Quarta-feira, 23 de abril de 2025 - 08h25
Não
é uma novidade a lembrança de que há séculos a Amazônia é saqueada. Desde os menores
até os maiores exemplares da biodiversidade, pouco escapou da ação dos piratas
e bandidos que percorreram a floresta em busca de riquezas.
Não
seria possível quantificar em valores – trilhões ou quatrilhões de dólares – o
montante roubado dos nove países que compartilham a Amazônia. O que se pode
afirmar, com certeza, diante de surpreendentes descobertas científicas
promovidas nos últimos meses, é que além de inestimáveis algumas delas podem
até ocultar os segredos da formação do planeta Terra.
À
parte as crenças sobre a origem do mundo, a realidade que os cientistas vão
apurado a cada passo é que a Amazônia, em termos científicos, seria o equivalente
material ao espiritual Jardim do Éden. Ou seja, tudo começou por aqui. A julgar
pelo documentário “Pindorama: Uma História do Brasil Ancestral”, do jornalista
Marcos Rogatto, as peças de cerâmica mais antigas do mundo podem ter sido
feitas na Amazônia. Aliás, já se sabe que os dinossauros mais antigos viviam no
Sul do Brasil e Argentina.
Nos
últimos anos, por um esforço de arqueólogos e paleontólogos, está em curso uma
ação para recuperar peças roubadas aqui e que hoje aparecem com destaque em exposições
em outros países. A ciência é objeto de ataque dos obscurantistas porque
derruba crenças e desvenda crimes.
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Eleições 2026
A
possível elegibilidade do ex-governador Ivo Cassol (PP) pode virar a eleição ao
governo estadual de cabeça para baixo, ameaçando o favoritismo do senador
bolsonarista Marcos Rogério (PL) em 2026. Anos depois de deixar o então Palácio
Presidente Vargas, então sede do governo estadual e cumprir seu mandato de
senador, a figura política de Cassol permanece vivíssima, principalmente no interior
do estado, onde estão concentrados dois terços do eleitorado rondoniense. Ivo
tem entraves para superar. Além de reverter processos no Supremo, o seu partido,
o PP, está nas mãos da deputada Silvia Cristina. Acredita-se que Ivo pode ser
apunhalado pela deputada que estaria acertada com o poder dominante em
Rondônia.
Mesmo
segmento
Os principais
adversários de Ivo em 2026 estão concentrados na direita conservadora, dita
bolsonarista. São o atual senador Marcos Rogério, o vice-governador Sergio
Gonçalves, o ex-prefeito de Porto Velho Hildon Chaves, o atual deputado federal
Fernando Máximo, além de Lucio Mosquini, deputado federal do MDB, que anunciou
saída da legenda, mas que não sai, devido aos altos valores do fundão eleitoral
que ele administra. Mas no MDB, o candidato ao governo estadual é o senador Confúcio
Moura, um nome unanime dentro do partido e já armando suas nominatas ao Senado,
Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa do estado.
Estranho no ninho
Na
corrida eleitoral 2026 em Rondônia, temos um estranho no ninho. O ex-presidente
Jair Bolsonaro já anunciou seu apoio para uma cadeira ao Senado ao pecuarista
Bruno Scheit, já autorizado a usar o nome do mito para a eleição do ano que vem
se tornando Bruno Bolsonaro. O problema é que já existe a desconfiança que
Bolsonaro pode apunhalar Marcos Rogério outra vez e crave o nome de Bruno Bolsonaro
para disputar o governo de Rondônia. Todos os candidatos bolsonaristas ao
governo já estão de barbas de molho, pois o mito tem destas reviravoltas como uma
das suas principais características.
Não depende
O
único político no campo conservador que não depende das bênçãos bolsonaristas
em Rondônia para se eleger é o ex-governador Ivo Cassol. Ele tem luz própria,
tem um eleitorado fiel, não é à toa que se elegeu governador e se reelegeu,
batendo uma das maiores alianças contra ele já firmadas no estado. Por
conseguinte, é um candidato temível, mesmo para os cães de guerra do
bolsonarismo. É um candidato conservador e não precisa se agarrar no saco do
ex-presidente para buscar popularidade. Entrando na parada, de fato, será um
osso duro de roer. Mesmo porque é bocudo e adora encrencas com os adversários.
Êxodo ribeirinho
As
seguidas cheias, se alternando com estiagens, causando enormes estragos a
economia dos ribeirinhos, com suas produções de macaxeira, banana, abacaxis,
melancias e outros produtos agrícolas se perdendo rio abaixo, já estão gerando
um êxodo populacional nas comunidades atingidas pelos efeitos climáticos.
Constatando a cada ano mais dificuldades na sobrevivência, muitas famílias
estão se mudando para Porto Velho, aumentando um cinturão da miséria na região
metropolitana. O êxodo é um grave problema social acarretando mais demandas urbanas.
Via Direta
*** Os piratas dos rios amazônicos estão
aterrorizando os ribeirinhos e as embarcações com passageiros no Amazonas,
Pará, Amapá e Rondônia *** Em Porto Velho, os chamados piratas do Madeira agem no
roubo de combustíveis, de soja, praticam assaltos e estão instalados com escritórios
do crime em grande conjunto habitacionais ***
A eleição da nova diretoria da Associação Rondoniense dos Municípios-ARON foi
marcada para a próxima segunda-feira. Os prefeitos se encontram no plenário da
Câmara de Vereadores de Ji-Paraná *** Alguns alcaides disputam a presidência
da entidade a dentadas para ter o privilégio de indicação de cargos polpudos
para parentes e apaniguados.
O PSDB segue perdendo terreno e quadros importantes em todo o País
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