Segunda-feira, 10 de julho de 2023 - 08h10
Para
quem quer achar desculpas qualquer coisa serve. O El Niño, por exemplo. No
entanto, e com muita antecedência, os climatologistas indicam dados gerais para
avaliações. Já se sabia, assim, que o El Niño viria com força. Quem tem a
responsabilidade de prevenir deveria ter agido e utilizado os recursos orçados
para ocorrências climáticas extremas.
Catastrofista
ou realista, cada qual terá um adjetivo para a cientista brasileira Erika
Berenguer, bióloga e pesquisadora das universidades britânicas de Oxford e
Lancaster, que fala em “hecatombe ambiental” na Amazônia ainda em 2023 ou
início do ano que vem pela intensidade do fenômeno acima do comum.
Na
antiguidade, a palavra “hecatombe” significava sacrificar cem bois em troca dos
favores dos deuses. Os deuses eram muitos nos tempos anteriores ao faraó Amenófis
IV, que impôs o deus único, e se supõe que muitos bois também eram requeridos
para o sacrifício religioso. Como chamar, nesse caso, o sacrifício de dez mil
bovinos que morreram este ano por causa do calor acima do comum nos EUA? Ou de
quase 2 mil bois mortos de frio no MS?
Evidente
hecatombe para os fazendeiros prejudicados, a piora nos rigores climáticos está
ligada à devastação florestal e ao empestear de águas, terra e ares. O clima com
viés de piora por falta de medidas de contenção e equilíbrio faz pensar que,
hoje, hecatombe também significa morticínio de seres humanos.
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As dificuldades
Mesmo
com Luís Inácio Lula da Silva ocupando a presidência da República, o PT
rondoniense enfrenta dificuldades para montar chapas competitivas até mesmo nos
principais polos regionais do estado. Na própria capital, Porto Velho, o
partido tem opções que precisam de mais vitamina para enfrentar os postulantes
bolsonaristas Mariana Carvalho (Progressistas) e Fernando Máximo (União
Brasil). Por aqui as opões seriam a ex-senadora Fatima Cleide que vem de uma série
de derrotas nos últimos pleitos, desde ao governo estadual, a prefeitura
capital e a Câmara dos Deputados e o dirigente Ramon Cujui, ainda não testado nas
urnas em eleições majoritárias.
Também no interior
Para
se ter uma ideia da situação desconfortável do partido de Lula no estado de Rondônia,
em vista do forte conservadorismo existente, o PT também não tem nomes
expressivos para as pelejas em Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal e Vilhena para
entrar com força na disputa dos paços municipais. Em Ji-Paraná, mesmo com a
ascensão da deputada estadual Claudia de Jesus, brilhando na Assembleia Legislativa,
a legenda não teria possibilidades de enfrentar de igual para igual o atual prefeito
Esaú Fonseca (União Brasil) e o ex-prefeito Jesualdo Pires (PSB).
Punhais da traição
Em
vista de tantos punhais da traição aplicados nas campanhas eleitorais em
Rondônia, os caciques políticos têm planos B, casos alianças atuais sejam
desfeitas até as eleições municipais do ano que vem. O prefeito Hildon Chaves, por exemplo, tem como
sua candidata a sua sucessão na capital, Mariana Chaves, mas se não der certo
ele vai de Fabricio Jurado. O governador Marcos Rocha também apoia Mariana, mas
se ela pular fora e quiser disputar o Senado em 2026, ele em como opção Junior
Gonçalves, seu fiel escudeiro no Palácio Rio Madeira. E assim caminha a
humanidade....
A força do Centrão
Como
nos governos anteriores, de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), o governo
do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) está de joelhos para o “Centrão”,
conglomerado de partidos da direita, com grande influência no Congresso Nacional,
tanto na bancada da Câmara dos Deputados como no Senado. Com isto os partidos
do segmento negociam ministérios e cargos do primeiro escalão e até o partido
do ex-presidente Jair Bolsonaro, o PL, negocia o seu quinhão. Tão demonizado em
campanhas eleitorais, tanto por petistas como bolsonaristas, o “Centrão”
novamente toma conta do Palácio do Planalto influenciando na aprovação dos projetos
governistas.
Da conveniência
É da
conveniência dos vereadores, deputados estaduais, federais e senadores, o regime
do semipresidencialismo, dos semigovernadores e dos semiprefeitos. Eles, do
Legislativo, têm os recursos financeiros que querem nas mãos, tem o fundão eleitoral,
salários e vantagens estratosféricas, enfim. Fazem o que querem, pintam e
bordam e se algo dá errado nas gestões dos prefeitos, governadores e
presidentes, padecendo de falta de popularidade, os infelizes são cassados e os
parlamentares passam por bonzinhos. Mudar o sistema implica antes de mais nada mudar
os legislativos municipais, estaduais e federal.
Via Direta
*** Nova rede de farmácias se instalando
em Porto Velho denotando que a capital rondoniense é um grande mercado para o
ramo farmacêutico. Existem mais farmácias por aqui do que templos religiosos *** No Av. Jorge
Teixeira existem quase uma dúzia de estabelecimentos do gênero, é coisa de
louco *** Sumido, o consagrado
empresário Kazan Roriz sinaliza que desistiu de disputar a prefeitura de Porto
Velho no ano que vem. No início do ano estava bem entusiasmado com seu
marketing ativo *** Os bolsonaristas que viraram a casaca para o governo
Lulapetista agora são taxados de “comunistas” mesmo sendo capitalistas
selvagens. A coisa virou piada nós círculos políticos.
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