Quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024 - 07h25
O
presidente Lula da Silva é um estrategista e suas vitórias comprovam amplamente
essa qualidade, baseada no talento para produzir propaganda de si mesmo e do
governo. Ambos estão com dificuldades, mas o discurso é sempre animado e
futurista.
Ao
criar o Instituto Tecnológico de Aeronáutica no Ceará, o presidente disse que
pretende “exportar conhecimento”. Não importa se o ITA-CE só virá após a reforma
da Base Aérea de Fortaleza e se vai ser extensão do ITA de São Paulo: importa
parecer presente o futuro no qual o Brasil esteja exportando conhecimento. Isso
vale para a isenção do IR até R$ 5 mil, para os R$ 300 bilhões da política
industrial e tudo o mais: o futuro é dado como realizado para funcionar como
propaganda nas eleições. No entanto, é correto focar no conhecimento.
Não
para exportar em quantidades abundantes e disponíveis, como soja ou petróleo,
mas para adquirir. Um entrave à produtividade, o analfabetismo funcional foi piorado
pela fábrica de especialistas em nada das redes sociais e enraivecido pelas
bolhas “ideológicas”. Obter conhecimento é a grande tarefa desta hora, como
fazem as lideranças de 62 povos indígenas da Amazônia ao participar do Curso
sobre Mudanças Climáticas, Carbono e REDD+ para em seguida repassar os
conteúdos às suas comunidades. Antes de exportar conhecimento preciso obtê-lo.
Menos opinionismo arrogante e mais cursos úteis ajudam muito.
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Ganhando força
Ao
contrário de Rondônia, onde o PSB tem perdido quadros, em outros estados o
partido liderado nacionalmente pelo ex-vice-presidente Geraldo Alckmin tem
ganhado força. Seja em Pernambuco com o legado do falecido governador Eduardo
Campos, seja no Ceará onde o senador Cid Gomes e dezenas de prefeitos, deputados
estaduais e federais ingressaram na legenda recentemente, o PSB vai tomando
forma para aumentar o seu no úmero de governadores eleitos em 2026 e ter seu
próprio presidenciável, Geraldo Alckmin com grande prestigio em São Paulo.
O bicho pegando
Uma nova tentativa do Ministério
Público Eleitoral para cassar o mandato do governador Marcos Rocha e sua chapa completa
volta a animar a oposição rondoniense. É que se acontecer efetivamente a
cassação teremos eleições suplementares no Estado. Rocha já venceu as primeiras
tentativas no TRE e seu escritório de advogados está atento as novas tentativas.
Temos uma febre de cassações de governadores na região Norte: o governador de
Roraima Antônio Denarium já foi cassado três vezes e pode deixar o poleiro de
uma hora para outra. No Acre, o governador Gladson Cameli segue o mesmo
caminho. Coincidência: todos são bolsonaristas.
Um acordo!
Depois
de um acordo entre os entes envolvidos nas discussões para a inauguração das reformas
da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, com a prefeitura de Porto Velho, Instituto
do Patrimônio Histórico -IPHAN, Associação dos Ferroviários, eis que já existe
uma nova previsão para a reabertura do complexo e fala-se em 60 dias para as
festividades. Com tanto divisionismo, já tivemos vários adiamentos e não
ficaria surpreso com mais algum, já que tudo por aqui se assemelha aos
bolivianos, onde por qualquer coisa se fecha o porto na fronteira. Rogamos aos
céus que agora tudo se resolva.
Centro histórico
A reabertura
da Estrada de Ferro Madeira Mamoré é de grande importância para o setor turístico
rondoniense e principalmente para reavivar o centro histórico de Porto Velho
que vem definhando há uma década cuja principal avenida está com dezenas de estabelecimentos
lojas, agencias bancarias fechadas e tomada pelos viciados em drogas, mendigos
e marginais oportunistas. Diariamente as lojas do centro antigo são roubadas e
depenadas e por isto, somada a crise econômica que assolou a capital depois da
pandemia, grandes lojas de roupas e de eletrodomésticos já foram fechadas.
As conspirações
Conspirações
políticas tem sido uma tradição em Rondônia desde os idos do Território Federal.
Os governadores eram nomeados pelo governo federal e sempre escolhidos coronéis
de outras regiões do País. A classe política rondoniense clamava pela indicação
de governadores “minhocas”, da terra, mas tinha uma representação política
diminuta – o território só contava com dois deputados federais no Congresso – e
os políticos rondonienses não tinham força para as indicações. Uma época dura
também para os prefeitos de Porto Velho tratados a pão e água e maltratados
pelos coronéis-governadores. Este modus operandi vigorou até o início dos anos
80.
Via Direta
*** Manaus começou a distribuição dos carnês
do IPTU seguindo o modelo de Porto Velho, com apenas 10 por cento de desconto
para os contribuintes.
Ocorre que a capital amazonense foi seriamente atingida pela estiagem e o
próprio governo do estado se obrigou a um contingenciamento de recursos *** No Acre, uma notícia que pode servir de
alerta: em Cruzeiro do Sul o Rio Juruá já passou da cota de alerta. Até pouco
tempo o vizinho estado era alvo de uma estiagem histórica ***Na volta das
atividades do Congresso Nacional, deputados federais e senadores definiram a
questão das sainhas dos presidiários. A maioria dos parlamentares votaram
contra o privilégio, devido as constantes reincidência dos apenados.
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