Sexta-feira, 23 de agosto de 2024 - 07h45
Dentre
as ondas que viralizam na internet, a teoria da conspiração baseada em “wokes”
se destacou nos últimos meses. Woke tem o sentido de despertar para uma
realidade não percebida antes. Já quem se incomoda com a fúria com que os
“acordados” bradam pelas verdades descobertas acha que os wokes fazem barulho e
incomodam muita gente, mas depois silenciam repentinamente sem mudar nada. Na
briga entre acordados e quem quer dormir criou-se uma teoria da conspiração: falar
em woke ou antiwoke é jogar para baixo do tapete os problemas dos pobres e
desempregados pela tecnologia.
Como
a confirmar a ideia conservadora de que os wokes fazem muito barulho e depois
silenciam sem que os problemas sejam resolvidos, a jornalista Berenice Leite,
do canal Fator Político BR, destacou que a Amazônia está sofrendo o maior
número de incêndios desde 2005 e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
registrou 22.634 focos de queimada desde o início do ano, mas as celebridades e
ativistas estão em silêncio.
No
governo Bolsonaro, aproveitando-se de que o chefe de governo preferia uma boa
encrenca a uma pacificadora diplomacia, o ator Mark Ruffalo (Hulk, no cinema),
engalfinhou-se em duelo verbal com o presidente por conta dos incêndios na
Amazônia. Depois de tanto barulho, hoje a floresta queima sob o silêncio dos
antigos wokes, que parecem ter recaído no sono.
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Em vantagem
Os
atuais prefeitos disputando a reeleição largam em vantagem contra seus
oponentes no interior do estado. São os casos dos prefeitos Isaú Fonseca (Ji-Paraná),
Carla Redano (Ariquemes), Flori Cordeiro (Vilhena), Fúria (Em Cacoal), e Lindomar
Garçon, em Candeias do Jamari, cidade satélite de Porto Velho. Nos municípios
onde existem mais candidatos, os atuais alcaides são beneficiados pela fragmentação
da oposição, já que não ocorre segundo turno. Já, em Ji-Paraná, com um candidato
da situação e um da oposição, temos polarização. E é polarização bolso arista.
Haja sanguessugas
Mesmo
Porto Velho perdendo milhares de habitantes nos últimos anos, a Câmara Municipal
aumentou o número de cadeiras de 21 para 24 para as eleições de outubro deste
ano. Em recente coluna, o jornalista Valdemir Caldas, explicou os prejuízos
causados pelos vereadores da capital a comunidade e os custos destes edis
sanguessugas para a sociedade. Concordo plenamente com o colunista e tenho
também tratado do assunto. Nossos vereadores são inúteis, sequer leem os projetos
emanados do Executivo, empregam parentes no Poder Executivo, fazem do cargo
balcão de negócios.
A recomendação
Alguns
leitores estão muito revoltados com o comportamento avestruz dos vereadores de
Porto Velho. Recomendam que os edis nem passem na frente das suas casas sob
pena de levarem ovadas na cara. Expliquei que nem todos são tão sanguessugas,
alguns até leem os projetos emanados do Executivo e volta e meia fiscalizam uma
obra aqui e outra acolá. Não se pode misturar o joio com o trigo. Infelizmente as
últimas legislaturas têm sido de lascar. Tenho a expectativa de que no pleito
deste ano haja uma renovação salutar, com novas lideranças comprometidas com as
causas populares.
O fundo do poço
Estamos
literalmente no fundo do poço em termos de abastecimento de água em Rondônia.
De um lado a incompetência da Companhia de Águas e Esgotos-Caerd em atender as
demandas onde nas cidades que ela controla a produção e distribuição do precioso
líquido. De outro, o rebaixamento do nosso lençol freático. Em alguns bairros
de Porto Velho, por exemplo, a companhia deixou de atender os consumidores, e
não bastasse, os poços caseiros secaram. O custo de aprofundamento destes poços
comuns esta a razão de pelo menos R$ 300,00 o metro. Uma situação difícil que
promete se agravar ainda mais na sequencia deste calorento verão amazônico.
Todo
cuidado
Numa
cidade, como Porto Velho, habituada a reviravoltas e até grandes zebras em suas
eleições, os institutos de pesquisas devem tomar todo o cuidado na aferição. A
tendência em Porto Velho é sempre os institutos maquiarem as sondagens eleitorais
para quem está no poder, ampliando as intenções de votos visando encaminhar a
vitória para quem tem o mando do pix e por isto sempre acabam errando nas suas
projeções. Nesta temporada constatei algumas incorreções na coleta de dados de
alguns resultados. E os eleitorados da Zona Leste e na Zona Sul teriam que
contar com maior peso nas avaliações proporcionalmente nos resultados.
Via Direta
*** Segundo os levantamentos oficiais só
uma candidata assumiu que é lésbica nas eleições em Porto Velho. Uma outra até
agora não assumiu e renega o segmento *** É um erro de avaliação da sua campanha:
vejam o RS, um dos estados mais conservadores e evangélicos, elegeu Eduardo
Leite assumidamente homossexual. O ES tem um senador gay, também assumido *** Trocando de saco para mala: Estamos
reclamando da fumaceira que vem do AM, do PA e MT. Imaginem então, os estados
do Sul agora também atingidos ***Agora,
além do calorão dos infernos, Rondônia e Acre padecem com apagões de energia.
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