Terça-feira, 8 de outubro de 2024 - 07h15
Pistoleiros
dizem que “chumbo trocado não dói”. Em todo o caso, o dito se aplica bem aos
presidentes do Brasil e da Argentina, que atacaram a ONU na própria ONU para
disfarçar seus erros administrativos. No caso da Argentina, o presidente Javier
Milei se derramou em agressões ao organismo internacional tapando os olhos para
o fato de 57,4% da sua população viver abaixo da linha da pobreza.
O
troco dado pela ONU ao Brasil foi melhor que só apontar problemas internos: Simon
Stiell, secretário-executivo da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do
Clima, propõe uma ação coletiva global para evitar as queimadas na Amazônia e
outros eventos climáticos extremos, como graves inundações.
Houve
um tempo em que depois de uma cheia acima da média ou se uma seca fora do
normal as pessoas se animavam supondo que o pior cenário só retornaria depois
de vários anos, a julgar por situações anteriores de pico e estabilidade.
Atualmente, secas e cheias têm se repetido ou piorado de intensidade ano após
ano.
Após
os rompantes verbais dos presidentes, sobra a impressão de que os governos
nacionais não conseguem resolver problemas internos por incapacidade de unir a
sociedade em torno de boas soluções e a ONU terá que apresentar modelos de
gestão global resolutivos de fato, com recursos e prazos que não se limitem ao
conversê e ao papelório habituais das conferências climáticas.
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Segundo turno
Do
lado dos chapas brancas –assim são designadas as lideranças em apoio ao nome de
Mariana Carvalho (União) em Porto Velho – apostam na boa vantagem do primeiro
turno em cima do adversário Leo Moraes (Podemos) em torno de 40 mil votos. Do
lado dos “contras” – os oposicionistas unidos em torno da postulação de Leo –
um segundo turno equilibrado e acirrado. Lembram que Mauro Nazif enfrentou um
segundo turno com Lindomar Garçom com uma diferença semelhante e o árabe acabou
levando a melhor no segundo turno. Era mais ou menos 17 por cento de Nazif, contra
35 ou 37 de Garçom.
A decadência
Os
Expeditos não conseguiram reeleger Ray Ferreira, o ex-prefeito Mauro Nazif não
emplacou seu filho Maurinho a vereador, a votação do ex-deputado estadual Eyder
Brasil foi de lascar (sorte dele que vai assumir a cadeira de Afonso Cândido, eleito
prefeito em Ji-Paraná, na Assembleia Legislativa), vereadores expressivos
tombaram diante das novas lideranças por conta de serem tão vacas de presépio
ao ponto de sequer lerem os projetos enviados pelo Poder Executivo. Que vão
para o inferno, pela omissão. Só oito edis foram reeleitos de 23. A direita se
reforça com Sofia Andrade (PL) e Breno (Avante). A esquerda foi aniquilada de
vez, esmagada.
As curiosidades
Algumas
curiosidades das eleições municipais em Rondônia. A primeira delas, em Cacoal,
onde o prefeito Adailton Fúria foi reeleito com um dos maiores índices de todo
o Brasil, quase 84 por cento dos votos. Ele virá quente para o Senado ou ao governo
do estado. Cacoal e região do café almejam eleger seu primeiro governador,
proeza já conquistada por Rolim de Moura, Ariquemes e Ji-Paraná. Em Ariquemes a
prefeita Carla Redano foi eleita por uma diferença mínima, de quase 80 votos,
disputa bem apertada, como no pleito passado, que ela ganhou por um triz. Em
Ji-Paraná Bolsonaro fez a diferença para o Afonso Cândido contra Esaú Fonseca,
candidato do governador Marcos Rocha.
As pesquisas
Por
incrível que pareça tem gente que ainda acredita em pesquisas em Rondônia,
depois de tantos fiascos e maus antecedentes dos institutos no estado em
pleitos anteriores. E aqueles que acreditam em pesquisas já estavam festejando
eleição em primeiro turno de Mariana e tendo o fiscal do povo Bruno Mendes como
o grande campeão de votos a vereança. Dos 52 por cento de intenções de votos de
Mariana só apareceram nas urnas 44 por cento e o “campeão de votos” a vereador
ficou na rabeira, nas últimas colocações. Veremos como os institutos – que
bando de farsantes - se comportam no segundo turno.
As alianças
As
alianças para o segundo turno podem definir a reeleição do próximo prefeito de
Porto Velho. Mariana tem boa vantagem e Leo precisa de uma boa virada para
reverter este quadro. Vai precisar de boas composições com os demais partidos,
engolir sapos e desaforos em geral para não colocar tudo a perder. Ocorre que
ele provocado, desanda, e esta impetuosidade toda vem desde os tempos de
liderança estudantil na Universidade Federal do Paraná. Os chapas brancas
identificaram está condição e já estão caprichando nas futuras provocações.
Via Direta
*** Boa parte dos jovens foi parte desta
brutal abstenção na eleição em Porto Velho, algo em torno de 25 por cento. Os
votos nulos e brancos, mais os que deixaram de votar são mais de 100 mil
eleitores, coisa de louco *** Por falar em decadência de políticos, os clãs mais
antigos apanharam no estado. Em Vilhena, o clã Donadon apanhou feio do prefeito
Flori Cordeiro, em Jaru o clã dos Muletas nem teve coragem de apresentar candidato
e em Ariquemes o clã Amorim desistiu de disputar a eleição de tão decadente que
está ***A onda conservadora persiste em
Rondônia. Os partidos de direita, como União, PL e Progressistas, já despontam
como favoritos para as eleições de 2026.
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