Domingo, 29 de setembro de 2024 - 10h20
A
plataforma Jornada Amazônia definiu o conceito de “capacidade amazônica” como o
potencial de riqueza da floresta que pode ser alcançado por “um modelo de
desenvolvimento que une prosperidade econômica com sustentabilidade e uma
perspectiva estratégica sobre a floresta, tanto como provedora de recursos como
por sua essencial contribuição para o clima”.
A
pergunta-chave, nesse caso, é: como participar da concretização desse potencial
para ganhar muito mais com a mesma capacidade de investimento? A resposta-chave
pode estar na estimativa do Banco Mundial, segundo a qual a preservação da
floresta amazônica em pé tem valor equivalente a R$ 1,5 trilhão por ano – cerca
de sete vezes o lucro obtido pelas atuais formas de exploração do bioma. Quando
se reflete a respeito do quanto os amazônidas estão deixando de ganhar por
exploração inadequada e menos rentável dos recursos maravilhosos da floresta
parece inacreditável que os estados da região estejam entre os mais pobres do
país, alternando-se com os do Nordeste.
Há
pouco, o governador paraense Helder Barbalho, premiado com o susto de um pouso
de emergência forçado pela fumaça, lamentou que a biodiversidade do país seja
tão rica e contraste com baixos índices de desenvolvimento humano. Não explorar
adequadamente o potencial disponível equivale a rasgar dinheiro e passar fome
com a despensa cheia. É queimar o futuro.
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É mistério...
Algumas
surpresas no debate da SIC TV, afiliada da Record no último sábado à noite. A
primeira delas foi a presença da candidata Mariana Carvalho (União Brasil) que
era alvo da desconfiança dos demais candidatos de que não compareceria ao
confronto. Já era taxada injustamente de fujona. A segunda coisa estranha é que
ela não foi fustigada pelos candidatos oposicionistas – exceto Euma Tourinho –
o que sugere que compareceu ao debate com escuderia. Por último, quem mais recebeu
bordoadas foi a ex-juíza Euma Tourinho (MDB), o que indica que é quem está
causando mais preocupação aos concorrentes. Perigo a vista...
Rumos inalterados
Não
ocorreu algum fato novo importante, de relevância capaz de alterar os rumos da
eleição na capital no debate da SIC. Mariana, pela falta de competência dos adversários,
saiu incólume e segue líder com folga. Começou nervosa, se acalmou e mandou
bem. Estranhos estes oposicionistas, pois também Leo Moraes – com boa atuação -
foi pouco molestado. Estrategicamente, pela busca de vagas no segundo turno
Mariana e ele seriam o alvo de bombardeio dos candidatos restantes. Não foram.
Surpresa mesmo foi o pedetista Célio Lopes, firme nos confrontos com Samuel
Costa e Euma Tourinho. Baita performance.
Como lidar
A
poucos dias das eleições, com uma verdadeira legião de indecisos e a previsão
de elevada abstenção, os candidatos a prefeito em Porto Velho buscam como lidar
com esta situação. Mesmo porque estes elevados percentuais podem virar a
eleição de cabeça para baixo em 6 de outubro. Dependendo do efeito manada os
candidatos mais cotados para o segundo turno podem cair do cavalo. Os institutos
de pesquisas sabem prospectar o momento da eleição, mas jamais em condições de
prever como vai se comportar o efeito manada que tem decidido eleições de
última hora na capital rondoniense.
Estamos fritos
Não
existem perspectivas, exceto nos finais de ano, de melhoras na situação de
Porto Velho e Rondõnia com relação a normalização do fluxo aéreo. Mesmo porque
a empresa Azul, aquela recordista de processos de passageiros por infrações,
está numa situação difícil, esticando o bico, com as contas atrasadas. Está em
dificuldades. Porto Velho vivencia um caos aéreo, para viajar a Cuiabá ou Manaus
antes tem que ir antes a Brasília. Em vista das tarifas elevadas, muitos passageiros
buscam socorro em Rio Branco e até em Cuiabá para viajar ao Sul do País com tarifas
mais módicas. É coisa de louco!
Circuito amazônico
Nos
últimos dias o ex-presidente Jair Bolsonaro cumpriu roteiro de visitações aos
estados de Rondônia, Acre e Amazonas em apoio aos seus candidatos. Em Porto Velho,
participando da campanha de Mariana Carvalho (União Brasil) em Rio Branco (lá
foi Michele) apoiando Tião Bocalon e em Manaus onde desembarcou no sábado com o capitão Alberto Neto. Em Rondônia
ápice da presença do ex-presidente em Porto Velho, num grande comício realizado
no Espaço Alternativo, com a presença de inúmeras caravanas do interior do
estado. A ex-primeira dama Michele simpática e atenciosa, Bolsonaro um tanto
quanto carrancudo. Esperava um público bem maior.
Menor influência
A grande
verdade é que a influência bolsonarista na eleição em Porto Velho só será
medida no próprio pleito no próximo domingo. A capital é menos conservadora que
o interior. Lembro que candidatos bolsonaristas disputando a prefeitura de
Porto Velho chegaram a ficar na rabeira, como foi o caso de Eyder Brasil, o
mais fanático de todos, no auge do Bolsonarismo. Existem pesquisas nacionais apontando
que as eleições municipais com interesses mais paroquiais, com pouca influência
das lideranças nacionais como Lula (muito menos) e Bolsonaro.
Via Direta
*** Nos últimos dias muitos relatos de
atentados aos políticos nesta campanha 2024 no Brasil afora. Acostumado com esta
situação só acredito em atentado contra políticos quando o bicho morre e fica
esticadinho da silva ou com o bucho a mostra como ocorreu com Bolsonaro *** Em Rondônia já
tivemos casos de falsos atentados, o primeiro que conheço foi do deputado federal
Mucio Athayde na campanha de 1982. Depois vieram outros casos inspirados *** A campanha 2024 na capital foi marcada
pela desistência de vários canais em realizar debates. Só as afiliadas da Record
e a Globo se salvaram.
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