Terça-feira, 10 de setembro de 2024 - 07h27
Não
é completamente injusta a acusação de que o noticiário negativo sobre a
Amazônia predomina na mídia. É evidente que a maioria das notícias traz fatos
desagradáveis, mas escondê-los ou relativizá-los com viés colorido seria trair
o direito da população de se informar sobre a realidade. Por outro lado,
cientistas, bons gestores e a sociedade civil têm procurado aproveitar as
notícias negativas menos para lamentos ou queixas omissas e mais para agir em
cima delas em sentido corretivo.
É
nessa perspectiva, por exemplo, a informação positiva de que Alessandra Batista
e Bruno Balboni, cientistas focados na Engenharia Florestal, desenvolveram uma alternativa
sustentável ao isopor para substituí-lo como painel térmico na construção
civil. Sem inventar a roda, já que o “isopor da Amazônia” é feito com o miriti,
material já utilizado em vários produtos, Alessandra e Bruno trabalharam com aquele
que provavelmente venha a ser conhecido como seu derivado mais promissor.
O
miriti, fibra de uma palmeira que a maioria dos brasileiros conhece como
buriti, tem uma larga tradição de usos no artesanato, legado indígena que se
notabilizou especialmente na confecção de brinquedos. Se o multifuncional
buriti conseguir desbancar o isopor “bandido”, o poliestireno expandido, que não
é biodegradável e demora cerca de 400 anos para se decompor, a Amazônia terá
alcançado uma de suas maiores conquistas.
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Uma ofensiva...
De
um lado, as “chapas brancas” – assim são denominados os governistas alinhados
ao prefeito Hildon Chaves, ao governador Marcos Rocha e ao presidente da ALERO
Marcelo Cruz – que apoiam a candidatura em Porto Velho da ex-deputada federal
Mariana Carvalho (União Brasil) – devem abrir nos próximos dias uma grande
ofensiva nas ruas na capital para decidir a eleição em primeiro turno. Mesmo
com o recente crescimento dos “contras” – como são conhecidos os postulantes
oposicionistas – os apoiadores de Mari acreditam em vitória em turno único e
para tanto tomaram suas providenciais. Uma delas é a presença do ex-presidente
Bolsonaro na campanha local.
...E a contraofensiva
Acreditando
em eleições em dois turnos e quem chegar lá contra a candidata chapa branca
ganha a parada os candidatos mais cotados dos “contras” preparam uma grande contraofensiva
para a reta final de campanha. Estima-se nos meios oposicionistas que Leo Moraes (Podemos) Célio Lopes (PDT) e Euma Tourinho (MDB)
vão disputar o posto para a segunda vaga. Os candidatos Samuel Costa (Rede),
Benedito Alves (Solidariedade) e Ricardo Frota ainda são considerados cartas fora do baralho,
como diria a cartomante Euma.
A situação vigente
No
momento a situação é a seguinte em Porto Velho: acredita-se que teremos eleições em dois
turnos, com a candidata chapa branca atingindo entre 37 a 40 por cento dos
votos. Mas é um eleitorado repleto de indecisos e do tanto do eleitorado que
projeta uma abstenção acima de 30 por cento. Nestas projeções alcançariam o
segundo turno os dois ex-deputados federais Mariana e Leo Moraes. Mas uma
eleição fadada a reviravoltas pois com mais de 60 por cento de indecisos estas
projeções podem mudar de uma hora para outra, porque o tamanho índice de
indecisos pode virar o pleito de cabeça para baixo nos últimos dias.
Fazendo as contas
Havendo
algum equilíbrio entre as candidaturas de Leo Moraes, Euma Tourinho e Celio
Lopes, acredita-se que para a outra vaga ao segundo turno o opositor precisa
atingir entre 17 a 23 por cento dos votos para enfrentar a favorita Mariana no
segundo turno. Algo que pode ser alterado, dependendo da ofensiva chapa branca
e do desempenho da contraofensiva dos contras. Estes apostam na união das
oposições para vitória num segundo turno, enquanto, os chapas brancas, esperam levar uma
boa diferença para a segunda etapa, em condições de cooptar mais apoios e
garantir Mari no Prédio do Relógio.
Segundo turno
Deixando
de lado as contas dos chapas brancas e dos contras, a possibilidade do segundo
turno é enorme. Primeiramente porque temos sete candidatos fragmentando o eleitorado
e três deles – dois a direita e um a esquerda – em condições de arrastar esta
decisão para a segunda etapa. Em segundo lugar, porque a rejeição de Mariana – mesmo
com a cooptação de centenas de pastores evangélicos na sua campanha – ainda é
muito grande e se não vencer em primeiro turno terá muitas dificuldades no
segundo. Em terceiro plano, pela sua aliança que é heterogênea, onde ao menor
sinal de queda das intenções de votos, muita gente vira a casaca.
Via Direta
*** Quase um mês de queimadas e
fumaceira com grandes reflexos na saúde dos rondonienses, interferindo nos voos
para outros estados e já refletindo em nossa economia *** Temos secas históricas,
as maiores de todos os tempos em Rondônia, Acre e Amazonas e os principais rios
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os índios antigamente, porque a coisa só está piorando ***Impressiona o número de cães abandonados nas ruas depois da pandemia.
Em vários bairros temos matilhas de cachorros andarilhos revirando lixo em
Porto Velho. Uma situação realmente lamentável que se arrasta também em outras
cidades rondonienses.
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