentos até para uma zebraça.

O inferno de Dante

A oposição, leia-se os “contras”, como são denominados os candidatos oposicionistas, pinta Porto Velho como aquele quadro, o Inferno de Dante. Descreve que nossa capital com a pior qualidade de vida no País, de que a população vivencia em suas ruas com as fezes pululando, pela falta de esgoto. Que nossos 515.000 habitantes padecem com falta de água tratada, que a atual administração municipal foi omissa com relação a segurança pública e que as UPAS não funcionam como deveriam. Um panorama de arrepiar, somadas com demandas da regularização fundiária, mobilidade urbana, etc.

Grandes avanços

O panorama descrito pela oposição é bem diferente do quadro pintado pelo prefeito Hildon Chaves (PSDB). Ele argumenta que, por sua gestão ter sido eficiente, detém um índice de aprovação de até 90 por cento perante a população. Fez mais asfalto que todos os prefeitos anteriores juntos, trabalhou com afinco na urbanização das praças e logradouros públicos. Cita avanços na mobilidade urbana, pavimentação de grandes avenidas a estação da estrada de Ferro que foi revitalizada e a construção da nova rodoviária já em fase de conclusão, com recursos federais, através das emendas parlamentares da ex-deputada federal Mariana Carvalho. Deixará realmente um baita legado.

Nem pão, nem queijo

A grande verdade é que Porto Velho não é tão horripilante como dizem os candidatos oposicionistas em campanha. Tampouco terá a rodoviária mais bonita do País, como dizem os chapas brancas, mas a cidade de Hildópolis avançou muito em termos de pavimentação, mobilidade urbana e na regularização fundiária. Hildon é o grande campeão de pavimentação e de regularização fundiária, comparadas as gestões anteriores. Desenvolveu um grande trabalho na captação de recursos das emendas parlamentares de todos os partidos. Se tivesse direito a mais uma reeleição conquistaria o cargo com um pé nas costas.

Futuro em jogo

Nesta eleição de 6 de outubro, o futuro do prefeito Hildon Chaves e do governador Marcos Rocha estará em jogo. Hildão pretende disputar o governo estadual, Rocha uma das duas cadeiras ao Senado em 2026. Uma vitória da candidata ungida pelos dois, que é a ex-deputada federal Mariana Carvalho (União Brasil), será um balsamo para os projetos governistas. Hildon assumindo ares  até de favorito para o governo, Marcos Rocha idem, para uma das cadeiras ao Senado. Com Mariana derrotada, o ímpeto dos mandatários sofrerá baixas, seria um balde de agua fria nesta popularidade que o alcaide acredita que tem.

Via Direta

*** Existem campanhas milionárias a vereança em Porto Velho.  Explica-se: deve ser um balcão de negócios na política deveras interessante para os comerciantes e empresários *** Muito suspeita a última fuga de presidiários na capital rondoniense. Imaginem grades serradas de madrugada, o barulhão dos infernos que deve fazer. No mínimo ocorreu cumplicidade com agentes penais, como já aconteceu em fugas anteriores *** A seca se agrava em Rondônia com reflexos nos atendimentos hospitalares e restrições na navegação na Hidrovia do Madeira que liga Porto Velho a Manaus *** O MDB intensifica a campanha para conduzir a juíza Elma ao segundo turno no pleito de outubro na capital.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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