Segunda-feira, 18 de março de 2024 - 08h01
Na polarização,
cada lado chama o adversário de “forças do Mal”. É ilegal a submissão do Estado
a qualquer religião, mas os interessados em criar uma “república teocrática”, até
já têm dois Messias em vista. Um é o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, em
queda por conta das revelações sobre seu envolvimento com o preparo de um golpe
fora das “quatro linhas da Constituição”.
Outro
é o advogado-geral da União, Jorge Messias, atualmente em alta. Há pouco ele
foi chamado a desempenhar um papel de teor estatal e religioso: na condição de
crente evangélico, levar do presidente Lula da Silva à Frente Parlamentar
Evangélica na Câmara Federal “mensagem de diálogo, paz e união”.
Quando
a histeria maniqueísta for contida pelas vozes do bom senso, devolvendo o
Estado ao seu leito natural e laico, será possível unir a nação e perceber que
o verdadeiro Mal a ser combatido está na destruição das riquezas da Amazônia.
Segundo
a presidente do Instituto Igarapé, Ilona Szabó, existe na floresta um “ecossistema
do crime”, ao qual ela dá o nome de narcodesmatamento, monstro poderoso que consiste
na articulação de crimes ambientais com tráfico de drogas, fraudes, corrupção,
grilagem e lavagem de dinheiro.
Quando
aqueles que se acusam mutuamente de ser o Mal perceberem que sua desunião é o
alimento que mais dá força e impunidade ao verdadeiro Mal talvez seja possível
vencê-lo.
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A polarização
Inicialmente
os bolsonaristas Mariana “Minhoca” e Máximo “Papa-Tudo” vão polarizando as
eleições municipais em Porto Velho cujas convenções para a homologação das suas
candidaturas serão realizadas em julho. Quem teria força para quebrar esta
polarização durante a campanha eleitoral 2024? A direita ainda existe o nome do
ex-deputado federal Leo Moraes (Podemos), a esquerda um candidato que consiga
unir as forças também com a centro esquerda. Seria Vinicius Miguel (PSB), ou a
ex-senadora Fátima Cleide (PT)?. Também pode surgir algum nome novo na reta
final causando surpresas.
Mais fiscalização
O
que está ocorrendo na construção do Heuro Hospital, na Zona Leste de Porto Velho,
com a suspensão de licença para construção e embargo das obras, é algo
rotineiro na vida pública rondoniense. Como é que pode uma empreiteira construir
alguma coisa numa área que tem outro proprietário? Não comprou e tampouco
regularizou o terreno, não poderia nem ter iniciado a obra, mas como faltou
fiscalização do governo estadual, dos deputados e dos vereadores a coisa andou,
vai andando, com a construtora empurrando a coisa com a barriga através de
liminares. De interrupção em interrupção, cada vez mais cheiro de golpe.
Balões de ensaio
A
medida em que se aproximam as convenções partidárias de julho que vão homologar
as candidaturas a prefeitura de Porto Velho vão surgindo os chamados balões de
ensaio para ver se a coisa cola. Terão candidaturas que poderão crescer, outras
desaparecer. Numa cidade como Porto Velho, tão dividida politicamente, sujeita
a zebras fantásticas nas pelejas eleitorais, tudo é possível, já que tantos
prefeitos e governadores saíram do nada e se afirmaram na vida pública
rondoniense. De outro lado, políticos que surgiram com força, hoje estão no
esquecimento, como Tomas Correia, José Guedes, Melki Donadon, Amir Lando,
Ernandes Amorim, Nilton Capixaba entre tantos.
Deixando o PSB
Conforme circula nos
meios políticos da capital, o ex-prefeito de Porto Velho Mauro Nazif está
deixando o PSB de Vinicius Miguel. Nos últimos dias, o ex-alcaide que foi também
um atuante deputado estadual e federal, tem estudado convites de outros
partidos para se filiar e lançar a candidatura do seu filho Dr. Maurinho a
vereador e ele, posteriormente disputar uma cadeira a Câmara dos Deputados em
2026. Os entendimentos prosseguem visando as convenções municipais de julho.
Briga fake?
Ainda tem gente acreditando em “briga” na
família Cassol com a retomada do comando do PP pelo ex-governador Ivo, mentor
da carreira política da mana Jaqueline. Temos aí, torcida brasileira mais um
jogo de cena para preservar o cargo de Luís Paulo, na secretaria de estado da
Agricultura no governo Marcos Rocha. Não demora para o teatro desmoronar,
porque daqui a dois anos, Cassol entra na batalha pelo Centro Político Administrativo
e seu partido, o PP, romperá oficialmente com o governo que aí está. Sobre
encenações os Cassol são bons: Em campanhas anteriores já tivemos Jaqueline
fingindo que esta brigada com Expedito. Na verdade, pulavam cirandinha juntos.
Via Direta
***Um ramo que cresceu assustadoramente
em 2023 foi o de supermercados e de atacadistas impulsionando novos
investimentos em Rondônia. Por isto novas unidades estão sendo instaladas em
Porto Velho, numa disputa acirrada pelo mercado *** Também se constata
enorme expansão dos hospitais, ampliados e modernizados nos últimos anos na capital
rondoniense *** Trocando de saco para
mala, não se sabe, se o ex-prefeito Jesualdo Pires (PSB) entrara na peleja pela
prefeitura de Ji-Paraná. Até agora não disse nem sim, e nem não. É mistério ***
Em Ariquemes as indefinições estão por conta do clã Follador, desiludido com as
últimas derrotas.
Importantes causas rondonienses não foram para frente nos últimos anos
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