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Carlos Sperança

Alguns leitores estão muito revoltados com o comportamento avestruz dos vereadores de Porto Velho


Alguns leitores estão muito revoltados com o comportamento avestruz dos vereadores de Porto Velho - Gente de Opinião

Acordados dormem

Dentre as ondas que viralizam na internet, a teoria da conspiração baseada em “wokes” se destacou nos últimos meses. Woke tem o sentido de despertar para uma realidade não percebida antes. Já quem se incomoda com a fúria com que os “acordados” bradam pelas verdades descobertas acha que os wokes fazem barulho e incomodam muita gente, mas depois silenciam repentinamente sem mudar nada. Na briga entre acordados e quem quer dormir criou-se uma teoria da conspiração: falar em woke ou antiwoke é jogar para baixo do tapete os problemas dos pobres e desempregados pela tecnologia.   

Como a confirmar a ideia conservadora de que os wokes fazem muito barulho e depois silenciam sem que os problemas sejam resolvidos, a jornalista Berenice Leite, do canal Fator Político BR, destacou que a Amazônia está sofrendo o maior número de incêndios desde 2005 e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais registrou 22.634 focos de queimada desde o início do ano, mas as celebridades e ativistas estão em silêncio.

No governo Bolsonaro, aproveitando-se de que o chefe de governo preferia uma boa encrenca a uma pacificadora diplomacia, o ator Mark Ruffalo (Hulk, no cinema), engalfinhou-se em duelo verbal com o presidente por conta dos incêndios na Amazônia. Depois de tanto barulho, hoje a floresta queima sob o silêncio dos antigos wokes, que parecem ter recaído no sono.

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Em vantagem

Os atuais prefeitos disputando a reeleição largam em vantagem contra seus oponentes no interior do estado. São os casos dos prefeitos Isaú Fonseca (Ji-Paraná), Carla Redano (Ariquemes), Flori Cordeiro (Vilhena), Fúria (Em Cacoal), e Lindomar Garçon, em Candeias do Jamari, cidade satélite de Porto Velho. Nos municípios onde existem mais candidatos, os atuais alcaides são beneficiados pela fragmentação da oposição, já que não ocorre segundo turno. Já, em Ji-Paraná, com um candidato da situação e um da oposição, temos polarização. E é polarização bolso arista.

Haja sanguessugas

Mesmo Porto Velho perdendo milhares de habitantes nos últimos anos, a Câmara Municipal aumentou o número de cadeiras de 21 para 24 para as eleições de outubro deste ano. Em recente coluna, o jornalista Valdemir Caldas, explicou os prejuízos causados pelos vereadores da capital a comunidade e os custos destes edis sanguessugas para a sociedade. Concordo plenamente com o colunista e tenho também tratado do assunto. Nossos vereadores são inúteis, sequer leem os projetos emanados do Executivo, empregam parentes no Poder Executivo, fazem do cargo balcão de negócios.

A recomendação

Alguns leitores estão muito revoltados com o comportamento avestruz dos vereadores de Porto Velho. Recomendam que os edis nem passem na frente das suas casas sob pena de levarem ovadas na cara. Expliquei que nem todos são tão sanguessugas, alguns até leem os projetos emanados do Executivo e volta e meia fiscalizam uma obra aqui e outra acolá. Não se pode misturar o joio com o trigo. Infelizmente as últimas legislaturas têm sido de lascar. Tenho a expectativa de que no pleito deste ano haja uma renovação salutar, com novas lideranças comprometidas com as causas populares.

O fundo do poço

Estamos literalmente no fundo do poço em termos de abastecimento de água em Rondônia. De um lado a incompetência da Companhia de Águas e Esgotos-Caerd em atender as demandas onde nas cidades que ela controla a produção e distribuição do precioso líquido. De outro, o rebaixamento do nosso lençol freático. Em alguns bairros de Porto Velho, por exemplo, a companhia deixou de atender os consumidores, e não bastasse, os poços caseiros secaram. O custo de aprofundamento destes poços comuns esta a razão de pelo menos R$ 300,00 o metro. Uma situação difícil que promete se agravar ainda mais na sequencia deste calorento verão amazônico.

 Todo cuidado

Numa cidade, como Porto Velho, habituada a reviravoltas e até grandes zebras em suas eleições, os institutos de pesquisas devem tomar todo o cuidado na aferição. A tendência em Porto Velho é sempre os institutos maquiarem as sondagens eleitorais para quem está no poder, ampliando as intenções de votos visando encaminhar a vitória para quem tem o mando do pix e por isto sempre acabam errando nas suas projeções. Nesta temporada constatei algumas incorreções na coleta de dados de alguns resultados. E os eleitorados da Zona Leste e na Zona Sul teriam que contar com maior peso nas avaliações proporcionalmente nos resultados.

Via Direta

*** Segundo os levantamentos oficiais só uma candidata assumiu que é lésbica nas eleições em Porto Velho. Uma outra até agora não assumiu e renega o segmento *** É um erro de avaliação da sua campanha: vejam o RS, um dos estados mais conservadores e evangélicos, elegeu Eduardo Leite assumidamente homossexual. O ES tem um senador gay, também assumido *** Trocando de saco para mala: Estamos reclamando da fumaceira que vem do AM, do PA e MT. Imaginem então, os estados do Sul agora também atingidos ***Agora, além do calorão dos infernos, Rondônia e Acre padecem com apagões de energia. Pobres mãezinhas dos donos da Energisa...

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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