Segunda-feira, 7 de agosto de 2023 - 08h20
A
cada crise, ilusões de grandeza são vendidas à população com base na ideia
passiva de que o futuro será automaticamente melhor explorando algumas
matérias-primas. Aumentar a produtividade gasta neurônios e unir a nação em um projeto
de nação descontenta as bases ansiosas por brigas e eleições. É mais fácil
supor que a magia extrativista por si só vai resolver os problemas.
Assim
foi com a borracha, que funcionou duas vezes sem que o Brasil usasse as
riquezas que ela gerou para estruturar a sociedade. Com o Nióbio sequer
funcionou, porque o mercado dessa matéria-prima é estável. A ilusão de que as
reservas na Amazônia seriam a redenção nacional se desfez na falta de
viabilidade comercial.
A tese
do Nióbio como salvação antecipou a ilusória crença na cloroquina, que vem
desde o século XIX sem comprovações efetivas. De resto, o Brasil já explora bem
o Nióbio, regulado pela família Moreira Salles (Itaú) e interesses chineses,
japoneses e coreanos, que exploram as mais rentáveis minas brasileiras.
Pés
no chão, realmente, estão na bioeconomia. Há pouco, o vice-presidente Geraldo
Alckmin, ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, assinou
contrato para fazer do Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), em Manaus, uma organização
social a ser gerida pela Fundação Universitas. Não foi mágica: o arranjo
permite agilidade na obtenção de recursos para viabilizar os melhores projetos
baseadas na biodiversidade.
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União de esforços
Depois
que o governo Lula ter emitido sinais de que a obra da recuperação da Br 319,
que liga Porto Velho a Manaus seria prioridade, com a licitação das duas pontes
que desabaram no ano passado, o que se concluiu das declarações recentes do
presidente é que a coisa será procrastinada. Será preciso uma baita união de
esforços das bancadas federais do Amazonas, Rondônia, Acre e Roraima para pressionar
as esferas federais para a reconstrução da estrada. Os governos Dilma, Temer e
Bolsonaro (até o mito que reina entre garimpeiros, madeireiros e fazendeiros
amarelou) catimbaram a 319 e o que se vê é Lula já seguindo o mesmo caminho.
Um prêmio
Chama
atenção também o propósito do governo federal estimular um prêmio para os
municípios que menos desmatam na região amazônica. Porto Velho, sem dúvidas,
terá dificuldade em conquistar o prêmio já que está na lista dos campeões de
desmatamento, principalmente por causa da região da Ponta do Abuna, na divisa
com o Acre e Amazonas. No Amazonas, o município de Apuí, colonizado por
migrantes rondonienses é outro caso terrível de desmatamento e neste ano as
queimadas já demonstram claramente a situação naquela região.
As crias políticas
Temos
uma certa tradição em Rondônia das crias políticas se voltarem, contra seus
criadores e devorá-los. Vejam os casos de governadores, sendo que Valdir Raupp
devorou Jeronimo Santana, Ivo Cassol que superou José Bianco, Marcos Rocha que
foi secretário de Confúcio e se adonou do governo estadual já em dois mandatos.
Vejam que no PSDB, o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves, cria de Expedito
Junior engoliu seu mestre com farofa e tudo. Expedito acabou exilado no PSD,
partido hoje sem senador e tampouco deputado federal. Tem como liderança, apenas
o deputado Laerte.
Obras federais
Com
mando político em Rondônia das esferas federais o senador Confúcio Moura (MDB),
recebe nesta terça-feira os ministros dos Transportes Renan Filho e dos Portos
e Aeroportos Marcio França, para vistoriar obras de recuperação da BR-364,
assinar protocolo de restauração de 500 kms da rodovia e inaugurar um porto
fluvial em Guajará Mirim. Em Rondônia, como se sabe, os petistas não apitam e
se comparecerem aos eventos programados, não serão protagonistas. Renan dará
coletivas em Itapoã do Oeste e Guajará Mirim, assim como Marcio França. Boas oportunidades
para apertar os ministros sobre a BR-319 cada vez mais catimbada pelo governo
federal.
A fiscalização
Quando
deputados estaduais e vereadores de Porto Velho fiscalizam obra, seja do
colapso na saúde ou o caos da segurança pública na capital as ações assumidas
são dignas de registro. Foi o caso da deputada estadual Taissa Souza (Guajará
Mirim) que inspecionou as péssimas condições de atendimento do Hospital João Paulo
II, lotado de pacientes pelos corredores que despertam pena como pardais sem
ninho ou andorinhas com as asinhas quebradas e cheias de dor. Ela constatou o
que o povão sofre também com as condições sanitárias. Não é difícil verificar
ratazanas perambulando por lá. É coisa de louco!
Via Direta
*** O MDB de Porto Velho, que tem no
comando o deputado estadual Jean de Oliveira, pretende ampliar a bancada do
partido na Câmara de Vereadores da capital *** Por esta razão já trabalha para atrair
novos quadros e definir uma nominata expressiva de candidatos do partido *** Com o bolsonarismo rondoniense rachado
para as eleições municipais e mais ainda para reeleição ao governo e ao Senado em 2026, os petistas vão se animando
para os futuros embates *** Explica-se a mudança ideológica do deputado
estadual Crispin que está mudando de partido: ele tem base numa região bolsonarista,
e nesta condição não poderia permanecer numa legenda de esquerda como o PSB *** Com isto a agremiação ficou acéfala na
ALE-RO.
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