Segunda-feira, 29 de janeiro de 2024 - 08h05
O
tradicional prêmio Emmy, habitualmente ligado a mexericos da TV, tem múltiplas
faces, que vão da consagração de simples entretenimentos aos mais sofisticados
avanços tecnológicos no setor de transmissão de imagens. Simbolizado por uma
mulher carregando um átomo, contraponto ao titã Atlas suportando o mundo, o
Emmy é uma distante menção aos antigos tubos de TV e não há emissora de TV no
mundo que não ambicione seus diversos prêmios.
Ele
poderia continuar restrito às postagens de fofocas televisivas não fosse por ganhar
notoriedade nos meios dedicados à proteção do meio ambiente e do clima ao premiar
há pouco na categoria Mérito Excepcional em Filmagem de Documentário o filme “O
Território”. Feita em Rondônia pela prestigiosa National Geography, a filmagem segue
as lutas da comunidade Uru-eu-wau-wau, que não foram poucas nem fáceis.
Além
da técnica aprimorada dos profissionais participantes do documentário, o fator
que determinou o mérito excepcional a que a categoria se refere é participação
dos próprios índios. Eles não só atuam, como nos documentários do gênero, mas
também são realizadores, desde a produção até a filmagem propriamente dita, no
seu ritmo e com base em seus conhecimentos sobre os assuntos focados. Nesse
sentido, é mais que um filme sobre amazônidas: é um filme de amazônidas.
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Pata de coelho
O
prefeito de Ji-Paraná Esaú Fonseca (União Brasil), para evitar um novo
afastamento do cargo no Palácio Urupá, resolveu contratar um pé de coelho, para
dar sorte contra seus adversários. Trata-se do advogado Nelson Canedo,
especialista em direito eleitoral e que raramente perde alguma parada, como era
João Closs nas décadas passadas. Canedo passará a supervisionar o mandato de Esaú
em Jipa e acompanhar o escritório de advogados em Brasília. Com as paliçadas
reforçadas ele se prepara para disputar um novo mandato.
Situação aflitiva
Ao
menos até as convenções de julho dificilmente haverá rompimento entre o prefeito
de Porto Velho Hildon Chaves com o governador Marcos Rocha, mesmo com
interesses dispares nas eleições de outubro. Existem muitas obras conjuntas em
jogo e mesmo porque uma ruptura agora seria precipitada, pois tudo pode se
acertar ainda com uma candidatura à prefeitura e Porto Velho de consenso que junte
as bases do alcaide com as bases revoltosas do governador. O que se constata
agora é um jogo de pressão das forças alinhadas ao CPA para que Hildon desista
de apoiar a ex-deputada federal Mariana Carvalho. Hildão resiste.
As conspirações
A
quem interessa o rompimento de Hildon Chaves com o governador Marcos Rocha? Nas
eleições municipais de outubro, o jogo interessa ao ex-deputado federal Leo Moraes
(Podemos), Cristiane Lopes (União Brasil), Fernando Máximo (União Brasil), Jair
Montes (Avante), Fabricio Jurado (PSDB). Para as eleições de 2026, interessa ao
vice-governador Sergio Gonçalves e aos possíveis adversários do alcaide de
Porto Velho na disputa pelo governo estadual e ao Senado. Ao governo interessa
o enfraquecimento da aliança de Hildon/Rocha,
o ex-governador Ivo Cassol, o ex-governador e atual senador Confúcio Moura e o
atual senador Jaime Bagatolli
É coisa de louco!
Percorri
o centro comercial da Av. Sete de Setembro, no centro histórico de Porto Velho
no início da semana e os bairros da Zona Leste. O que constatei foi uma
verdadeira epidemia de fechamento de lojas, mercadinhos e de outros segmentos
do comercio lojista. Não é à toa que o prefeito Hildon Chaves reduziu o
desconto do IPTU, pois muita gente indo embora, centenas de empregos ceifados e
com isto ele precisa compensar sua arrecadação para que possa seguir pagando o
funcionalismo e os servidores em dia e tocar as obras de asfaltamento nos
bairros. Existem quarteirões inteiros de estabelecimentos fechados, uma
situação alarmante. Os preços dos imóveis estão despencando.
Baita desafio
Conter
este êxodo do comércio lojista para outros municípios e outros estados é um desafio
para o prefeito Hildon Chaves e ao governador Marcos Rocha. Recomenda-se
seminários conjuntos entre as esferas governamentais, com a Câmara de Vereadores,
Assembleia Legislativa, Câmara dos Diretores Lojistas e federações comerciais e
industriais para discutir a situação. É preciso encaminhar soluções para frear
este encolhimento da capital rondoniense. É uma situação que deveria envolver
todos os setores de atividades, da própria imprensa, lideranças sindicais e
todas as entidades representativas. Afinal, estamos no mesmo barco.
Via Direta
*** Quero lembrar ao eleitorado de Porto
Velho, Guajará Mirim, Cacoal e Vilhena muito cuidado na escolha dos seus
vereadores nas eleições municipais de outubro *** Estas cidades são
fortemente influenciadas pelo narcotráfico e as facções estão querendo aumentar
seus tentáculos na política rondoniense. Olho vivo, caro eleitor *** Outra recomendação é para o povo
evangélico: muitos políticos se fingindo de evangélicos, verdadeiros lobos em
pele de cordeiro, para angariar votos do segmento. Todo cuidado é pouco ***
A política dá uma parada para o carnaval, onde só decola o Rei Momo. Depois o
pau canta, com a proximidade das convenções de julho quando se homologam as
candidaturas a prefeitos, vices e vereadores.
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