Sexta-feira, 14 de janeiro de 2022 - 10h14
O
açaí tem um sabor próprio que em sua neutralidade pode servir a combinações
tanto doces quanto salgadas. No Norte, o açaí acompanha muitas vezes o peixe
frito. No Sudeste, compõe mais as iguarias doces. Em todos os casos, é um forte
aditivo de energia aos pratos e receitas de que faz parte.
Com
o desequilíbrio ambiental, o mar avança pelo Rio Amazonas, espalhando sal nas
culturas ribeirinhas. Resultam daí a crescente produção do açaí salgado e água
imprópria para consumo. Ela precisaria ser fervida, mas por causa do preço do
gás é bebida com o risco de vômitos e diarreias e banhos que limpam o corpo mas
deixam cheiro de peixe.
Difícil
culpar deuses e anjos por uma situação ambiental que piora por conta do
descuido humano. Como a natureza sempre procura se equilibrar, só se degrada
após anos de más práticas, mas a recuperação também não é imediata. Exige
constante boa prática. Seria ótimo, aliás, se já houvesse um mapeamento da biodiversidade.
É até surpreendente que não exista, três décadas depois da Rio-92, vendida como
o início de uma era de sustentabilidade. Menos mal que o Instituto Tecnológico
Vale – Desenvolvimento Sustentável, por meio do grupo de pesquisa em Genômica
Ambiental, iniciou um inédito sequenciamento de dezenas de espécies da Amazônia.
Em tempos de açaí salgado, a iniciativa adoça um pouco o amargor do relaxo
ambiental.
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Composição
Como
um polvo e seus tantos tentáculos, o governador Marcos Rocha (União Brasil) vai
entrando nas linhas inimigas e agarrando a unha novos aliados. São quase 30
prefeitos reforçando seu projeto de reeleição, articulações bem-sucedidas como
a cooptação da ex-vereadora Cristiane Lopes e agora, conforme rola dos bastidores
está acertando o respaldo do candidato favorito da atual jornada, Ivo Cassol.
Neste entendimento a deputada federal Jaqueline poderia ser a sua vice ou fazer
sua dobradinha ao Senado. É o que rola nos bastidores políticos e a atenção
política atribuída a Jaqueline pelo Gov. é um robusto indicio de composição.
Cenário atual
A
grande verdade é que os bastidores políticos trabalham neste momento nas tratativas
sobre as eleições ao governo estadual sem a presença do ex-governador Ivo Cassol
(PP), com sus impedimentos na justiça e sem o desistente HIldon Chaves (PSDB),
prefeito de Porto Velho, interessado agora em eleger a esposa Ieda a deputada
federal ou emplacar seu nome como possível candidata a vice-governadora numa
chapa de ponteira. Quem estaria mais próximo do seu passe, seria o senador
Marcos Rogério, candidato da composição que também reúne Expedito Junior (PSD).
Criatura x Criador
Sem
a presença do favorito Ivo Cassol, mais a desistência do prefeito Hildon Chaves
em buscar o Palácio Rio Madeira, a polarização ficaria entre as forças
políticas reunidas em torno do atual governador Marcos Rocha (União Brasil) e
do ex-governador Confúcio Moura. É uma guerra entre a criatura, caso de Marcos
Rocha, contra seu criador, o governador Confúcio Moura. Teremos uma previsível
eleição em dois turnos e entre os dois candidatos bolsonaristas Marcos Rocha e
Marcos Rogério, o mandatário de plantão larga bem a frente reforçado também pelos
recursos do seu partido, o União Brasil, que detem a maior fatia do fundão eleitoral.
Com estratégia
Para
ter alguma chance contra os favoritos as duas vagas ao segundo turno, o combativo
senador Marcos Rogério (PL) vai ter que quebrar está polarização, garantir a
neutralidade do presidente Bolsonaro na disputa rondoniense caprichar nas suas
alianças. Seu calcanhar de Aquiles na capital, Porto Velho, é seu candidato ao
Senado Expedito Junior, escondido da campanha a prefeito de Hildon Chaves na
eleição de 2020, mas que mesmo assim causou danos na campanha do tucano. No estado
o trunfo de M. Rogério é o apoio do eleitorado evangélico, onde em algumas
regiões é majoritário.
A aposentadoria
Residindo
no Rio de Janeiro, o ex-governador Oswaldo Piana Filho não pensa mais em disputar
cargos eletivos. Foi deputado estadual, presidente da Assembleia Legislativa e
governador de Rondônia e deixou como seu grande legado o Linhão, a partir da
Usina Hidrelétrica de Samuel em Porto Velho até Ji-Paraná, na região central do
estado que sofria constantes blecautes. Nos anos 90 os migrantes chegavam na
segunda e já na terça--feira faziam protestos fechando até a pontes exigindo
energia. Mesmo com arrecadação minguada naquela época Piana, alinhado com a
bancada federal, fez das tripas o coração e atendeu a reivindicação da BR.
Via Direta
*** O astuto ex-governador Confúcio Moura,
senador licenciado, é mais candidato do que nunca ao Palácio Rio Madeira que
ele ajudou a construir em suas duas gestões *** Tem percorrido o estado, costurado
acordos, conciliado o partido e já trabalha numa poderosa nominata de postulantes
a Câmara dos Deputados *** Como se sabe,
dependerá desta representatividade no Congresso Nacional o rateio do bolo do
fundão eleitoral. Então eleger deputados federais conta muito nesta peleja ***
O ex-deputado estadual Jesuíno ainda acredita, mesmo com a ALE catimbando o
jogo, que assumirá a cadeira do deputado cassado, o barraqueiro Geraldo da
Rondônia *** Jesuíno tem pressa de
assumir e já tocar seu projeto der reeleição, mas a casa de leis, nenhuma
pressa.
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